0.000
Nome Artístico
Célia
Data de nascimento
8/9/1947
Local de nascimento
São Paulo, SP
Data de morte
29/9/2017
Local de morte
São Paulo, SP
Dados biográficos

Foi revelada no programa de TV Um instante, maestro!, comandado por Flávio Cavalcanti (1923 – 1986). Estudou violão clássico e popular, harmonia, teoria e composição.

Dados artísticos

Em 1970, participou, com sucesso, do programa “Um Instante Maestro”, de Flávio Cavalcanti.

No ano seguinte, gravou seu primeiro LP, “Célia”, contendo as faixas “To be” e “Abrace Paul McCartney”, ambas de Joyce, “David” e “Zózoio – Como é que é”, ambas de Nelson Ângelo, “Blues” (Joyce e Capinan), “No clarão da lua cheia” (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro), “Durango Kid” (Toninho Horta e Fernando Brant), “Pelo teletipo” (Ruy Maurity e José Jorge), “Adeus batucada” (Sinval Silva), “Para Lennon e McCartney” (Marcio Borges, Lô Borges e Fernando Brant) e “Fotograma” (Antônio Adolfo e Tibério Gaspar). O disco foi contemplado com vários prêmios.

Lançou mais um disco em 1972, registrando as canções “A hora é essa” e “Detalhes”, ambas de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, “Toda quarta-feira depois do amor” e “Vida de artista”, ambas de Luís Carlos Sá e Zé Rodrix, “Dominus tecum” (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle), “Ay Adelita” (Piry Reis e João Carlos Pádua), “Mia” (Armando Manzanero), “Na boca do sol” (Arthur Verocai e Vítor Martins), “Em família” (Tom e Dal), “É preciso dizer adeus” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), “Dez milhões de neurônios” (Paulinho Nogueira e Zezinho Nogueira) e “Badalação (Bahia volume 2)” (Nonato Buzar, Tom e Dito). Em seguida, participou de festivais de música realizados na Venezuela e no Uruguai.

Em 1975, gravou novo LP, contendo as faixas “Eu te amo amor” e “Saudade de amar”, ambas de Francis Hime e Vinicius de Moraes, “Não há porque” e “Preciso de silêncio”, ambas de Ivan Lins e Vitor Martins, “Pomba branca” (Max e Vasco de Lima Couto), “Camisa Amarela” (Ary Barroso), “Samba-canção antigo” (Tito Madi), “Amor de mentira” (Benito de Paula), “Canção morrendo de saudade” (Sérgio Bittencourt) e “Onde estão os tamborins?” (Pedro Caetano).

Lançou, em 1977, seu quarto LP, registrando os sambas “Violão amigo” e “A primeira vez”, ambos de Bide e Marçal, “Mãe, eu juro” (Peteleco e Marques Filho), “A mesma estória” (Cartola e Élton Medeiros), “Eu queria” (Mário Rossi e Roberto Martins), “Era ela” (Peterpan e Russo do Pandeiro), “Meu pranto ninguém vê” (Ataulfo Alves e Zé da Zilda), “Folhas ao ar” (Élton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho), “Ao ouvir esta canção… hás de pensar em mim” (Francisco Mattoso e José Maria de Abreu), “Minhas madrugadas” (Candeia e Paulinho da Viola), “O que se leva dessa vida” (Pedro Caetano), “Eu gosto de pandeiro” (Zé da Zilda e Zilda do Zé), “Mundo de zinco” (Wilson Batista e Nássara) e “Minha embaixada chegou” (Assis Valente). Nesse mesmo ano, estreou, no Teatro Pixinguinha (SP), o show “Por um beijo”, em cartaz durante seis meses.

Em 1979, apresentou-se pelo Brasil pelo Projeto Pixinguinha, ao lado de Paulo Moura.

Gravou, em 1982, o LP “Amor”, contendo as canções “Ave perdida” e “Fogo por favor”, ambas de Francisco de Assis, “Eu te amo” (Tom Jobim e Chico Buarque), “O que se leva dessa vida” (Pedro Caetano), “Violão amigo” (Bide e Marçal), “Mãe, eu juro” (Peteleco e Marques Filho), “Guarânia, guarani” (Taiguara), “Onde está você” (Oscar Castro Neves e Luvercy Fiorini), “Folhas no ar” (Élton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho) e “Ao ouvir esta canção… hás de pensar em mim” (Francisco Mattoso e José Maria de Abreu), além da faixa-título (Ivan Lins e Vítor Martins).

No ano seguinte, lançou o LP “Meu caro”, registrando “Açucena” (Ivan Lins e Vítor Martins), “Barcos” (Fernando de Oliveira e Rosa Passos), “Água de moringa” (Wilson Moreira e Nei Lopes), “Não houve nada” (Filó e Sérgio Natureza), “Jardineiro” (Luiz Avellar e Fátima Guedes). “Por uma mulher” (Djavan), “Vuelve mi luz” (Sueli Costa e Capinan), “Sina de cantor” (Tunai e Sérgio Natureza), “O que arde cura” (Nathan Marques e Ana Terra) e “Quem tem telhado de vidro está sempre bronzeado” (Aécio Flávio e Eliana Stoducto), além da faixa-título (Elodi).

Ainda na década de 1980, fez shows em teatros e casas noturnas, notadamente em São Paulo, entre os quais “Toda delícia” (1980), “Fogo, por favor” (1982), “Força” (1983), ao lado de Rosa Maria e Miriam Batucada, e “Vento bravo” (1984).

Em 1991, estreou o espetáculo “A louca do bordel”.

