3.002
Nome Artístico
Francisco de Sá Noronha
Nome verdadeiro
Francisco de Sá Noronha
Data de nascimento
24/11/1820
Local de nascimento
Viana do Castelo, Portugal
Data de morte
26/1/1881
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Compositor. Violinista. Regente.

Chegou ao Brasil em 1838. Estudou com o mestre espanhol Bruno, ficando por isso conhecido pelo apelido de Chiquito do Bruno.

Dados artísticos

Compositor de inúmeros lundus, modinhas, polcas, quadrilhas, sendo as mais famosas as modinhas “O meu fiel juramento” e “Quando te vi”. Participou ativamente da vida musical do Rio de Janeiro na época, destacando-se também como regente e violinista. Excursionou pela América do Sul e chegou até mesmo a apresentar-se em Nova York, EUA. Voltou à Europa em 1850, como violinista consagrado. No ano de 1851, de volta ao Brasil, foi regente do Teatro São Pedro de Alcântara. Em 1853 foi um dos músicos participantes do concerto da pianista Condessa Rozwadowska. No mesmo ano atuou como regente do Teatro São Januário. Tornou-se um dos pioneiros no uso de temas folclóricos brasileiros em canções para teatro. No melodrama “O baiano na Corte”, representado no Teatro São Januário, no Rio de Janeiro, em 1851, incluiu canções do folclore baiano, dentre elas o “Lundu das beatas” e o “Lundu das moças”, ambas com arranjos seus. Compôs o “Hino dedicado a S. M. a Imperatriz do Brasil no seu natalício de 14 de março de 1852”, publicado para canto e piano. Voltou a Portugal no ano de 1854, onde exerceu a função de regente do Teatro da Rua dos Condes, em Lisboa. Lá encenou várias peças por ele musicadas. Durante essa sua estada na Europa apresentou-se em várias cidades portuguesas como violinista. Voltou ao Brasil em 1857. Nesse ano, entre os meses de maio e junho, apresentou-se em vários concertos na cidade de São Paulo. Obteve sucesso entre os estudantes de direito do Largo de São Francisco. Por conta disso dedicou-lhes sua “Polca acadêmica”, publicada em São Paulo, com grande êxito. Voltando à Europa, estreou sua primeira ópera “Beatriz de Portugal” no Teatro São João, Porto, no ano de 1862. Em 1867 representou sua segunda ópera “O arco de Santana”, e a terceira “Tagir”, em 1876. Voltou em seguida ao Brasil onde permaneceu até falecer. Compôs ainda a música das operetas “A princesa dos cajueiros” e “Os noivos”, ambas sobre libreto de Arthur de Azevedo, obtendo grande sucesso. As obras foram apresentadas no Teatro Phoenix Dramática, em 6 de março de 1880 e 12 de outubro do mesmo ano respectivamente.

Obras
A judia
A noiva do sepulcro
A princesa dos cajueiros (libreto de Arthur Azevedo)
A ti
A vida e a morte
Anjo do Céu, tu me matas
Beatriz de Portugal
De livre que sempre fui
Desejo
Espectro horrível
Hino dedicado à S. M. a Imperatriz do Brasil no seu natalício de 14 de março de 1852
Lundu das beatas
Lundu das moças - Santo Antônio, meu santinho
Meu credo
O arco de Santana
O meu fiel julgamento
Os noivos idem
Os olhos dela
Polca acadêmica
Quando te vi
Saudade
Suspiro de amor
Tagir
Um baiano na corte
Um jogo
Um sonho
Virgem santa
Bibliografia Crítica

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.