0.000
Nome Artístico
João Santiago
Nome verdadeiro
João Santiago dos Reis
Data de nascimento
1/3/1928
Local de nascimento
Recife, PE
Data de morte
11/11/1985
Local de morte
Recife, PE
Dados biográficos

Compositor. Instrumentista. Folclorista.

Quando criança conviveu com músicos como Zumba e Levino Ferreira que freqüentavam a casa de seus pais. Seu pai era o maestro José Felipe Santiago dos Reis, professor do Conservatório de Música de Pernambuco, com quem fez seus primeiros estudos. Em 1930, seu pai foi um dos fundadores da Orquestra Sinfônica do Recife. Foi também trombonista na Orquestra da Rádio Clube do Recife e professor de diversos compositores e músicos pernambucanos.

Dados artísticos

Fez curso no Conservatório de Música de Pernambuco, tendo sido aluno de Horácio Vilela e de Manuel Augusto. Quando se formou, organizou uma orquestra que projetou diversos músicos, entre os quais, José Bartolomeu, Edson Rodrigues e José Amaro. Em 1939, escreveu “Iremos convidar”, sua primeira composição. Em 1942, atuou no conjunto Ases de Veneza. Em 1958, atuou e fez arranjos para o conjunto Jazz Itapuã. No mesmo ano, sua marcha de bloco “Vou com Valdemar” foi gravada na Odeon pelos Batutas de São José, após tirar o segundo lugar no concurso carnavalesco da Prefeitura do Recife. Em 1960, tirou o terceiro lugar no mesmo concurso com a composição “Convença-se”, posteriormente gravada por Osvaldo Borba, seu coro e orquestra. No mesmo ano entrou para o conjunto Jazz batutas de São José. Em 1961, venceu o concurso de músicas de carnaval da Prefeitura do Recife com a marcha de bloco “Reminiscência”, gravada por Osvaldo Borba. Em 1962, tornou a vencer o concurso carnavalesco com a marcha de bloco “Depois eu digo”, composta em parceria com seu pai. No mesmo período, Jonas Cordeiro, Orquestra e coro gravaram aquela composição vitoriosa pela Phillips. Em 1968, sua composição “30 anos de glórias” foi gravada pelo bloco Mocambinho na Folia. Em 1973, o Quinteto Violado gravou o “Hino dos batutas de São José”, composição feita para o Bloco carnavalesco de mesmo  nome, durante longo tempo dirigido por ele. Esta gravação foi lançada no LP “Música Popular do Nordeste”, volume 1 pela Marcus Pereira Discos. Em 1975, Martinho da Vila regravou o “Hino dos batutas de São José”. Naquele mesmo ano, teve diversas atividades em variados blocos, fazendo arranjos para os blocos Batutas de São José e Inocentes do Rosarinho. Dirigiu a orquestra do Bloco Rebeldes de Imperial. Em 1979, foi um dos criadores da Fundação de Cultura da cidade do Recife. De 1980 a 1982, fez pesquisas sobre o repertório dos blocos e clubes do carnaval de rua do Recife juntamente o maestro Edson Rodrigues. Em 1982, recebeu homenagem da fábrica de discos Rozenblitt através da gravação do disco “João Santiago e os 50 anos do Bloco Batutas de São José”, reunindo as principais composições feitas por ele para aquele bloco. Na cidade de Olinda fundou o bloco Flor da Lira, ajudando a incentivar o carnaval naquela cidade. Compôs para aquele bloco a marcha “Som da lira”. Foi fundador e presidente da subcomissão de música da Comissão Pernambucana de Folclore. Foi sócio-fundador da Ordem dos Músicos do Brasil, seção de Pernambuco. Colaborou com a revista Arquivos, editada pelo Departamento de Documentação de Cultura de Recife. Em 1986, escreveu para o bloco Flor da Lira “Depois da quarta-feira”, que seria sua última composição. Em 2008, teve a música “Hino de batutas” , de sua autoria, gravada pelo cantor e compositor André Rio, no CD “Cem Carnavais”, lançado através de produção independente.

Obras
A parada é dura mesmo (c/ José Felipe)
A vitória é nossa
Badalinho (c/ Gumercindo Gomes)
Convença-se
De onde é que você é?
Depois da quarta-feira
Depois eu digo (c/ José Felipe)
Escuta, Levino
Hino de batutas
Hino dos batutas de São José
História dos campeões (c/ Liberato Costa Júnior)
Iremos conversar
Nostalgia do Recife (c/ Dewette Cardoso)
O adeus de Lia (c/ José Felipe)
Relembrando o passado
Reminiscência
Som da lira
Surpresa (c/ José Felipe)
Trinta anos de glória
Volta (c/ Alcides Leão)
Vou com Valdemar
Zezé
Bibliografia Crítica

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.