5.001
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Nome Artístico
Ellen de Lima
Nome verdadeiro
Helenice Teresinha de Lima P. de Almeida
Data de nascimento
24/3/1938
Local de nascimento
Salvador, BA
Dados biográficos

Cantora.

Em 1940, com apenas dois anos de idade, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Desde a infância já demonstrava entusiasmo com as músicas que ouvia no rádio. Aos oito anos, cantou no programa “Papel Carbono”, de Renato Murce, na Rádio Nacional, imitando Heleninha Costa, sendo a vencedora da noite. Foi uma das mais importantes cantoras da Rádio Nacional entre os fins dos anos 1950 e início dos anos 1960.

Dados artísticos

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Começou sua carreira em 1950, apresentando-se no programa “César de Alencar”, destinado à descoberta de novos cantores. Participou também do programa “Alvorada dos novos”, da Rádio Mayrink Veiga. Em 1954, foi contratada pela Socipral (Organização Victor Costa que congregava a Rádio Mayrink Veiga, a Rádio Nacional de São Paulo e a Rádio Nacional do Rio de Janeiro) para apresentar-se nas duas maiores cidades brasileiras.
Ainda nesse ano, assinou contrato com a gravadora Columbia e lançou seu primeiro disco contendo as canções “Até você”, de Armando Nunes, um de seus maiores sucessos e, “Melancolia”, de Allain Romano, em versão de Capitão Furtado. No mesmo ano, gravou o samba-canção “Concordemos”, de Othon Russo e Nazareno de Brito, e o bolero “Um pouco de amor”, de L. Silesu, com versão de Ariovaldo Pires, o Capitão Furtado. Em 1955, gravou o bolero “Lago azul”, de Valdir Rubelsperger e Valter Gonçalves, e o samba-canção “Telefona outra vez”, de Sátiro de Melo e Almeida Batista. Em 1956, gravou o bolero “Vício”, de Fernando César, que fez grande sucesso no ano seguinte e que passou a ser considerado o maior sucesso de sua carreira fonográfica.
Em 1957, dedicou-se apenas ao seu trabalho na Rádio Nacional, na qual fez sucesso com o bolero “Vício”, de Fernando César, incluído em seu primeiro LP, ainda em 10 polegadas. Nesse LP que levou seu nome como título interpretou ainda os boleros “Mente”, de Fernando César; “Prova de amor”, de Portinho e Wilson Falcão; “Eu te espero”, de Athayde Julio; “Meu Último fracasso”, de Alfredo Gil, em versão de Julio Nagib, e “Lago azul”, de Waldir Rumbelsperger e Walter Gonçalves, além do fox “Um sonho bom pra recordar”, de José Francisco de Freitas, Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti, e o samba-canção “Fui eu”, de Armando Nunes. Em seguida, apresentou-se em vários programas de televisão e shows em casas noturnas. Em 1958, gravou em dueto com o cantor Luiz Cláudio os sambas-canção “Sucedeu assim”, de Tom Jobim, e “Tu e eu”, de Altamiro Carrilho e Armando Nunes. Gravou também o samba-rock “Tudo ou nada”, de Fernando César. Em 1959, gravou, ainda na Columbia, a balada “A noite do meu bem”, de Dolores Duran, e o bolero “Arrependimento”, de Fernando César e Dolores Duran.
Em 1960, já na RCA Victor, lançou o LP “Ellen de Lima” no qual interpretou, entre outras, “Velho queixume”, de Esdras Silva e Dalton Vogeler, “Leva-me contigo”, de Dolores Duran, “Preciso de amor”, de Armando Fernandes e Carolina Cardoso de Menezes, e “Vou-me embora de você”, de Macedo Neto e Hianto de Almeida. Em 1963, gravou o LP “Ellen de Lima”, lançado pelo selo Chantecler e, três anos depois, o LP “Ellen… Canta”, com destaque para “Na paz do seu olhar”, de João Melo, “Mil e tantas madrugadas”, de Fernando César e Britinho, “Deixa o morro cantar”, de Tito Madi, “Fim de semana em Paquetá”, de Alberto Ribeiro e João de Barro, e “Você é todo mal que me faz bem”, de Umberto Silva e Paulo Aguiar. Foi contratada em 1964, pela TV Globo onde atuou como atriz e cantora.
Em 1969, gravou o LP “Ellen de Lima”, lançado pela Odeon, que incluiu “Cante, cante”, de Tito Madi, “Não é por mim”, de Carlos Imperial e Fernando César, e “Somente porque te amo” e “O encontro”, de Leci Brandão. Atuou em teleteatro ao lado de Fernanda Montenegro e Sérgio Britto e no Teatro Opinião, com Paulo José e Joana Fomm, entre outros. Participou de diversos festivais e shows pelo Brasil e no exterior, apresentando-se em várias temporadas no Cassino Estoril (Portugal). Recebeu a comenda Oswaldo Cruz por sua participação como cantora na campanha contra a meningite. Foi eleita madrinha da Polícia Rodoviária Federal. Desde 1988, faz parte do grupo As Cantoras do Rádio. Em 1990, recebeu menção honrosa da Câmara Municipal do Rio de Janeiro pelos serviços prestados à música brasileira.
