
Compositor. Poeta.
Filho de lavradores. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais no Rio de Janeiro, para onde se mudou com a ajuda do governador da Província de Sergipe. Foi oficial de gabinete do Ministério da Viação durante o governo de Washington Luiz. Suicidou-se no Rio de Janeiro.
Em 1908, publicou “Apoteoses”, sua primeira obra poética. Em 1913 publicou “Gênese”, seu segundo livro de poesias. No mesmo ano, teve gravada pelo cantor Roberto Roldan na Odeon a modinha “Constelações”, parceria com Cupertino de Menezes. Colaborou com o jornal “O Fluminense”, de Niterói (RJ), e mais tarde fundou o jornal “A Estréia”, trabalhando ao mesmo tempo nos Correios e Telégrafos.
Em 1922, o cantor Baiano lançou na Odeon o fado-tango “Luar de Paquetá”, composta dois anos antes, em parceria com Freire Júnior e que alcançou enorme sucesso tornando-se no ano seguinte título de uma revista que logrou mais de uma centena de apresentações. Regravada várias vezes, entre outros por Francisco Alves, logrou repetir o sucesso em 1944, quando foi regravada em dueto por Dirdinha Batista e Déo com acompanhamento de orquestra e coro.
Publicou ainda os livros de poesias “Ciclo da perfeição”, “Mundo em chamas”, “Miragem do deserto”, “Epopéia da vida”, “Microcosmo”, “Despertar”, “A lâmpada velada” e “A fonte da mata”.
AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.
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