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Nome Artístico
Henrique Brito
Nome verdadeiro
Henrique Leopoldo de Brito
Data de nascimento
15/7/1908
Local de nascimento
Natal, RN
Data de morte
11/12/1935
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Violonista. Compositor.

Veio para o Rio de Janeiro, com bolsa oferecida pelo então governador do Estado do Rio Grande do Norte, Antônio José de Melo e Souza, que ficou comovido depois de vê-lo tocar violão em um concerto.

Aprendeu os primeiros acordes com sua mãe, Maria Leopoldina Brito. Já matriculado no Colégio Batista, no Rio de Janeiro, recebeu dos amigos o apelido de Violão. Em meados dos anos 1920, conheceu Braguinha, seu colega de turma. Foi justamente esse encontro que levou Braguinha a querer seguir o caminho da música. Os amigos contam que possuía um temperamento forte e imprevisível.

Em 1932, depois de participar como músico da Brazilian Olympic Band do maestro Romeu Silva, que acompanhou a delegação brasileira aos Jogos Olímpicos de Los Angeles, fugiu do navio que traria todos de volta ao Brasil, só retornando ao país um ano depois. Na ocasião trouxe um violão amplificado, sob sua orientação, por um fabricante de instrumentos musicais americano. A invenção, então inédita no Brasil, infelizmente não foi patenteada por ele. Inventou também um instrumento chamado por ele de “violata”, uma espécie de violão feito de lata de querosene.

Casou-se com uma professora. Faleceu, repentinamente, de uma septicemia, aos 27 anos.

Dados artísticos

Junto com Braguinha e outros colegas do Colégio Batista, iniciou sua curta carreira formando o conjunto Flor do Tempo. Logo se destacou como violonista em festas e reuniões musicais. Logo depois, mudaram o nome do grupo para Bando dos Tangarás, com o qual gravaram os primeiros discos em 1929, com as músicas “Galo garnizé”, “Anedotas”, “Conseqüências do amor”, esta uma composição sua em parceria com Braguinha e “Mulher exigente”. Na ocasião, já tinham recebido a adesão de Almirante no grupo. Seu violão sempre se destacou nas gravações.

Em 1930, Gastão Formenti gravou na Brunswick a modinha “Meu sofrer”, de sua parceria com Noel Rosa. No mesmo ano, gravou ao violão pela Parlophon “Romance I e II”, o blackbotton “Yankite” e a valsa “Crepúsculo”, todas de sua autoria. Também no mesmo ano, gravou ao violão na Brunswick o tango “Naná” e as valsas “Alice” e “Lourdes” e o fox trote “Sonho bavanês”, de sua autoria. Em 1931, gravou o fox-trote “Alegre”, a marcha “Marte” e o tango brasileiro “Triste”, de sua autoria. Quando faleceu, integrava a orquestra da Rádio Mayrink Veiga como violonista.

Quando faleceu, integrava a orquestra da Rádio Mayrink Veiga como violonista. Em 2000, em CD lançado pela Revivendo com as primeiras composições de Braguinha remasterizadas, aparece tocando o seu refinado violão. Junto com Braguinha e outros colegas do Colégio Batista iniciou sua curta carreira formando o conjunto Flor do Tempo. Logo se destacou como violonista em festas e reuniões musicais. Pouco depois, mudaram o nome do grupo para Bando de Tangarás, com o qual gravaram os primeiros discos em 1929, com as músicas “Galo garnizé”, “Anedotas”, “Consequências do amor”, esta uma composição sua em parceria com Braguinha, e “Mulher exigente”. Na ocasião, já tinham recebido a adesão de Almirante no grupo. Seu violão sempre se destacou nas gravações. 

Em 1930, Gastão Formenti gravou na Brunswick a modinha “Meu sofrer”, parceria com Noel Rosa. No mesmo ano, gravou ao violão pela Parlophon “Romance I e II”, o blackbotton “Yankite” e a valsa “Crepúsculo”, todas de sua autoria. Também no mesmo ano, gravou ao violão na Brunswick o tango “Naná” e as valsas “Alice” e “Lourdes” e o fox trote “Sonho havanês”, de sua autoria. Em 1931, gravou o fox-trote “Alegre”, a marcha “Marte” e o tango brasileiro “Triste”, de sua autoria. Quando faleceu, integrava a orquestra da Rádio Mayrink Veiga como violonista.

Em 2000, em CD lançado pela Revivendo com as primeiras composições de Braguinha remasterizadas, aparece tocando o seu refinado violão. Em 2007, o selo Revivendo lançou o CD “Gastão Formenti – Noite de encanto” com gravações feitas pelo cantor em 1930 e 1931 pelo selo Brunswick. Fazem parte do CD suas obras “Viola triste”, com P. Britto, e “Meu sofrer”, com Noel Rosa. Em 2013, seu samba “Queimei teu retrato”, com Noel Rosa, foi gravado pelo cantor Luiz Henrique em dueto com a cantora Marion Duarte, em faixa do CD “Pro samba que Noel me convidou” lançado pelo cantor Luiz Henrique.

Discografias
1931 Brunswick 78 Alegre/Triste
1931 Brunswick10151 78 Intermezzo
1931 Brunswick 78 Marte
1930 Brunswick 78 Lourdes/Sonho havanês
1930 Brunswick 78 Naná/Alice
1930 Parlophon 78 Romance I e II
1930 Brunswick 78 Toma lá! Dá cá!/Saudades do norte
1930 Parlophon 78 Yankite e Crepúsculo
Obras
Alegre
Alice
Alma em pedaços (c/ Pedro Brito)
Crepúsculo
Deusa da mata (c/ C. Guimarães)
Flor do tempo
Intermezzo
Lourdes
Manhã pequena (c/ José Giannini)
Marte
Naná
O preço do café (c/ Pedro Brito)
Olhos de Helena (c/ Pedro Brito)
Queixumes Meu sofrer (c/ Noel Rosa)
Romance I e II
Saudades do Norte
Sem um adeus (c/ Gomes Jr.)
Sonho havanês
Só pra você me ouvir (c/ Barreto Neto)
Toma lá! Dá cá!
Triste
Velha melodia (c/ Barreto Neto)
Viola triste (c/ Pedro Brito)
Yankite
Yankite
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

CÂMARA, Leide. Dicionário da Música do Rio Grande do Norte. Natal: Acervo da Música Potiguar, 2001.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

MÁXIMO, João e DIDIER, Carlos. Noel rosa – uma biografia. Brasília; Editora UNB, 1990.

SEVERIANO, Jairo. Yes, nós temos Braguinha. Rio de Janeiro: Funarte/Martins Fontes, 1987.