5.001
Nome Artístico
Alberto Ribeiro
Nome verdadeiro
Alberto Ribeiro da Vinha
Data de nascimento
27/8/1902
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
10/11/1971
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Compositor. Violonista. Cantor.

Nasceu no bairro da Cidade Nova e foi criado no Estácio, área considerada como berço do samba. Começou a fazer o curso de Engenharia, mas não chegou a concluir, optando pelo curso de Medicina. Casou-se em 1926, e teve um filho. Em 1931, formou-se em Medicina com especialização em Homeopatia.

Foi padrinho do casamento da filha de Braguinha, Maria Cecília. Dedicou grande parte da vida aos direitos dos compositores, tendo sido um dos fundadores da ABCA (Associação Brasileira de Compositores e Autores), criada num ato de rebeldia contra a SBAT, que controlava os direitos autorais dos compositores. Da ABCA nasceu posteriormente a UBC (União Brasileira dos Compositores), da qual foi presidente por 10 anos. Durante a ditadura Vargas, foi preso várias vezes, por causa das composições de caráter político que fazia. Exerceu a Medicina de forma humanitária, abnegada e generosa, atendendo a todos por preços simbólicos. Aposentou-se na Medicina, em 1959, em função de problemas cardíacos. Na década de 1960, gravou depoimento ao MIS, Museu da Imagem e do Som, do Rio de Janeiro, pouco tempo antes de morrer.

Dados artísticos

Assíduo freqüentador do Café Nice e do Café Suíço, foi um dos grandes compositores carnavalescos da MPB. Formou uma célebre parceria com João de Barro, o Braguinha, que conheceu em 1935 e de quem tornou-se grande amigo. Foi também parceiro de Nássara, Alcyr Pires Vermelho, Antônio Almeida, Radamés Gnattali e José Maria de Abreu. Começou a compor para o carnaval, principalmente para o bloco carnavalesco “Só de Tanga”, do qual participava.

Em 1923, teve sua primeira composição editada, “Água de coco”. Em 1930, organizou um conjunto chamado “Grupo dos Enfezados”, integrado, além dele, por Sátiro de Melo, Nelson Boina e o “Mesquita da Mayrink Veiga”. Em 1931, ingressou na Odeon e gravou a embolada “A lua já vem saindo”, de Sátiro de Melo e a canção “Minha casa”, de sua autoria, primeira composição sua gravada, ambas com acompanhamento do Grupo dos Enfezados. Gravou em seguida a valsa “O nazareno” e o samba “Pra que eu vim”, de autores desconhecidos. Em 1932, foi levado para a Columbia pelo amigo e cineasta Moacir Fenelon. Nesse ano, gravou em dueto com Luciano Perrone a rumba “O vendedor de pipoca”, de sua autoria e Bonfíglio de Oliveira. Em 1933, gravou a marcha “As brabuletas”, de sua autoria. Nesse ano, fez com Júlio de Oliveira o fox-trot “Um sorriso…uma lágrima…” gravado pelos Irmãos Tapajós na Victor.

Em 1934, alcançou sucesso com a marcha “Tipo sete”, em parceria com Nássara, gravada por Francisco Alves na Odeon, e que se referia a um tipo de café muito em voga na época, produto de exportação essencial do Brasil. Com essa música venceram o concurso de carnaval da prefeitura naquele ano. Ainda nesse ano, Francisco Alves gravou a marcha “Dois amores”, também com Nássara e Aurora Miranda as marchas “Avião do amor”, com André Filho e “Vai sudindo…vem caindo…”, esta, em dueto com João Petra de Barros que por sua vez, gravou sozinho a valsa “A lua não mudou!…”, parceria com Vicente Paiva. Também no mesmo ano, fez com Alcebíades Barcelos a marcha “São Tomé” e o samba “Implorando o meu perdão” gravadas por Sílvio Caldas na Odeon e o samba “O que será de nós dois?” e a marcha “A benção Papai Noel”, gravadas por Almirante e a marcha “Se eu fosse pintor” gravada por Mário Reis, as três na Victor. Em 1935, foi apresentado a Braguinha pelo editor Mangione, que os convidou para fazer a trilha sonora do filme “Alô, alô Brasil!”, de Wallace Downey. Nasceu então a famosa parceria, que logo depois produziu a primeira obra, “Deixa a lua sossegada”, marchinha gravada por Almirante na RCA Victor. Nesse ano, Carmen Miranda gravou a marcha “Sonho de papel”, que fez parte da trilha sonora do filme “Estudantes”, de Wallace Downey, para o qual fez o roteiro com João de Barro, Barbosa Júnior gravou a marcha “Mulher vampiro”, com Alcyr Pires Vermelho e Mário Reis as marchas “Fra Diavolo no carnaval”, com João de Barro e Carlos Martinez e “Cadê Mimi”, com João de Barro, todas na Odeon, esta última um grande sucesso, até hoje cantada.

