
Instrumentista (baterista e percussionista). Compositor.
Filho do também baterista Joaquim Romão.
Iniciou sua carreira profissional no final dos anos de 1940, como baterista de cabarés e de conjuntos de bailes no Rio de Janeiro. Trabalhou na Rádio Tupi, acompanhando diversos intérpretes, como Dircinha e Linda Batista.
Na década de 1950, integrou o Copa Trio, juntamente com Toninho (piano) e Manuel Gusmão (contrabaixo), apresentando-se com o grupo no Beco das Garrafas (RJ).
Em 1958, acompanhou Elizeth Cardoso na gravação do histórico LP “Canção do amor demais”, considerado um marco da bossa nova.
Em 1961, como integrante do Brazilian Jazz Sextet, de Sérgio Mendes, participou do III Festival Sul-Americano de Jazz realizado no Uruguai.
Fez parte da primeira formação do Sexteto Bossa Rio, também de Sérgio Mendes, com o qual se apresentou, em 1962, no Festival de Bossa Nova realizado no Carnegie Hall de Nova York. Nessa época, participou da gravação do LP “Cannonballs bossa nova”, com o saxofonista norte-americano Cannonball Aderley.
Em 1963, novamente com o conjunto de J.T. Meirelles, gravou o LP “Meirelles e os Copa 5”.
No ano seguinte, ainda com o Copa Trio, nessa época com Dom Salvador ao piano, participou de diversos shows, destacando-se a primeira apresentação de Elis Regina, realizada no Bottles (RJ). Atuou, ainda, em shows do Quarteto em Cy e de Flora Purim. Ainda em 1964, gravou, com o conjunto de J.T. Meireles, o LP “O som” e lançou o LP “Dom Um”, com arranjos de Paulo Moura e Waltel Blanco.
No ano seguinte, coordenou o LP “Flora é MPB”, de Flora Purim, na época sua esposa.
Voltou aos Estados Unidos no final de 1965, convidado por Norman Grantz, produtor de Ella Fitzgerald, apresentando-se com Stan Getz e Astrud Gilberto em turnês nesse país e pela Europa. Trabalhou nos Estados Unidos com vários grupos norte-americanos, além de ter atuado com Luis Bonfá e Tom Jobim, com quem gravou vários discos.
Em 1966, foi convidado por Sérgio Mendes para integrar o grupo Brasil 66, com o qual gravou o LP “Fool on the hill”.
Um ano depois, participou da gravação do LP “Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim”, de Frank Sinatra e Tom Jobim, e do LP “Wave”, de Tom Jobim.
Em 1968, desligou-se do Brasil 66 e atuou, em shows e gravações, com diversos grupos norte-americanos, além de ter participado, ao lado de Luis Bonfá, do LP de Tony Bennett “The movie song album”.
Em 1972, substituiu Airto Moreira como percussionista do grupo Weather Report, com o qual se apresentou no Japão e gravou o disco ao vivo “I sing the body electric”, além dos LPs “Mysterious traveller” e “Sweetnighter”. Ainda nesse ano, lançou o LP “Dom Um Romão”.
Em 1973, viajou em turnê de shows com o conjunto Blood, Sweat and Tears. Gravou, também nesse ano, o LP “Spirit of the times”.
Em 1976, desligou-se do grupo Weather Report. Lançou, nesse mesmo ano, o LP “Hotmosphere”.
Atuou como baterista e percussionista nos Estados Unidos até o começo da década de 1980. Nessa época, transferiu residência para Wechis (Suíça), embora mantendo o estúdio Black Beans em Nova Jersey (EUA).
Em 1985, atuou, como percussionista de seu Quinteto Dom Um Romão, integrado também por Izio Gross (piano), Wilson DOliveira (sax-tenor), Hal Thurmond (bateria) e Norbert Domling (baixo), no I Festival de Jazz de Lisboa (Portugal). Com esse grupo, acompanhou diversos artistas norte-americanos, como Tonny Bennett e Robert Palmer, além de ter atuado com o conjunto Blood, Sweat and Tears.
Esteve algumas vezes no Brasil na década de 1990, realizando shows.
Em 1992, apresentou-se com o projeto “Som das ondas”, realizado na Praia do Arpoador (RJ).
No ano seguinte, lançou o CD “Saudades”.
Em 1998, esteve novamente no Brasil, realizando show pelo projeto “Quintas Acústicas” na Casa de Cultura Laura Alvim (RJ). Nessa ocasião, realizou workshop sobre bateria no Teatro da Cultura Inglesa (SP). Ainda em 1998, lançou o CD “Rhythm traveller”, além de ter participado da gravação dos CDs de Itamara Koorax e Nélson Ângelo.
Em 2000, gravou, entre Rio de Janeiro e Nova York (EUA), o CD “Lake of perseverance”, com a base da gravação formada pelo instrumentista (bateria, percussão, vocais e flautas de madeira), além de Jorge Pescara (baixo) e Paola Faour (teclados). O disco contou ainda, com as participações especiais de Eumir Deodato, Danilo Caymmi, Marcelo Salazar, Ithamara Koorax, Luciano Alves, Zé Carlos Bigorna, Lord K., Teddy Kumpel e Nani Palmeira. O instrumentista registrou no CD canções de sua autoria, como “Sambão”, “Erics stuff” (c/ Nani Palmeira), “Groovy station”, e de outros compositores, como Eumir Deodato (“Bit box”), Danilo Caymmi & Marcelo Salazar (“Apache”), Luciano Alves (“House carnival”), além de clássicos de John Coltrane (“Naima”), Mongo Santamaria (“Afro blue) e Kenny Dorham (“Blue bossa”). O disco foi co-produzido com Arnaldo DeSouteiro e Marcelo Salazar.
Atuou no CD “Teu nome Pixinguinha”, de Marcelo Vianna, lançado, em 2002, pelo selo Biscoito Fino.
Em 2004, seu disco “Dom Um”, de 1964, foi relançado em CD pela Dubas Música.
Faleceu no dia 26 de Julho de 2005, no Rio de Janeiro.
(Participação:)
(Participação:)
(Participação:) (Vários intérpretes)
(Participação:) (Vários intérpretes)
(Coletânea:)
(Participação:)
(Participação:)
(Participação:)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010.
REPPOLHO. Dicionário Ilustrado de Ritmos & Instrumentos de Percussão. Rio de Janeiro: GJS Editora, 2012. 2ª ed. Idem, 2013.