Lançou, em 1993, o CD “Louca de saudade”, contendo as faixas “Passo marcado” e “Moleca”, ambas de Lula Barbosa e Ary Marcos, “Rio de Janeiro (Isto é o meu Brasil)” (Ary Barroso), “Falando de amor” (Tom Jobim), “2001 e índio” (João Bosco e Aldir Blanc), “Guacyra” (Joracy Camargo e Hekel Tavares), “Não vou sair” (Celso Viáfora), “No mesmo colar” (Moacyr Luz, Aldir Blanc e Paulo Emílio), “Ave Maria” (Jayme Redondo e Vicente Paiva), “Na minha vez” (Amilson Godoy), “Geração” (Guilherme Rondon e Paulo Simões), “América Brasil” (Ivan Lins e Vítor Martins) e “Onde estão os tamborins” (Pedro Caetano).
Dois anos depois, atuou no espetáculo “Os gordos também amam”, dividindo o palco com José Maurício Machline.

Em 1996, comemorando 25 anos de carreira, apresentou no Espaço Vinicius de Moraes (SP) o espetáculo “Célia e Banda Son Caribe”, cantando salsas, mambos e merengues.

Dividiu o palco do Tom Brasil (SP) com Zé Luiz Mazziotti, em 1998, no show “Ame”, contendo um repertório de clássicos da MPB.

Participou, também, de inúmeros shows a bordo de navios internacionais, em rotas turísticas pela costa brasileira e outros países da América Latina.

Em 2000, lançou, com Zé Luiz Mazziotti, o CD “Pra Fugir da saudade”, contendo exclusivamente sambas de Paulinho da Viola: “Pra fugir da saudade” e “Onde a dor não tem razão”, ambas com Élton Medeiros, “Timoneiro” e “Cantoria”, ambas com Hermínio Bello de Carvalho, “Cadê a razão”, “Coração leviano”, “Minhas madrugadas” (c/ Candeia), “Tudo se transformou”, “Coisas do mundo, minha nega”, “Argumento”, “Pode guardar as panelas” e “Só o tempo”.

Em 2007, lançou, com o violonista Dino Barioni, o CD “Faço no tempo soar minha sílaba”, contendo as canções “Muito romântico” (Caetano Veloso), “Disritmia” (Martinho da Vila), “Geraldinos e Arquibaldos” (Gonzaguinha) e “Serra da Boa Esperança” (Lamartine Babo), entre outras. O disco contou com a participação de Zélia Duncan, Beth Carvalho, Dominguinhos, Lucinha Lins e Quinteto em Branco e Preto.

Celebrando 40 anos de carreira, lançou, em 2010, o CD “Célia 40 Anos – O lado oculto das canções”, No repertório, “Vidas inteiras” (Adriana Calcanhotto), canção incluída na trilha sonora da novela “Passione” (Rede Globo), “Eternamente” (Tunai e Sérgio Natureza), “Vinho antigo” (Claudio Rabello e Dalto), “Não vou ficar (Tim Maia), “Aqui” (Ana Carolina e Antônio Villeroy), “Desejo de mulher” (Zélia Duncan e Hamilton de Holanda), “Se não for por amor” (Benito Di Paula), “Cigarro” (Zeca Baleiro), “Apelo” (Baden Powell e Vinicius de Moraes), “Cantiga de quem está só” (Jair Amorim e Evaldo Gouveia), “Êxtase” (Guilherme Arantes), “Meu benzinho” (Ângela RoRo), “Não se vá” (versão de Thina para música de Alain Bellec) e “Sonhos” (Peninha). O disco contou com a participação de Ogair Jr. (piano), Marcos Paiva (contrabaixo acústico), Dino Barioni (violão), Thadeo Romano (bandoneón), Toninho Ferragutti (acordeom) e Nelton Essi (percussão), além de Ney Matogrosso, em duo com a cantora na faixa “Não se vá”.

É considerada uma das grandes expressões da vida artística paulistana.

 

Em 2015, voltou à cena com o lançamento do disco “Aquilo que a gente diz”, composto por 10 músicas inéditas de antigos parceiros e novos: “Não existe amor em SP” (Criolo), “Deus dará” (Zeca Baleiro), “Se o caso é chorar” (Tom Zé), “Dois rios” (Lô Borges e Nando Reis), “Crua” (Otto), “Eu sou aquele que disse” (Sérgio Sampaio), “Tanto nó” (Fátima Guedes e Ivan Lins), “Opus 2 (Antônio Carlos e Jocafi), “Entre amigos” (Joyce Moreno), “Aquilo que a gente diz” (Alzira e Tiago Torres da Silva). 

 

Em 2017 se preparava para lançar DVD comemorativo, “O que não pode mais se calar”. No mesmo ano participaria de projetos musicais, ao lado de cantores de diferentes gerações (do qual também fizeram parte Ângela Maria, Alaíde Costa, Tetê Espíndola e Ayrton Montarroyos, entre outros) no espetáculo comemorativo em homenagem aos 100 anos de Dalva de Oliveira, com renda revertida ao Instituto Cultural Cravo Albin. Morreu, neste mesmo ano, antes da apresentação. A informação foi dada pelo produtor Thiago Marques Luiz e logo em seguida pelo Facebook oficial da cantora. 

Discografias
2015 . Independente / Tratore CD “Aquilo que a gente diz”
2010 Célia 40 Anos - O lado oculto das canções (Célia) – Som Livre – CD
2007 Faço no tempo soar minha sílaba (Célia e Dino Barioni) – Lua Music - CD
2000 CD Pra fugir da saudade (Célia e Zé Luis Mazziotti)
1993 Velas CD Louca de saudade (Célia)
1983 Pointer LP Meu caro (Célia)
1982 Continental LP Amor (Célia)
1977 Continental LP Célia (Célia)
1975 Continental LP Célia (Célia)
1972 Continental LP Célia (Célia)
1971 Continental LP Célia (Célia)
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.