Em 1936, Mário Reis gravou a marcha “Você é quem brilha”, com Nássara, Carlos Galhardo a valsa “Sonhos azuis” e Aurora Miranda as marchas “Trenzinho do amor” e “Amores de carnaval” e Carmen Miranda as marchas “Balancê” e “Minha terra tem palmeiras”, todas com João de Barro e ambas sucesso permanente a partir daí. Nesse ano, fez com João de Barro o roteiro para o filme “Alô, alô Carnaval!”, com direção de Adhemar Gonzaga. Ainda no mesmo ano, teve outras composições gravadas na Victor: as marchas “Manhãs de sol”, por Francisco Alves e “Maria acorda que é dia”, por Joel e Gaúcho, parcerias com João de Barro e os sambas “Uma voz de longe me chamou”, com Hervê Cordovil, nas vozes do Bando da Lua e “Comprei uma fantasia de pierrô”, com Lamartine Babo na voz de Francsico Alves. No carnaval de 1936, Dircinha Batista gravou duas composições de sua parceria com João de Barro, o Braguinha: as marchas “Muito riso, pouco siso” e “Pirata”, esta considerada o primeiro sucesso da jovem Dircinha, que a apresentava no filme “Alô, alô, carnaval”.

Em 1937, Carmen Miranda gravou o samba-choro “Cachorro vira lata”, Carlos Galhardo a valsa “Amar até morrer” e o samba “Eu sei de alguém”, ambas com João de Barro e, Francisco Alves, a valsa “Meu sonho de criança”, todas na Odeon. Também nesse ano, Almirante gravou duas marchas de sua parceria com João de Barro que além de fazerem enorme sucesso tornaram-se clássicas do repertório carnavalesco: “Yes! Nós temos banana…” e “Touradas em Madrid”.Esta última, chegou a vencer o concurso carnavalesco de 1938, mas acabou desclassificada, pois o júri alegou tratar-se de um ritmo estrangeiro, um “paso doble”. Em 1938, fez as marchas “Dia sim, dia não” e “Quando a lua vem saindo” e o samba “Canário de revista” gravadas por Aurora Miranda. No mesmo ano, fez com João de Barro o samba “Veneno pra dois” gravado por Carmen Miranda e as marchas “Barquinho pequenino”, gravada por Almirante e “Nada de novo na frente ocidental”, gravada por Francisco Alves, na Odeon e, também com João de Barro, as valsas “Mares da China” e “Linda borboleta” e as marchas “Sem banana” e “Marcha para o oeste” gravadas por Carlos Galhardo na Victor.

Em 1939, compôs com Alcyr Pires Vermelho o samba “Você sambou pra mim”, gravado por Aurora Miranda; com João de Barro as marchas “Pirolito” e “Havaiana” gravadas por Nilton Paz, a primeira, também gravada pela estreante Emilinha Borba, e com Jorge Faraj o samba-canção “Garota do dancing” gravada por Nestor Amaral. Em 1940, Carlos Galhardo gravou a canção “Conversando com a saudade” e a valsa “Preso ao teu sorrriso”, parcerias com Antônio Almeida. Nesse ano, obteve grande sucesso com o samba “Onde o céu azul é mais azul”. Parceria com João de Barro e Alcyr Pires Vermelho gravado por Francisco Alves na Columbia. Em 1941, teve a valsa “Tin-do-lê-lê”, com Antônio Almeida gravada pelos Anjos do Inferno; a marcha “Não te cases Beatriz”, com Antônio Almeida e Arlindo Marques Junior, por Beatriz Costa e Leo Vilar e o choro “Acabou-se o que era doce”, com Antônio Almeida, gravado por Leo Vilar, todos na Columbia. Nesse ano, Vassourinha gravou na Colúmbia o choro “Seu Libório”, composto com Braguinha cinco anos antes e que se tornaria um clássico futuro.

