
Cantora.
Filha do jornalista Cícero Sandroni e da escritora e cantora Laura Austregésilo de Athaide Sandroni. Irmã do violonista Carlos Sandroni.
Em 1978, concluiu o segundo grau no Colégio São Vicente de Paulo.
Entrou para a Faculdade de Biologia da UERJ, no ano seguinte, não chegando a concluir o curso.
Em 1981, ingressou no curso de Licenciatura em Música da UNI-Rio, onde estudou canto com Clarisse Szajnbrun.
Iniciou a sua carreira artística em 1981, atuando com Carlos Sandroni e também com o grupo Terças e Quintas e com o coral feminino Olhos nos Olhos.
No ano seguinte, participou do musical “Godspell” e apresentou-se, com Carlos Sandroni, no bar O Cortiço.
Em 1983, estreou seu primeiro show, “Bem baixinho”, no Teatro da Casa das Artes de Laranjeiras (CAL). Neste mesmo ano, apresentou-se no Teatro Ipanema, na PUC, e na UFRJ, no Rio de Janeiro, e no Teatro Lira Paulistana (SP).
No ano seguinte, lançou seu primeiro disco, “Clara Sandroni”, realizando shows na Sala Funarte/Sidney Miller, no Teatro Ipanema, no Teatro Benett, no Teatro da UFF e em casas noturnas do Rio de Janeiro. Atuou em temporada no bar The Thinker com o cantor Felipe Abreu e o violonista Carlos Sandroni, interpretando obras de Sílvio Rodrigues e Garcia Lorca. Formou-se como atriz, ainda nesse ano, pela CAL.
Em 1985, fez shows no Circo Voador, em casas noturnas, no projeto “Quintas Musicais” do Banco Nacional (RJ), no Teatro Lira Paulistana (SP) e no Teatro da Cidade (RJ). Estreou seu novo show “Delirar destampado” na CAL (RJ). Viajou com Carlos Sandroni e a cantora Joyce para Cuba, onde conheceu Sílvio Rodrigues, Pablo Milanês e a Nova Trova Cubana. Gravou com Milton Nascimento a faixa “A primeira estrela” no disco “Encontros e Despedidas”. Participou de show em homenagem ao Centenário de Villa-Lobos no Circo Voador.
No ano seguinte, começou a gravar seu segundo disco, “Daqui”. Participou do projeto Pixinguinha com Joyce e Lazzo, fez shows na Casa de Cultura Laura Alvim (RJ) e apresentou-se no espetáculo “Vozes do avesso”, no Circo Voador (RJ), e ainda em shows no metrô do Largo da Carioca, no Projeto Metrô Música (Rio Arte), e no Projeto “Nelson Cavaquinho” ( Rio Arte). Atuou, com Olívia Byington e Cida Moreira, no espetáculo “Três garotas no Ipanema”, realizado no Teatro Ipanema (RJ), além de apresentar-se no Espaço Cultural Paraty e abrir o show de Cazuza em Vitória (ES) no projeto “Coluna Voadora”.
Em 1987, abriu o projeto “Elas no Jazzmania”, gravou em Nova York com o guitarrista Al Di Meola e lançou o disco “Daqui”, apresentando-se no Circo Voador (RJ). Em seguida, fez temporada na Casa de Rui Barbosa, no Teatro Ipanema (RJ) e no Centro Cultural Vergueiro (SP). Ainda nesse ano, participou do show “Cruzada contra a Aids” no Circo Voador, atuou no show em homenagem a Chico Mário, no Teatro João Caetano (RJ), e cantou, a convite de Milton Nascimento, na trilha sonora do filme “Sonho de valsa”, de Ana Carolina.
Em 1988, viajou para Bogotá, como convidada do Terceiro Taller de Música Popular Latino-Americana. Produziu e participou do projeto “Encontros com a nova música dos anos 80”, realizado no Parque da Catacumba (RioArte/RJ). Estreou o show “Quimeras”, no Teatro João Theotônio, cantou no projeto “Sextas musicais” da Faculdade Hélio Alonso (RJ) e apresentou-se no show “Volta por cima”, promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda.
Recebeu o prêmio de Melhor Cantora de 1987, oferecido pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Abriu o II Festival de Inverno da UFRJ e participou da cantata popular “Santa Maria de Iquique”, no IBAM.
Em 1989, fez turnê pelo Brasil com Milton Nascimento e Paulo Moura, no projeto “Basf Chrome Music”, que estreou no Canecão (RJ). Gravou seu terceiro disco, “Clara Sandroni”, que contou com a participação de Milton Nascimento e Jaques Morelenbaum. Cantou no projeto “Dia Internacional da Mulher”, no Sesc Pompéia (SP), ao lado de Ângela Ro Ro, e participou do projeto “Ação Chico Mendes”, com show no Circo Voador (RJ).
