Josimar Monteiro

Iniciou sua carreira profissional em 1980, apresentando-se em casas noturnas com a velha- guarda do samba e do choro.

Em 1985, acompanhou Noca da Portela, César Faria, Moreira da Silva, Jamelão e Noite Ilustrada, entre outros, em apresentações realizadas por esses artistas em Belém (PA).

No ano seguinte, integrou a Camerata Corta Jaca, liderada pelo flautista paraense Iuri Guedelha.

De 1986 a 1989 participou, como instrumentista, de diversos festivais de música em Belém, atuando também com Zeca Pagodinho e Almir Guineto em shows realizados por esses artistas na cidade.

Em 1990, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde estudou com Dino 7 Cordas. Em seguida, ingressou na Escola de Música Villa-Lobos. Nessa instituição, foi aluno de Alfredo Machado (violão) e Paulo Moura (composição) e integrou o Grupo de Choro Villa-Lobos. Ainda nesse ano, assumiu a direção musical da Velha-Guarda da Mangueira, após o falecimento de Aluísio Dias, atuando também como instrumentista do grupo.

Atuou profissionalmente como violonista de outras escolas de samba nos desfiles da Marquês de Sapucaí.

Em 1991, atuou com Paulinho Tapajós nos shows realizados por esse compositor em diversos espaços do Rio de Janeiro e de outras cidades brasileiras.

A partir de 1992, começou a participar, ao lado de Jamelão, do desfile das escolas de samba na Marquês de Sapucaí, como instrumentista da Mangueira.

Em 1995, formou um duo com o bandolinista Marco de Pinna, interpretando obras de Chopin e Avena de Castro, além de choros tradicionais com arranjos musicais sofisticados. Nessa época, escreveu arranjos musicais para discos de Paulinho Tapajós, Augusto Martins e para o projeto “Novo canto”, da Rádio Jornal do Brasil.

Em 1996, atuou na direção artística do espetáculo “Encontro de bambas”, realizado no Metropolitan (RJ), com a participação de Elza Soares, João Nogueira, Beth Carvalho, Zé Kéti, Zé Renato, Nélson Sargento, Noca da Portela e Dona Ivone Lara. Ainda nesse ano, assinou a produção musical dos CDs “Casa da mãe Joana” (Natasha Music), “Samba verdadeiro”, de Noca da Portela (Bahamas Songs) “Marcos Moran” (Bahamas Songs) e “Gafieirando”, de Mário Pereira (Kuarup).

Em 1997, foi responsável pela direção artística do projeto “Quartas de samba”, realizado no Ballroom (RJ), com a participação da Velha-Guarda da Mangueira, Gilberto Gil, Fernanda Abreu, Roberto Frejat, Elba Ramalho, Leila Pinheiro, Beth Carvalho, João Nogueira e Nélson Sargento, entre outros. Ainda nesse ano, acompanhou a Velha-Guarda do Samba no festival “Summer Stage”, realizado no Central Park de Nova York (EUA), que contou também com a participação de Zélia Duncan, Lenine, Cascabulho, Hermeto Pascoal, Mestre Ambrósio e Banda de Pífaros de Caruaru, entre outros artistas.

Participou de shows de Mário Lago (1997 e 1998) e Bezerra da Silva (1998 e 1999), realizados em diversas cidades brasileiras.

Em 1998, representou o Brasil no workshop “Summer Camp”, realizado em São Francisco (Califórnia, EUA), dissertando sobre choro e samba. Ainda nesse ano, realizou a produção musical do CD “Mistura brasileira”, de Eliane Salek.

Em 1999, participou, como instrumentista, das faixas “Cântico à natureza” (Nélson Sargento, Alfredo Português e Jamelão), interpretada por Nélson Sargento e Zezé Motta, e “Enredo de Orfeu” (Caetano Veloso e Gabriel O Pensador), com Caetano Veloso, Gabriel O Pensador e Toni Garrido, incluídas na trilha sonora de “Orfeu do carnaval”, filme de Cacá Diégues. Nessa segunda faixa, regeu um coro de 200 pessoas. Também nesse ano, assinou a produção musical e o arranjo da faixa “O amanhã” (João Sérgio), interpretada por Fernanda Abreu, Lenine, Du Moscóvis e Velha-Guarda da Mangueira, do CD “Brasil são outros 500”, lançado pela gravadora Som Livre. Ainda em 1999, produziu o CD “Velha Guarda da Mangueira e convidados”, primeiro disco gravado pela Velha-Guarda, lançado pela Nikita Music. O disco contou com a participação de Mário Lago, Beth Carvalho, Guilherme de Brito, Dona Ivone Lara, Délcio Carvalho, Lenine, Augusto Martins, Chamon e Fernanda Abreu, e foi indicado para o Grammy Latino de 2000.

Em 2000, viajou para a Europa, acompanhando a Velha Guarda da Mangueira em apresentações realizadas na Holanda (“Viva Brasil Festival”), França (“Festival Paris Latino”/Bataclan), Alemanha (“Heinatklänge 2000”) e Inglaterra (Festival “Brasil: Brazil”/Barbican Centre), além da Áustria (“Jazz Fest Wiesen”), onde a Velha Guarda da Mangueira dividiu o palco com Compay Segundo, integrante do grupo Buena Vista Social Club.

Ao longo de sua carreira, atuou como instrumentista em shows e gravações de vários artistas, como Noca da Portela, Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Dona Ivone Lara, Nélson Sargento, Wilson Moreira, Luiz Carlos da Vila, Nei Lopes, Altamiro Carrilho, Mestre Marçal, Ademilde Fonseca, João Nogueira, Paulo Moura, Guilherme de Brito, Zeca Pagodinho, Sombrinha, Arlindo Júnior, Monarco, Casquinha, Claudette Soares, Dalmo Castelo, Argemiro, Déo Rian, Carlos Poiares, Evandro do Bandolim, Paulinho Moska, Joyce, Léo Jayme, Moreira da Silva, Pery Ribeiro, Cláudia Telles, Zezé Gonzaga, Áurea Martins, Jamelão, Alcione, Ataulfo Alves Jr., Neguinho da Beija-Flor, Élton Medeiros, Mário Lago, Miriam Batucada, Cristina, Zé Kéti, Darci da Mangueira, Ivo Meirelles, Bebeto, Moacyr Luz, Dominguinhos do Estácio, Evandro do Bandolim, Cauby Peixoto, Zé da Velha, Sergio de Pinna, Ronaldo (Época de Ouro), Fundo de Quintal, Mike Marshall, Toni Garrido, Elba Ramalho, Lenine, Gilberto Gil, Leila Pinheiro, Paulinho Tapajós, Rildo Hora, Eliane Salek e Simone Moreno, entre outros. Fui condecorado com a medalha Tiradentes e o Título de Benemérito da Cidade do Rio de Janeiro.