Em 1942, seus sambas “O sorriso do presidente” e “Maria o céu” e a “Valsa do balancê”, com Alcyr Pires Vermelho, foram gravados por Deo na Columbia. Nesse ano, a marcha “Adolfito Mata-Mouros”, parceria com João de Barro, uma sátira ao ditador alemão Adolf Hitler foi gravada por Orlando Silva. Em 1943, fez sucesso com a marchinha “China pau”, sátira política em plena II Guerra Mundial, parceria com João de Barro gravada por Castro Barbosa na Columbia. Nesse ano, suas marchas “Noites de junho” e “Adolfito mata-mouros”, com João de Barro foram gravadas na Continental respectivamnente por Dalva de Oliveira com a Dupla Preto e Branco e, Orlando Silva. Teve também gravados por Déo, os sambas “O sorriso do presidente” e “Maria do céu”, parcerias com Alcyr Pires Vermelho. Em 1944, Nelson Novais gravou a valsa “Na beira do cais”, Dircinha Batista e Déo a valsa “Continuas em meu coração”, com João de Barro e Déo, o choro “Cochichando”, com João de Barro e Pixinguinha, as três na Continental.

Em 1945, fez com Janet de Almeida a marcha “Eu fiz um fado” gravada na Odeon por Joel e Gaúcho e com Peterpan o samba “Eu quero um samba”, gravado por Dircinha Batista na Continental. Também nesse ano, Os Trovadores gravaram o samba “Lá vem formosa”, com Dorival Caymmi e a marcha “Adeus, priminha!”, com João de Barro e Nuno Roland os choros “Mulata Risoleta” e “Olha bem pra mim”, parcerias com Radamés Gnattali. No ano seguinte, fez com Antônio Almeida a letra para a “Polonaise”, de Chopin, gravada em ritmo de samba por Alcides Gerardi. Fez também os sambas “Barra azul” e “Vem morena”, com Alcyr Pires Vermelho e “Não fale mal de mulher”, com Saint Clair Sena gravados por Abílio Lessa na RCA Victor e “Eu nem te ligo”, com Antônio Almeida e o samba-choro “A semana de Maria”, lançados por ircinha Batista na Continental. Também em 1946, fez com João de Barro o samba “Copacabana”, um dos grandes sucessos da MPB, que ganhou expressão internacional. A música foi gravada pelo então jovem cantor Dick Farney, na Continental tornando-se um clássico.

Em 1947, Carlos Galhardo gravou a marcha “Ré misteriosa”, parceria com Roberto Martins. Nesse ano, conheceu dois novos sucessos com João de Barro, o samba “Fim de semana em Paquetá” e a marcha “Tem gato na tuba”, gravados por Nuno Roland. Ainda nesse ano, teve gravados os sambas “A orquestra está mudada” e “Vingança”, com Roberto Martins, por Roberto Paiva, “Ciúme e nada mais”, com Raul Marques, por Jorge Veiga e “Casadinha triste”, com João de Barro, por Ruy Rey. Em 1948, Orlando Silva gravou na Odeon a valsa “Flor mulher”, parceria com Paulo Barbosa e Ronaldo Lupo gravou na Continental o fox-blue “Capricho de mulher”, parceria dos dois. Ainda nesse ano, teve mais dois sambas gravados, “Ser ou não ser”, parceria com José Maria de Abreu, por Dick Farney, que obteve grande sucesso, e “Sem você”, com Alcyr Pires Vermelho, por Nuno Roland, além da marcha “Fantasia escocesa”, lançada por Marlene na Star..

Em 1949, outro sucesso, com a marchinha existencialista “Chiquita bacana”, também em dupla com João de Barro, o Braguinha, gravada por Emilinha Borba na Continental. Essa música recebeu versões no estrangeiro, inclusive na França, pela cantora Josephine Baker com o título “Chiquita Madame de la Martinique”. Nesse ano teve gravadas mais três marchas “Boca negra”, com Antônio Almeida, por Emilinha Borba, “Corsário”, com João de Barro, por Nuno Roland e “O circo chegou”, com Antônio Almeida e João de Barro, por Sílvio Caldas. Teve ainda regravado por Radamés Gnattali ao piano o samba “Barqueiro do São Francisco”, com Alcyr Pires Vermelho.

