
Cantor. Violonista. Compositor.
Irmão do pianista Guilherme Vergueiro. Pai da cantora Dora Vergueiro. Músico de formação clássica, iniciou seus estudos de piano com seu avô, Guilherme Fontainha. Aos sete anos de idade, já se apresentava em diversas cidades do interior de São Paulo. Mais tarde, estudou com Osvaldo Lacerda (composição musical) e Tumiko Kavanani (teoria musical). Começou a compor em 1968, acompanhando-se ao violão.
Iniciou sua carreira artística em 1972, como finalista do Festival Universitário da TV Tupi, do qual participou com o samba “Só o tempo dirá”, lançado em compacto simples pela Chantecler no ano seguinte. Ainda em 1973, gravou outro compacto com suas canções “Poeta sem versos” e “Garra” (c/ João Garcia), lançado pela mesma gravadora.
Seu primeiro LP, “Brecha”, contendo exclusivamente músicas de sua autoria, foi gravado em 1974, com produção musical de Fernando Falcon para a Continental, contendo, entre outras, a faixa-título e ainda a canção “Vendaval, lucidez”.
Em 1975, tornou-se conhecido do grande público ao classificar-se em 1º lugar no Festival Abertura (TV Globo), com sua música “Como um ladrão”, incluída no repertório de seu segundo LP, “Só o tempo dirá”, ao lado de “Se cuide” e “Como dói”, entre outras.
Ainda na década de 1970, gravou os LPs “Carlinhos Vergueiro” (1976), “Pelas ruas” (1977) e “Contracorrente” (1978).
Na década de 1980, lançou os LPs “Na ponta da língua” (1980), “Passagem” (1981), “Felicidade” (1983), “Carlinhos Vergueiro” (1986) e, comemorando 15 anos de carreira, “Carlinhos Vergueiro e convidados” (1988), que contou com a participação de Paulinho da Viola, Djavan, Chico Buarque, Caetano Veloso, Martinho da Vila, Toquinho, Ney Matogrosso, Mestre Marçal, Edu Lobo, João Nogueira e Luiz Melodia.
Trabalhou também como produtor fonográfico, tendo sido responsável pelos LPs “Geraldo Filme” (1980), “As flores em vida” (1985), último disco de Nélson Cavaquinho, “A ópera do malandro” (1985), de Chico Buarque, para o filme de Ruy Guerra, e pelo trabalho que reuniu sambas inéditos do compositor Candeia, em 1986.
Lançou, em 1990, o LP “Minha cara”.
Em 1995, participou, ao lado de Zizi Possi e Ney Matogrosso, do show “Raros e inéditos” (Sesc), lançado em CD.
Atuou, como intérprete, nos discos “Almanaque” (PolyGram,1982), de Chico Buarque, “As flores em vida” (1985), de Nélson Cavaquinho, “Chico Buarque da Mangueira” (BMG,1988), “Candeia” (Funarte, 1988) e “Estácio e Flamengo: 100 anos de samba e amor” (Saci, 1995), e dos songbooks de Ary Barroso (Lumiar) e de Chico Buarque (Lumiar, 1999).
Seu samba “Vendaval” foi incluído no CD “Os grandes sambas da história”, lançado pela BMG e Editora Globo em 1998.
Em 1999, gravou o CD “Contra-ataque: samba e futebol”, contendo suas canções “Raí”, “A voz do Brasil” e “Voz irmã”, todas com J. Petrolino, “Nação Corinthians” (c/ J. Petrolino e Faveco Falcão), “Lições de vida” (c/ J. Petrolino e Toquinho), “Camisa molhada” (c/ Toquinho), “Torresmo à milanesa” (c/ Adoniran Barbosa), “Monalisa” (c/ Paulo César Feital), “Tocaia de cobra” (c/ Paulo César Pinheiro), “Procotólo”, “Zico”, “O cúmulo do samba” e “Vendaval”.
Em 2004, lançou o CD “Por todos os sonhos” (Som Livre), que contou com a participação de Chico Buarque, Fagner, Alceu Valença e o grupo Toque de Prima. Constam do repertório do disco suas composições “Forró de amor”, “Eu quero ver” e “Sangue bom”, todas com J. Petrolino, “Leve” (c/ Chico Buarque), “Lugar de cobra é no chão” (c/ Arlindo Cruz), “Motivos banais” (c/ Carlos Cola), “Pretensão” (c/ Paulinho da Viola) e “Relaxa” (c/ Elton Medeiros), entre outras. Nesse mesmo ano, fez shows em dupla com Ruy Faria, no Rio de Janeiro.
Em 2005, lançou, com Ruy Faria, o CD “Dupla brasileira – Só pra chatear”, reverenciando duplas vocais que marcaram o cenário da música popular brasileira, como Francisco Alves e Mário Reis, Cascatinha e Inhana, Zé e Zilda, Jackson do Pandeiro e Almira, Joel e Gaúcho, Jonjoca e Castro Barbosa, Toquinho e Vinicius, Irmãos Tapajós e ainda Cynara e Cybele. O disco foi gravado ao vivo no Teatro Rival (RJ), no ano anterior. Também em 2005, a dupla fez show de lançamento do disco no Mistura Fina (RJ).
Suas músicas foram gravadas por vários artistas, como Beth Carvalho, Cristina Buarque, Clementina de Jesus, Demônios da Garoa, Dora Vergueiro, Élton Medeiros, Francis Hime, João Nogueira, Leny Andrade e Toquinho, entre outros.
Lançou em 2010, em época de Copa do Mundo, o CD “Contra ataque”, um disco sobre samba e futebol, contendo suas canções “Raí” e “Voz irmã”, ambas com J. Petrolino, “Camisa molhada” (c/ Toquinho), “Lições de vida” (c/ Toquinho e J. Petrolino), “Nação Corinthians” (c/ Faveco e J. Petrolino), “Monalisa” (c/ Paulo César Feital), “Tocaia de cobra” (c/ Paulo César Pinheiro), “Torresmo à milanesa” (c/ Adoniran Barbosa), “Irresistível” (c/ Afonso Machado e Dora Vergueiro), “Linhas de prazer”, “Romário”, “Zico” e “O cúmulo do samba”.
Voltando ao repertório autoral, lançou, em 2012, o CD “Vida sonhada”, contendo suas canções “Chorar no fim”, “Mina”, “Aboio”, “Samba da vida” e a faixa-título, todas com J. Petrolino, “Sem refrão” (c/ Dora Vergueiro), “Passa amanhã” (c/ Afonso Machado e Dora Vergueiro), “Minha cabeça”, “A seu dispor” e “Sempre”. Nesse mesmo ano, fez show de lançamento do disco no Casarão Ameno Resedá (RJ).
Lançou, em 2013, o CD “Paulo poeta compositor cientista boêmio Vanzolini”, registrando as seguintes canções de Vanzolini: “Mente” (c/ Eduardo Gudin), “Boca da noite” (c/ Toquinho), “Juízo fina”, “Cara limpa”, “Mulher que não dá samba”, “Maria que ninguém queria”, “José”, “Toada do Luiz”, “Volta por cima” e “Ronda”.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.