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Nome Artístico
Carlos Imperial
Nome verdadeiro
Carlos Eduardo Corte Imperial
Data de nascimento
24/11/1935
Local de nascimento
Cachoeiro do Itapemirim, ES
Data de morte
4/11/1992
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Compositor. Apresentador. Produtor.

Começou a se interessar por música ainda criança, tendo se tornado posteriormente colecionador de discos. Na adolescência mudou para o Rio de Janeiro onde se tornou aluno de piano de Johnny Alf. Participou, como ator, de vários filmes musicais da Atlântida e outras companhias, entre 1955 e l965.

Dados artísticos

Em 1958, aos 22 anos, criou o Clube do Rock, organizando jam sessions e rock sessions. No mesmo ano, compôs as músicas e organizou os dançarinos para o filme “De vento em popa”, no qual Oscarito e Sônia Mamede interpretaram, entre outros, “Calipso rock”, parceria com Roberto Reis. No mesmo filme, atuou com o grupo Os Terríveis, tocando piano e acordeon.

Por essa época passou a apresentar o programa Clube do Rock na TV Tupi. Em 1959, Roberto Carlos, revelado no Clube do Rock, lançou pela Polydor o primeiro disco com os sambas “João e Maria”, parceria com Imperial, e “Fora do tom”, do próprio Imperial. No ano seguinte, o mesmo cantor lançou novo disco, agora na Columbia, trazendo dois sambas de sua autoria, “Canção do amor nenhum” e “Brotinho sem juízo”.

Em 1961 passou a assinar a coluna “O mundo é dos brotos” na Revista do Rádio. Na mesma época, trabalhou no filme “Mulheres cheguei”, juntamente com o Clube do Rock e Eduardo Araújo. Teve ainda a composição “Eu quero twist”, parceria com Erasmo Carlos gravada por Renato e seus Blue Caps.

Em 1964 obteve um de seus maiores êxitos como compositor com a canção “O bom”, gravada por Eduardo Araújo, que também registrou, com sucesso, no mesmo disco, “O goiabão”, parceria dos dois. Por essa época apresentou na TV Record o programa “Brotos no 13”. Em 1966, a composição “O carango”, parceria com Nonato Buzar, foi gravada por Erasmo Carlos, obtendo destaque nas paradas de sucesso.

No ano seguinte, teve outro grande sucesso gravado pelo mesmo cantor, “Vem quente que eu estou fervendo”, parceria com Eduardo Araújo.

Em 1967, destacou-se com novos êxitos nas paradas de sucesso, as composições “Mamãe passou açúcar em mim”, parceria com Mingo, gravada pelo conjunto Os Incríveis e por Wilson Simonal, e “A praça”, gravada por Ronnie Von.

Em 1968 tornou-se o último parceiro do sambista Ataulfo Alves, com quem compôs três sambas, entre os quais “Você passa e eu acho graça”, que alcançou grande sucesso, na voz de Clara Nunes, tornando-se um clássico, recebendo nova gravação por Martinho da Vila, em 2002, no CD “Alma e Coração”.

Em seu programa “Os brotos comandam”, apresentado na TV Continental e na Rádio Guanabara, foram revelados diversos ícones da Jovem Guarda, como Eduardo Araújo e Renato e seus Blue Caps.

Com o fim do movimento da Jovem Guarda passou a atuar no jornalismo e na produção de filmes. Nos anos 1980 dedicou-se à política. Em 1984 foi eleito o vereador mais votado no Rio de Janeiro. Sempre foi considerado uma figura polêmica no meio artístico, envolvendo-se em inúmeros episódios que sempre repercutiram amplamente nos jornais.

Obras
A praça
Brotinho sem juízo
Calipso rock (c/ Roberto Reis)
Cantor do iê-iê-iê (c/ Eduardo Araújo)
Canção do amor nenhum
Dez Anastácias
Estou aqui (c/ Nened)
Eu quero twist (c/ Erasmo Carlos)
Faz só um mês (c/ Eduardo Araújo)
Fora do tom
Goiabão (c/ Eduardo Araújo)
Golpe do baú (c/ Eduardo Araújo)
Horóscopo
I like twist with my baby
João e Maria (c/ Roberto Carlos)
Louco por você (c/ Pockriss e Vance)
Mamãe passou açúcar em mim (c/ Mingo)
Menina (c/ Adriano e Ângelo Antônio)
Mil canções (c/ Eduardo Araújo)
Namorando
Não é por mim (c/ Fernando César)
O bom
O carango (c/ Nonato Buzar)
O mundo a teus pés (c/ Eduardo Araújo)
Para o diabo com os conselhos de vocês (c/ Nenéo)
Primeiro lugar (c/ Eduardo Araújo)
Vem quente que eu estou fervendo (c/ Eduardo Araújo)
Viva o divórcio (c/ Eduardo Araújo)
Você passa e eu acho graça (c/ Ataulfo Alves)
Bibliografia Crítica

AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

FRÓES, Marcelo. Jovem Guarda. Em ritmo de aventura. São Paulo; Editora 34, 2000.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

PUGIALLI, Ricardo. No embalo da Jovem Guarda. Rio de Janeiro, Ampersand Editora, 1999.