Em 1950, a marcha “Touradas em Madrid” acabou transformando-se em trilha sonora espontânea de um fato da história do futebol brasileiro quano foi entoada por cerca de 200 mil espectadores na partida realizada pela Copa do Mundo daquele ano, no Maracanã, ocasião em que o Brasil goleou a Espanha por 6 x 1. Nesse ano, seu samba-canção “Cansada de tudo”, com Osvado Sá foi lançada por Lúcio Alves, e a marcha “João Paulino” e o samba “Adeus, vou-me embora”, ambas com José Maria de Abreu foram gravadas por Ademilde Fonseca. Também com José Maria de Abreu fez a marcha “Mimoso jacaré” lançado por Carmélia Alves no mesmo ano.

Em 1951, Déo lançou na Continental a marcha “Os gregos eram assim”, com Nássara e Jorge Goular com o Trio Madrigal e o Trio Melodia gravou a canção “Falua”, com João de Barro. Ainda nesse ano, fez com Ivon Curi e José Maria de Abreu a toada “Noite de luar”, gravada por Emilinha Borba e Ivon Curi e com José Maria de Abreu o samba “Quem diria?” gravado por Elizeth Cardoso na Todamérica. Ainda nesse ano, gravou sete discos na Copacabana interpretando entre outras, os fados “Ana Maria”, de sua autoria e Jair L. Barbosa, “Lenço branco”, com Saul de Almeida e “Linhas trocadas”, com Frederico Brito e a canção “Casinha branca”, com Miguel Ramos

Em 1952, sua marcha “Noites de junho” foi gravada por João Goulart juntamente com os trios Melodia e Madrigal. Nesse ano, gravou na Continental os fados “Catraia do porto”, parceria com F. de Brito e “Rosa morena”, de sua autoria e teve o samba “Bate um sino além”, com José Maria de Abreu gravado por Dóris Monteiro na Todamérica. Em 1953, fez com José Maria de Abreu o samba “Linguagem dos olhos” gravado por Dóris Monteiro na Todamérica. Nesse ano, gravou na Copacabana a “Canção do Alentejo”, de sua autoria e Gabriel de Oliveira e o fox-trot “Não é amor”, de João Nóbrega. Em 1954, K-Ximbinho e sua orquestra regravou o samba “Fim de semana em Paquetá”. Nesse ano, gravou o fox-trot “Mondego”, de João Nobre e a “Canção o pescador”, de Jaime Mendes e Cardoso dos Santos. Em 1955, gravou o fado “Foi Deus”, de Alberto Janes e o samba “Tudo é Brasil”, de Vicente Paiva e Sá Róris.

Em 1956, gravou um LP de 10 polegadas pela Continental, intitulado “Aviso aos navegantes”, segundo ele um disco de protesto, só com composições suas feitas nas décadas de 1930 e 1940, e que lhe custaram algumas prisões na época. O disco teve problemas com a censura de diversões públicas, tendo sido proibido durante algum tempo. Nesse ano, Juanita Cavalcanti gravou o samba-canção “Convite ao Rio” e o grupo Vagalumes do Luar a polca “Polquinha dos meus amores”, as duas com João de Barro, Jamelão gravou o samba “Definição” e Jorge Goulart o samba “Onde o céu azul é mais azul” com João de Barro e Alcyr Pires Vermelho, as quatro na Continental. Ainda no mesmo ano fez duas versões de cha cha cha gravados pela vedete Virgínia Lane na Todamérica, “Aprenda o cha cha cha” e “Um beijinho por telefone”.

Em 1957, fez o fox “Amor verdadeiro”, uma versão para música de Cole Porter gravado por Cauby Peixoto na RCA victor. Foi também autor de alguns dos grandes sucessos de São João: “O balão vai subindo” e “Capelinha de melão”, além de “Noites de junho”. Em 1959, Jamelão gravou o samba “Esquina da saudade”, com Radamés Gnattali e Chiquinho. Em 1960, gravou na Todamérica os sambas “Enfim, sós” e “Não levam meu samba”, ambos de sua autoria. Em 1967, Caetano Veloso, no auge do Movimento Tropicalista, recriou a marcha “Yes! Nós temos bananas”. Nesse ano, gravou depoimento no Museu da Imagem e do Som. Em 1980, Gal Costa regravou com sucesso a marcha “Balancê”, com João de Barro.