Em 1991, lançou com Carmélia Alves, Nora Ney, Violeta Cavalcanti, Zezé Gonzaga e Rosita Gonzales o LP “As eternas cantoras do Rádio”. Em 2000, lançou com Carmélia Alves, Violeta Cavalcanti e Ademilde Fonseca o CD “As eternas cantoras do Rádio, que pode ser considerado como um volume 2 embora o grupo tenha mudado com a saída de quatro cantoras e a entrada de Ademilde Fonseca. Entre junho e outubro de 2001, ficou em cartaz vários meses no Teatro-Café Arena, no Rio de Janeiro, juntamente com Carminha Mascarenhas, Carmélia Alves e Violeta Cavalcanti, no espetáculo “As Cantoras do Rádio: Estão voltando as flores”, com roteiro e direção de Ricardo Cravo Albin, espetáculo que correria o Brasil a partir de então e seria gravado em CD pela Som Livre. No show, que homenageava cantoras da época de ouro do Rádio no Brasil, interpretou sucessos de Dolores Duran como “A Noite do Meu Bem”, além de marchinhas carnavalescas dos repertórios de Linda e Dircinha Batista e também do de Carmen e Aurora Miranda. Ao final, lembrava alguns de seus sucessos, como “Vício”, de Fernando César, considerado por ela o seu carro-chefe. Ao final de 2003, estreou no Teatro Ipanema com a remontagem do show “Estão voltando as flores”, com o mesmo diretor e roteirista. Em dezembro do mesmo ano e em janeiro de 2004, atuou nos shows “Ninguém me ama – Canto para Nora Ney” e “Tra-lá-lá – Lamartine é cem”, ambos com o grupo “Cantoras do Rádio”, escritos, dirigidos e apresentados por Ricardo Cravo Albin. Em 2008, atuou ao lado de Carminha Mascarenhas, Carmélia Alves e Violeta Cavalcanti, no documentário “Cantoras do Rádio – Estão votando as flores”, dirigido por Gil Baroni e Marcos Avellar, a partir de roteiro de Ricardo Cravo Albin. Em 2009, apresentou-se com o grupo Cantoras do Rádio no espetáculo “Homenagem à época de ouro do Rádio” na Academia Brasileira de Letras, em show no qual cantou as músicas “A noite do meu bem”, de Dolores Duran, “Canção das misses”, de Lourival Faissal, e “Vício”, de Fernando César, além de, juntamente com Carmélia Alves interpretar “Estão voltando as flores”, de Paulo Soledade, e “Cantoras do Rádio”, de João de Barro e Alberto Ribeiro. Em 2012, apresentou-se no Centro Cultural Light, no show “Meio dia e meia”, comandado por Ricardo Cravo Albin. Na ocasião interpretou as músicas “Travessia”, de Milton Nascimento e Fernando Brandt; “Onde anda você”, de Vinícius de Moraes e Hermano Silva; “Naquela mesa”, de Sérgio Bittencourt; “Canção do amor”, de Elano de Paula e Chocolate; “Molambo”, de Jaime Florence e Augusto Mesquita; “Por causa de você”, de Tom Jobim e Dolores Dura; “Vício”, de Fernando César; “Que será”, de Marino Pinto e Mário Rossi; “Caminhemos”, de Herivelto Martins; “Quem te viu, quem te vê” e “Folhetim”, de Chico Buarque de Holanda; “Nunca” e “Vingança”, de Lupicínio Rodrigues; “Sonho meu”, de Dona Ivone Lara; “Viola enluarada”, de Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, e “O que é, o que é”, de Gonzaguinha. No mesmo ano, participou, juntamente com as cantoras Sonia Delfino e Doris Monteiro, da homenagem prestada no Instituto Cultural Cravo Albin à cantora Marlene, por ocasião do 90º aniversário natalício da mesma com a exposição “Marlene – 90 anos de glórias”. Na ocasião, foi realizado um espetáculo com o grupo Cantoras do Rádio. Nesse espetáculo, interpretou solo os sambas “Barracão”, de Luiz Antônio, “Dora me disse”,  de Jota Júnior e Oldemar Magalhães, e a marcha “Coitadinho do papai”, de Henrique de Almeida e Garcez. Em conjunto com Doris Monteiro e Sonia Delfino cantou os sambas “Zé Marmita”, de Luiz Antônio e Brasinha, e “Se é pecado sambar”, de Manoel Santana, e as marchas “Sapato de pobre”, de Luiz Antônio e Jota Júnior, e “Lata dágua”, de Luiz Antônio e Jota Júnior. Em 2014, participou, juntamente com as cantoras Lana Bittencourt  e Adelaide Chiozzo, do espetáculo “A Noite – Nas ondas da Rádio Nacional”, apresentado no teatro Rival BR.  Em 2017, apresentou-se no sábado e na Segunda Feira de Carnaval no Baile da Cinelândia, tradicional baile carnavalesco promovido pela prefeitura do Rio de Janeiro em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Discografias
2002 Som Livre CD Estão voltando as flores
2000 Leblon Records CD As eternas cantoras do rádio

Carmélia Alves, Violeta Cavalcanti, Ellen de Lima e Ademilde Fonseca

1991 CID CD As eternas cantoras do rádio
1969 Odeon LP Ellen de Lima
1966 Chantecler LP Ellen...canta
1963 Chantecler LP Ellen de Lima
1960 RCA Victor LP Ellen de Lima
1959 Columbia 78 A noite do meu bem/Arrependimento
1959 Columbia 78 Quando a tarde declina/Receita de saudade
1958 Columbia 78 Sucedeu assim/Tu e eu
1958 Columbia 78 Tudo ou nada/Prova de amor
1957 Columbia 78 Devoção/Eu te espero
1957 Columbia LP 10 polg Ellen
1957 Columbia 78 Mente/um sonho bom pra recordar
1956 Columbia 78 Meu último fracasso/Vício
1955 Columbia 78 Fui eu/Anseio
1955 Columbia 78 Lago azul/Telefona outra vez
1954 Columbia 78 Até você/Melancolia
1954 Columbia 78 Concordemos/Um pouco de amor
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da música Popular. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1965.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.

EPAMINONDAS, Antônio. Brasil brasileirinho. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1982.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Volume 1. São Paulo: Editora 34, 1997.