
Compositor. Cantor. Arranjador. Regente. Produtor Musical. Diretor Musical.
Filho dos funcionários públicos Arthur de Miranda e Maria Luzia Carvalho Casale de Miranda, que tocavam acordeon e piano. Primo dos músicos Sérgio, Geraldo, Marcelo, Tetê e Alzira Espíndola. Sobrinho dos Trigêmeos de Maracatu (Aécio, Haroldo e Marcelo Miranda), pianistas da área erudita que se apresentavam em concertos, tocando a seis mãos. Ainda menino, dedilhava intuitivamente o acordeon de seus pais, repetindo sons ouvidos da casa de um vizinho que tocava sanfona. Na adolescência, participou de corais, bandas marciais e grupos musicais, que entre outras coisas, tocavam em missas jovens na região.
Na década de 1970, mudou-se para São Paulo, para ingressar no Instituto Musical de São Paulo, onde cursou alguns períodos da Faculdade de Música e Educação Artística. Nessa época, freqüentou bares de estudantes e a noite paulista e foi convidado a participar do Teatro Experimental Universitário (TEU), atuando como diretor musical do grupo. Em seguida, começou a participar de festivais de música, tendo sido premiado em vários deles, como compositor e como intérprete.
Em 1982, venceu o Festival de Ubá (MG), com a música “Ói u trem”, sendo convidado por diretores da gravadora RCA Victor, presentes ao evento, a gravar um compacto simples distribuído somente no estado de Minas Gerais.
No ano seguinte, assinou um contrato com a gravadora RCA e lançou seu segundo compacto, desta vez com distribuição em todo território nacional e, em seguida, seu primeiro LP “Beto Mi”, produzido por Durval Ferreira. O disco contou com a participação especial de Hector Costita (sax), Ubirajara (bandoneon) e Milton Banana (percussão) e atingiu a vendagem de mais de 100.000 cópias. Participou do III Festival do Disco Visão em Canela (RS).
Em 1986, lançou seu segundo LP, “Espelhos”, produzido por Ney Marques para a gravadora Polydisc. Nessa época, mudou-se temporariamente para o Nordeste.
Em 1989, gravou, pela WB/Continental, o LP “Um tempo pra sonhar”, também produzido por Ney Marques e com a participação especial da dupla Sá & Guarabyra na faixa “No coração de quem ama”, de sua parceria com Guarabyra. Destacaram-se no repertório do disco as canções “Espanhola” (Guarabyra e Flávio Venturini) e “Sonhos de primavera”, de sua autoria, bastante executadas, gerando um vídeo-clipe e a indicação para o Prêmio Sharp, no ano seguinte.
Prosseguiu atuando em shows pelo Nordeste e, ainda na década de 1990, lançou o CD “Andarilhos da luz” (1995), produzido pelo próprio cantor e com a participação especial de sua filha Thais Giubelli Miranda, na época com 12 anos de idade, e o CD “16 anos de Beto Mi” (1999).
De volta a São Paulo, vem trabalhando, em parceria com a Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, o projeto educativo, musical, cultural e ambientalista “Planeta Caipira” em escolas da região do Vale do Paraíba.
Atua, também, como professor, maestro, arranjador e regente dos corais do Instituto Salesiano Nossa Senhora do Carmo e Albert Einstein/Objetivo, em Guaratinguetá (SP), desde 1997.
Foi indicado e efetivado Membro do Júri Oficial do Carnaval de São Paulo, no quesito Letra do Samba, desde o Carnaval 2000.
Foi convidado a integrar o júri da etapa regional do Mapa Cultural Paulista, nas categorias Composição e Canto Coral, pelas cidades de Guaratinguetá e Taubaté.
Em 2002, iniciou a gravação do CD “Planeta Caipira”, disco que faz parte do Projeto Educativo, Musical, Cultural e Ambientalista “Planeta Caipira”, realizado em parceria com a Fundação Abrinq. No repertório, suas músicas “Festa no céu”, “Manto dágua”, “Águas da Mantiqueira”, “Semente da terra”, “Mata Atlântica”, “O canto do curupira”, “Interior” (c/ Praxédes), “Coieita” (c/ Júlio Ricarte) e “Frutificação” (c/ Evanildo Nicolli), além da faixa-título.