Em 2002, foi homenageado pelo Mis por ocasião do centenário de seu nascimento com a audição de sua entrevista ao MIS e do LP com suas músicas políticas, além da projeção do filme “Alô, alô carnaval” e de uma palestra com o crítico e jornalista R. C. Albin. Houve ainda um show com as cantoras Carmélia Alves, Carminha Mascarenhas, Violeta Cavalcanti e Ellen de Lima, que interpretaram os grandes sucessos do compositor, para um grande público, concentrado em frente ao Museu.

Discografias
1960 Todamérica 78 Enfim, sós/Não levam meu samba
1956 Continental LP Aviso aos navegantes
1956 Copacabana 78 Fado Hilário/Mongedo sonhador
1955 Copacabana 78 Foi Deus/Tudo é Brasil
1955 Copacabana 78 Tejo azul/Princesita
1954 Copacabana 78 Maria da graça/Colete encarnado
1954 Copacabana 78 Mondego/Canção do pescador
1954 Copacabana 78 Quatro palavras/Andaluzia
1954 Copacabana 78 Sintra dos meus amores/Frontera
1953 copacabana 78 Canção do Alentejo/Não é amor
1952 Copacabana 78 AdeusLisboa/Tudo isto é fado
1952 Copacabana 78 Ave Maria/Fado Hilário
1952 Copacabana 78 Canção do marinheiro/Rosa d'Alfama
1952 Continental 78 Catraia do porto/Rosa morena
1952 Copacabana 78 Coimbra/Casinha branca
1952 Copacabana 78 Guitarra/Canção do arraial
1951 Copacabana 78 Ana Maria/Guadiana
1951 Copacabana 78 Casinha branca/Marcha do centenário
1951 Copacabana 78 Coimbra/Amor de mãe
1951 Copacabana 78 Expedicionário/Espero por ti
1951 Copacabana 78 Granada/Morucha
1951 Copacabana 78 Lenço branco/Linhas trocadas
1951 Copacabana 78 Marco do correio/O emigrante
1951 Copacabana 78 Sabes lá, Maria/Amor, não digas não
1933 Columbia 78 As brabuletas
1932 Columbia 78 O vendedor de pipoca

(Com Luciano Perrone)

