
Instrumentista (violonista). Cantor. Compositor.
Ainda adolescente, cantava na Rádio Jornal do Comércio de Recife (PE). Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ingressou no Colégio Mallet Soares. Nessa escola, foi colega de turma de Roberto Menescal, que o apresentou a Nara Leão, Ronaldo Bôscoli e Chico Feitosa. Em seguida, conheceu Carlos Lyra. Ainda na década de 1950, integrou um conjunto com Roberto Menescal e Luís Carlos Vinhas. O grupo se apresentava em um clube na Zona Sul do Rio de Janeiro. Nessa época, conheceu João Gilberto, com quem aprendeu, em suas palavras, “muito violão”. Ao grupo de amigos, embrião da Bossa Nova, agregaram-se, em seguida, Luís Eça, Sérgio Mendes, os irmãos Castro Neves, Baden Powell, Rosinha de Valença e Eumir Deodato, entre outros.
Em 1959, participou do “I Festival de Samba-Session”, realizado no anfiteatro da Faculdade Nacional de Arquitetura (RJ), ao lado de Carlos Lyra, Roberto Menescal e vários outros artistas.
Iniciou sua carreira profissional como instrumentista da boate do Hotel Regente (RJ), através de indicação de Dolores Duran. Em seguida, conheceu Lula Freire, com quem compôs várias músicas. Costumava freqüentar a casa do parceiro, onde se reunia um grupo de artistas da Bossa Nova.Tornou-se, nessa época, ao lado de Roberto Menescal e Carlos Lyra, um dos mais solicitados professores de violão no Rio de Janeiro, tendo tido como alunos Betty Faria e Nélson Motta, entre vários outros.
Em 1960, foi citado pelo jornalista Pedro Müller no “Jornal do Brasil” como o “Sinatra da bossa nova”.
Em 1962, apresentou-se no histórico Festival de Bossa Nova, realizado no Carnegie Hall de Nova York, ao lado de Carlos Lyra, Roberto Menescal, Sérgio Ricardo, Alaíde Costa, Nara Leão e Sylvinha Telles, entre outros artistas. Apresentou-se com o conjunto de Oscar Castro Neves, tocando no violão de Luiz Bonfá.
De volta ao Brasil, gravou um disco lançado pela Odeon, que incluiu três músicas de sua autoria: “Eu te amo” (c/ Geraldo Casé), “Canção do sem você” (c/ Ronaldo Bôscoli) e “Castelinho” (c/ Billy Blanco). Essa última foi tema do programa de televisão “Domingo no Arpoador”.
Atuou, como instrumentista, em vários programas de televisão, como “Boate Martini”, “Um instante, maestro”, “Noite de gala”, “Espetáculo Tonelux”, “Se meu apartamento falasse”, “Dois no balanço”, “Ponto Rio” e “Rio rei”, entre outros.
Participou do filme “Esse Rio que eu amo”, de Carlos Hugo Christensen.
Em 1964, viajou para Paris, com um contrato de seis meses, para substituir Baden Powell no primeiro restaurante brasileiro estabelecido nessa capital, A Feijoada. Fixou residência nessa cidade, onde vem divulgando a música popular brasileira, apresentando sempre as letras originais em português, à exceção de algumas composições suas com letras em francês, como “Dame souris trotte”, canção gravada por Françoise Hardy.
Ao longo de sua carreira, compôs com diversos parceiros, como Ronaldo Bôscoli, Lula Freire, Billy Blanco, Edson Borges, Geraldo Casé e Vinicius de Moraes, com quem tem duas músicas ainda inéditas.
Constam da relação dos intérpretes de suas canções vários artistas, como Eliana Pittman, Sérgio Ricardo, Trio Irakitan, Maysa, Núbia Lafayette, Rosana Todedo, Wilson Simonal e Pery Ribeiro, entre outros.