Instrumentista (pianista e tecladista). Arranjador. Compositor.
Nasceu e cresceu no bairro do Humaitá com mais cinco irmãos e irmãs
O pai, Seu Izeu cuidava da Companhia de Terrenos Cristo Redentor e da Construtora Barcellos. A mãe era dona de casa. No fim de semana, reuniam os amigos para ouvir música, cada um trazendo alguns discos, e ficavam fazendo testes musicais para ver quem sabia os autores das composições de música clássica ou de que época era a peça, ou o músico que estava tocando na gravação. Marcos Ariel, com cerca de 11 anos, era o único dos seis filhos que assistia às reuniões.
O primeiro contato com o piano foram em aulas particulares, em casa, com a mesma professora de uma das irmãs, ainda durante a infância. Por volta dos 16 anos, Marcos Ariel se inscreveu no curso para bolsista da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). Lá estudou flauta e teve aula com professores como o flautista Norton Morozovickz, com Francisco Fernandes e Renault, este último violista da Orquestra Sinfônica.
Também durante a adolescência, fez aulas no curso de atores do Teatro da Juventude da Guanabara, período no qual criou o nome artístico Marcos Ariel.
Graduou-se bacharel em piano no Conservatório Brasileiro de Música.
Começou a ter contato com a música popular tocando flauta em uma reunião de chorões no Cantinho da Fofoca, em um bar de Botafogo, no Rio de Janeiro.
Iniciou sua carreira profissional em 1976, como flautista e pianista do grupo Cantares, com o qual atuou durante três anos, ao lado de Zé Renato, Juca Filho e Antonio SantAnna.
Em 1981, lançou seu primeiro disco solo, o LP “Bambu”, contemplado com o Prêmio Chiquinha Gonzaga.
Ainda na década de 1980, lançou os LPs “O malabarista” (1983), com o Grupo Usina, “Balé sertanejo” (1983), “Cenas brasileiras” (1986), “Terra de índio” (1988) e “Piano brasileiro” (1989).
Participou do Free Jazz Festival, em São Paulo (1986) e no Rio de Janeiro (1987).
Com a repercussão alcançada por seu LP “Terra de índio”, no exterior, começou a se dedicar também à carreira internacional, apresentando-se em diversos concertos nos Estados Unidos.
Paralelamente ao seu trabalho solo, atuou, de 1986 a 1991, com a Banda Zil, ao lado de Zé Renato, Claudio Nucci, Ricardo Silveira, Zé Nogueira, Jurim Moreira e João Batista. Gravou, com a banda, o LP “Zil”.
Lançou, na década de 1990, os CDs “Hand dance” (1992), “Duo “1” (1994), com o guitarrista Victor Biglione, “Piano” (1996) e “My only passion” (1998), registrando músicas de sua autoria.
Em 2000, gravou o CD “Piano com Tom Jobim”, interpretando obras do compositor, como “Luíza” e “Lígia”, entre outras. Ainda nesse ano, lançou os CDs “Marcos” e “Visconde de Mauá por Marcos Ariel”.
Em 2004, lançou, em parceria com o saxofonista canadense Jean Pierre Zanella, o CD “Diplomatie”, contendo suas composições “Calma” (c/ Zé Nogueira), “Lua branca” e “Lamour et lamitié”, além de “Carminha” e “Caminho”, ambas de Jean Pierre Zanella, “Wave” (Tom Jobim), “Round Midnight” (Thelonious Monk , Cootie Williams e Bernie Hanighen), “O Canadá” (C. Lavalée), “Night Train” (Oscar Peterson), “Insensatez” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), “Donna Lee” (Charlie Parker) e ainda o “Hino Nacional Brasileiro” (Francisco Manoel da Silva e Joaquim Osório Duque Estrada).
No ano seguinte, lançou o CD “Marcos Ariel & Tigres da Lapa”, ao lado de José Paulo Becker (violão) e Beto Cazes (percussão), e com a participação especial de Juarez Araújo (sax tenor) e Henrique Cazes (cavaquinho). No repertório, suas canções “Uma valsa para Pixinguinha”, “Maxixe do João Pedro”, “Perguntas da Alice” e “Façanhas do Zé Paulo”, além de “Proezas de Solon”, “Ingênuo”, “Vou vivendo” e “Seu Lourenço no vinho”, todas de Pixinguinha e Benedito Lacerda, “Tico-tico no fubá” (Zequinha de Abreu), “Bebê” (Hermeto Pascoal), “Gardênia” (José Paulo Becker) e “Perplexo” (K-Ximbinho), entre outras.
Ao lado de João Baptista (contrabaixo), Ricardo Silveira (guitarra) e Jurim Moreira (bateria), lançou, em 2007, o CD “4 Friends”, com suas composições “Canto da Paz”, “Bossa Love”, “Ipanema Curves”, “Don Azimuth”, “Passionate Eyes”, “Maracajazz”, “Le Café”, “Afternoon Breeze”, “Yellow Train”, “Rhapsody In Rio” e “Summer Happiness”.
Em 2011, seu álbum “Terra de Índio” foi reeditado em CD.
Em 2013, apresentou-se no Studio RJ (RJ), dentro do Festival Jazzmania 30 anos.
Ainda nos anos 2010 começou a cantar composições próprias com letra. Também durante a década, ao mesmo tempo em que lançou trabalhos de forma tradicional por gravadoras como a Biscoito Fino, como o Noite Feliz e Jazz Carioca, ambos trabalhos de piano solo, começou a investir no streaming. A partir da plataforma CD Baby, que distribui os trabalhos nas plataformas digitai como o spotfy, lançou “This is bossa nova vol.1”, e “Wave Hunter”. Além desses, há também os trabalhos na linha new age, que reforçam o caráter de compositor de trilhas sonoras Continuou também a fazer shows em casas como o Rio Scenarium, Vinícius Show Bar ou em turnês com, por exemplo a Banda Zil, que se juntou para fazer turnês no exterior.
No ano de 2024, em duo com o guitarrista Victor Biglione, apresentou o espetáculo “Victor Biglione & Marcos Ariel – 30 Anos de amizade, música e sucesso!” no palco do Vila Galé Hotéis, no bairro da Lapa, Centro do Rio de Janeiro.
Single
Single
Single
Single
EP
Single com Lulu Joppert
EP
EP
Com Élcio Cafaro e João Baptista
Single
Single
Com Justo Almario
com Sergio Pommerening – 1996 https://open.spotify.com/album/6LAnILDaq32dgR6bK9XMLg
Reedição Mills Records 2011
(Como integrante da Banda Zil:)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2010; 3ª ed. EAS Editora, 2014.
AMARAL, Euclides. O Guitarrista Victor Biglione & a MPB. Rio de Janeiro: Edições Baleia Azul, 2009; 2ª Esteio Editora, 2011; 3ª ed. EAS Editora, 2014; 4ª ed. EAS Editora, 2024.