1931 Odeon 78 A lua já vem saindoMinha casa
1931 Odeon 78 O Nazareno/Pra que eu vim
Obras
A brabuleta
A flor e o vento (c/ João de Barro)
A lua não mudou (c/ Vicente Paiva)
A mulher de Fu Manchu (c/ João de Barro)
A orquestra está mudada (c/ Roberto Martins)
A serpente do faquir (c/ João de Barro)
A sopa vai se acabar (c/ Antônio Almeida)
A vingança de Estela
Acabou-se o que era doce (c/ Antônio Almeida)
Adeus diferente (c/ Demerval da Fonseca)
Adeus, priminha (c/ João de Barro)
Adeus, vou-me embora (c/ José Maria de Abreu)
Adolfito mata mouros (c/ João de Barro)
Amar até morrer (c/ João de Barro)
Amargura (c/ Radamés Gnattali)
Amores de carnaval (c/ João de Barro)
Anseio (c/ Nilo Sérgio)
Anúncio (c/ Frazão)
As armas e os barões
As cadeiras de Iaiá (c/ Antônio Almeida)
As palavras não dizem tudo (c/ Demerval da Fonseca)
Asas do Brasil (c/ João de Barro)
Avião do amor (c/ André Filho)
Balancê (c/ João de Barro)
Bandeira da minha terra (c/ João de Barro)
Barbeiro de Sevilha
Barco ao luar (c/ M. Koga, Fujuira e João de Barro)
Barqueiro do São Francisco (c/ Alcir Pires Vermelho)
Barquinho pequenino (c/ João de Barro e Heriberto Muraro)
Barquinho sem vela
Barra azul (c/ Alcir Pires Vermelho)
Bate um sino além (c/ José Maria de Abreu)
Beija flor (c/ Nássara)
Beleza do diabo (c/ João de Barro)
Biquíni de filó (c/ João de Barro)
Blom, blom (c/ Sátiro de Melo)
Boca negra (c/ Antônio Almeida)
Briga do peru (c/ Amado Régis e Gadé)
Cabelo azul (c/ Amado Régis e Gadé)
Cachorro vira-lata
Cadê Mimi (c/ João de Barro)
Cansada de tudo (c/ Osvaldo Sá)
Cantores do rádio (c/ Lamartine Babo e João de Barro)
Canção de São Paulo
Canção de aniversário (c/ José Maria de Abreu)
Capelinha de melão (c/ João de Barro)
Capricho de mulher (c/ Ronaldo Lupo)
Casadinha triste (c/ João de Barro)
Catraia do porto (c/ Alberto Dias Ribeiro)
Cena campestre
Cenário de revista
Chico Pança (c/ Antônio Almeida
Chimarrão (c/ José Maria de Abreu)
China pau (c/ João de Barro)
Chiquita bacana (c/ João de Barro)
Chuva e vento (c/ José Maria de Abreu)
Ciúme sem razão (c/ João de Barro)
Cochichando (Pixinguinha e c/ João de Barro)
Coisas que ficaram para trás (c/ Almanir Greco)
Coitado do Frederico (c/ José Maria de Abreu)
Colombina do amor (c/ Ataulfo Alves)
Companheira de quem ama (c/ Antônio Almeida)
Comprei uma fantasia de Pierrô (c/ Lamartine Babo)
Continuas em meu coração (c/ João de Barro)
Contraste (c/ José Maria de Abreu)
Conversando com a saudade (c/ Antônio Almeida)
Convite ao Rio (c/ João de Barro)
Copacabana (c/ João de Barro)
Coração
Coração em festa (c/ José Maria de Abreu)
Coração sonhador (c/ Antônio Almeida)
Corre, vento
Corsário (c/ João de Barro)
Definição
Deixa a lua sossegada (c/ João de Barro)
Derradeiro romance
Dia sim, dia não
Dois amores (c/ Nássara)
Dois extremos (c/ José Maria de Abreu)
Dois marujos (c/ Alcir Pires Vermelho)
Dolores (c/ Marino Pinto e Arlindo Marques Júnior)
Dona Turista (c/ João de Barro)
Dor de recordar (c/ José Maria de Abreu)
Dou-lhe uma... (c/ André Filho)
Ela era boa (c/ Roberto Roberti)
Ele ou eu?
Em mil e novecentos (c/ Roberto Roberti)
Enfim sós
Entra Vasco (c/ Antônio Almeida)
Era uma vez (c/ João de Barro)
Espantalho (c/ Berimbau)
Esperar por que? (c/ José Maria de Abreu)
Esquina da saudade (c/ Radamés Gnattali e Chiquinho do Acordeom)
Eu agora vou casar (c/ Paulo Barbosa)
Eu bem que quis ser feliz (c/ Aluísio Silva Araújo)
Eu fiz um fado (c/ Janete de Almeida)
Eu nem te ligo (c/ Antônio Almeida)
Eu quero é sambar (c/ Peterpan)
Eu sei de alguém (c/ João de Barro)
Eu sou atômica (c/ João de Barro)
Existe alguém que já me quis (c/ Benjamin Silva Araújo)
Falua (c/ João de Barro)
Fantasia escocesa (c/ Alcir Pires Vermelho)
Fim de semana em Paquetá (c/ João de Barro)
Flauta de pã (c/ João de Barro)
Flor de inverno (c/ J. Aimberê)
Flor-de-lótus (c/ Sílvio Caldas)
Flor-mulher (c/ Paulo Barbosa)
Foi, é, e sempre será (c/ Roberto Roberti)
Fon-fon (c/ João de Barro)
Fra diavolo no carnaval (c/ João de Barro e Carlos A. Martinez)
Gabriela (c/ Antônio Almeida)
Galinha no choco (c/ Dunga)
Garota do dancing (c/ Jorge Farah)
Guerra ao pardal (c/ Peterpan)
Havaiana (c/ João de Barro)
Helena vem me buscar (c/ João de Barro e Alcir Pires Vermelho)
Hermengarda
Hino às mães
Hora de amar (c/ Radamés Gnattali)
Ilusão (c/ J. Aimberê)
Implorando o meu perdão (c/ Bide)
Isabel (c/ Antônio Almeida)
Itaipuaçu
Jangada (c/ João de Barro)
Joaninha vai casar (c/ João de Barro)
Josefina (c/ Antônio Almeida)
João Paulino (c/ José Maria de Abreu)
Junto de mim (c/ José Maria de Abreu)
Lalá (c/ João de Barro)
Linda borboleta (c/ João de Barro)
Linguagem dos olhos (c/ José Maria de Abreu)
Lua-de-mel (c/ Alcir Pires Vermelho)
Lá vem formosa (c/ Dorival Caymmi)
Manhãs de sol (c/ João de Barro)
Mar, imagem da vida
Marcha do caçador (c/ João de Barro)
Marcha para o Oeste (c/ João de Barro)
Mares da China (c/ João de Barro)
Maria (c/ Alcir Pires Vermelho e Roberto Roberti)
Maria do Céu (c/ Alcir Pires Vermelho)
Maria do sobrado (c/ Antônio Almeida)
Maria, acorda que é dia (c/ João de Barro)
Marinhas (c/ João de Barro)
Me dá, Iaiá (c/ José Maria de Abreu)
Menina do regimento (c/ João de Barro)
Menina internacional (c/ João de Barro)
Mensageiro da dor
Meu beguine (c/ Naylor Sá Rego)
Meu doce amor (M. Koga, Saijo e João de Barro)
Meu lampião (c/ Alcir Pires Vermelho)
Meu sonho de criança
Mimoso jacaré (c/ José Maria de Abreu)
Minha brasileirinha (c/ Antônio Almeida)
Minha casa
Minha terra tem palmeiras (c/ João de Barro)
Miragem no deserto (c/ Dunga)
Moreninha carioca (c/ Ronaldo Lupo)
Muito riso, pouco siso (c/ João de Barro)
Mulata Risoleta (c/ Radamés Gnattali)
Mulher vampiro (c/ Alcir Pires Vermelho)
Mãe (c/ Sátiro de Melo)
Na Lapa não brigo não
Na beira do cais
Nada de novo na frente ocidental (c/ João de Barro)
Nasce pobre menina (c/ Alcir Pires Vermelho)
Nem que chova canivete
Ninguém fica pra semente (c/ Bide)
No alto da serra (c/ Paulo Barbosa)
Noite de luar (c/ José Maria de Abreu e Ivon Curi)
Noites de junho (c/ João de Barro, marcha)
Noites do Rio (c/ José Maria de Abreu)
Numa noite assim (c/ Mário Lago)
Não acredito
Não cases, Beatriz (c/ Antônio Almeida e Arlindo Marques Jr.)
Não fale mal da mulher (c/ Saint-Clair Sena)
Não há de quê (c/ Bide)
Não levem meu samba
Não olhes pra trás
Não posso esquecer (c/ José Maria de Abreu)
O Biriba esteve aqui (c/ João de Barro e José Maria de Abreu)
O Brasil canta e chora
O circo chegou (c/ João de Barro e Antônio Almeida)
O mascote da Marinha (c/ Olinda Vale)
O meu sonho foi balão (c/ Hervé Cordovil)
O que será de nós dois (c/ Bide)
O sorriso do presidente (c/ Alcir Pires Vermelho)
Olga (c/ Sátiro de Melo)
Olha bem para mim (c/ Radamés Gnattali)
Olhando o céu e vendo o mar (c/ Sátiro de Melo)
Onde o céu azul é mais azul (c/ Alcir Pires Vermelho e João de Barro)
Os gregos eram assim (c/ Nássara)
Papagaio em Berlim
Parei com elas (c/ Nássara)
Paris (c/ Alcir Pires Vermelho)
Pastora dos olhos castanhos (c/ Dino)
Penando
Pepita de Guadalajara (c/ João de Barro)
Pirata (c/ João de Barro)
Pirulito (c/ João de Barro)
Polquinha dos meus amores (c/ João de Barro)
Por causa dela
Por cima e por baixo (c/ João de Barro)
Por um ovo só (c/ João de Barro)
Pra que negar (c/ José Maria de Abreu)
Praiana (c/ Radamés Gnattali)
Prece
Preso ao teu sorriso (c/ Antônio Almeida)
Primavera de amor (c/ João de Barro)
Prometi
Pássaro urbano (c/ Donga)
Quando a Violeta se casou (c/ Alcir Pires Vermelho e João de Barro)
Quando a fartura voltar (c/ Alcir Pires Vermelho)
Quando a lua vem saindo
Quanto mais tu foges, mais te quero
Quebra tudo (c/ João de Barro)
Quem canta... (c/ João de Barro)
Quem diria? (c/ José Maria de Abreu)
Ratoeira (c/ André Filho)
Recruta biruta (c/ Antônio Almeida e Nássara)
Rosa morena (c/ Alberto Dias Ribeiro)
Rosa tirana (c/ João de Barro)
Ré misteriosa (c/ Roberto Martins)
Salve ela (c/ Ataulfo Alves)
Samba brasileiro (c/ Antônio Almeida)
Santo Antônio casamenteiro (c/ Antônio Almeida)
Saudade peste (c/ José Maria de Abreu)
Saudade, vai dizer a ela (c/ Radamés Gnattali)
Se eu fosse pintor (c/ Bide)
Se eu tivesse um milhão de cruzeiros (c/ João de Barro)
Se houver algum "valiente" (c/ Antônio Almeida)
Se o dinheiro chegasse (c/ Antônio Almeida)
Segura a saia, Iaiá (c/ Radamés Gnattali)
Sem banana (c/ João de Barro)
Sem você (c/ Alcir Pires Vermelho)
Semana de Maria (c/ João de Barro)
Sempre o mesmo velho Rio (c/ João de Barro)
Sempre te amando (c/ Antônio Almeida)
Senhor (c/ João de Barro)
Sentinela do Brasil (c/ Antônio Almeida)
Ser ou não ser (c/ José Maria de Abreu)
Seu Gregório
Seu Libório (c/ João de Barro)
Seu Onofre (c/ João de Barro)
Sonho de papel
Sonhos azuis (c/ João de Barro)
Sonhos de amor não morrem (c/ Alcir Pires Vermelho)
Sorvete Iaiá (c/ Nássara)
Sou marmiteiro (c/ Antônio Almeida)
São Tomé (c/ Bide)
Só por ti (c/ Nonô)
Tapera (c/ Custódio Mesquita)
Tarde de maio (c/ Osvaldo de Sá)
Tem dó (c/ João de Barro, Antônio Almeida e Dorival Caymmi)
Tem gato na tuba (c/ João de Barro)
Tempo quente (c/ João de Barro)
Terra brasileira (c/ João de Barro)
Teus olhos negros (c/ F. Salgado)
Tin-do-le-lê (c/ Antônio Almeida)
Tipo sete (c/ Nássara)
Toada (c/ Radamés Gnattali)
Touradas em Madrid (c/ João de Barro)
Toureiro de araque
Tra-la-la-lá
Trenzinho do amor (c/ João de Barro)
Tua vida entortou
Tá gostoso (c/ Antônio Almeida)
Um sorriso, uma lágrima (c/ Júlio de Oliveira)
Uma voz de longe me chamou (c/ Hervé Cordovil)
Vai subindo... Vem caindo
Valsa da despedida (c/ Robert Burns e João de Barro)
Valsa do balancê (c/ Alcir Pires Vermelho)
Velha baiana, cena típica (c/ Napoleão Tavares)
Velho marinheiro (c/ Wilson Batista)
Vem jardineira! (c/ João de Barro)
Vem, morena (c/ Alcir Pires Vermelho)
Vendedor de pipoca (c/ Bonfiglio de Oliveira)
Veneno pra dois (c/ João de Barro)
Venho de longe (c/ Demerval Fonseca)
Vingança (c/ Roberto Martins)
Vira pra cá (c/ João de Barro)
Você fugiu de mim (c/ João de Barro)
Você me deu o bolo (c/ Bide)
Você sambou pra mim (c/ Alcir Pires Vermelho)
Você é quem brilha (c/ Nássara)
Volta (c/ José Maria de Abreu)
Vírgula (c/ Frazão)
Xodó (c/ José Maria de Abreu)
Yes, nós temos bananas (c/ João de Barro)
Zefa
À bênção, Papai Noel (c/ Bide)
Água de coco (c/ Antônio Vertulo)
És a areia, sou o mar (c/ Lobo-Pereira)
Clips
1936 Alô, alô carnaval! Dir. Adhemar Gonzaga Roteiro, João de Barro e Alberto Ribeiro
1935 Alô, alô, Brasil! Dir. Wallace Downey, João de Barro e Alberto Ribeiro Roteiro, João de Barro e Alberto Ribeiro
1935 Estudantes Dir. Wallace Downey Roteiro, João de Barro e Alberto Ribeiro
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da música Popular. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1965.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Volume1. São Paulo: Editora: 34, 1999.

VASCONCELOS, Ari. Panorama da música popular brasileira – volume 2. Rio de Janeiro: Martins, 1965.