No ano seguinte, participou do vídeo “One world, one voice”, produção internacional da Rádio BBC de Londres. Fez shows de lançamento do disco “Clara Sandroni” no Rio de Janeiro, Angra e Friburgo. Cantou no projeto “Cantão”, no Teatro João Theotônio. Apresentou-se no show beneficiente à Casa das Palmeiras da Dra. Nise da Silveira, no Circo Voador (RJ). Fez, ainda, temporadas no Rio Jazz Club (RJ) e no bar Duerê de Niterói (RJ) e participou da criação do Grupo de Estudos da Voz do Rio de Janeiro (GEV/RJ).
Em 1991, estreou o show “Noite Clara”, no Espaço 22 do Museu de Arte Moderna (RJ), e abriu o show de Milton Nascimento em Friburgo (RJ). Cantou no Sesc de São João de Meriti, em Angra dos Reis e em Friburgo (RJ), e também no Teatro Paiol em Curitiba (PR).
No ano seguinte, em 1992, participou do show de Milton Nascimento na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba, comemorando os 30 anos da Anistia Internacional. Estreou também o show “Pão doce” na Sala Funarte/Sidney Miller. Cantou no Real Gabinete Português de Leitura, na Casa de Benjamim Constant e no Gula Bar do Hotel Marina (RJ), tendo participado, nesse mesmo ano, do projeto sobre o compositor uruguaio Leo Masliah, realizado no Espaço Cultural Sérgio Porto (RJ). Apresentou-se, ainda, na casa de jazz New Morning, em Paris, fazendo pequena turnê pela França.
Em 1993, realizou workshop de Canto Popular no Centro Ian Guest de Aperfeiçoamento Musical. Apresentou-se no projeto “Quase às sete”, realizado no Teatro Gonzaguinha, e ainda no Espaço Cultural Paraty.
Ministrou, no ano seguinte, os cursos de Canto Popular e de História do Canto Popular no Festival de Verão do Conservatório de Música Popular de Curitiba. Cantou no projeto “Quintas Culturais” (Rio Arte) e apresentou-se no Café Concerto da Sala Cecília Meirelles (RJ). Associou-se à Sociedade Brasileira de Laringologia e Voz (SBLV) e apresentou-se, ao lado de Claudio Nucci, no projeto “Segundas Musicais”, no Teatro Dulcina (Funarte).
Em 1995, participou da criação da Associação Brasileira de Canto. Fez shows no Café Concerto La Mainate, no Espaço Cultural Le Corbusier (Maison de Suisse) e no Piano Bar Fiap Jean Monet, em Paris. Coordenou a oficina “A atualidade do ensino do Canto Popular no Rio de Janeiro”, com o Grupo de Estudos da Voz (GEV-RJ), na Pró-Arte (RJ). Rematriculou-se na UNI-Rio para terminar seu curso de Licenciatura em Música. Estreou o show “Larga tudo e vem”, na Sala Funarte/Sidney Miller, e também o show “Baden, bossas, sambas e canções” no Espaço Cultural Sérgio Porto (RJ).
No ano seguinte, apresentou o mesmo show no Tribunal de Contas do Município e no Espaço Cultural Sérgio Porto.
Em 1997, participou, ao lado do cantor Marcos Sacramento e do grupo Lira Carioca, do show “É sim, Sinhô”, realizado em homenagem ao compositor Sinhô (J. B. da Silva) na Casa de Rui Barbosa, no Teatro Municipal de Niterói e no Clube Paissandu (RJ). Apresentou-se no show “Paulo Baiano na voz de Clara Sandroni”, no Hipódromo Up (RJ) e, com o cantor Marcos Sacramento e o violonista Maurício Carrilho, no show “Homenagem a Baden Powell”, realizado na Sala Funarte/Sidney Miller (RJ). Reapresentou os shows “Paulo Baiano na voz de Clara Sandroni”, no Espaço Cultural Sérgio Porto, e “É sim Sinhô”, no Teatro João Caetano e no Teatro da UFF e também no Museu da Imagem e do Som (RJ).
Em 1998, lançou o livro “260 dicas para o cantor popular-profissional e amador”, pela editora Lumiar, de Almir Chediak. Ministrou aulas de canto popular no Conservatório Brasileiro de Música, apresentou-se no show “É sim, Sinhô”, na Praia de Ipanema, Teatro de Arena (RJ), no Teatro Sesi em Campos (ES), no Teatro da UERJ e no Museu do Telefone (RJ).
Em 1999, estreou o show “Palavras”, ao lado do pianista Paulo Malagutti, na Sala Funarte (RJ), na oportunidade do relançamento em CD do seu primeiro LP “Clara Sandroni”, apresentando-se também na Casa de Cultura Laura Alvim (RJ). Ainda nesse ano, lançou o CD “É sim, Sinhô”, com shows no Teatro do Sesi (RJ).
Em 2000, apresentou-se no Centro Cultural Estácio de Sá da Barra da Tijuca e no Shopping Iguatemi (RJ). Lançou, nesse ano, o CD “É sim, Sinhô vol. II”, em 2001, o CD “Tempo algum”, com Paulo Baiano, e, em 2002, o CD “Saravá, Baden Powell!”, com Marcos Sacramento.
Seu disco “Clara Sandroni” (Kuarup/1989) foi relançado, em 2004, pela Biscoito Fino. Nesse ano, apresentou-se na Sala Funarte (RJ), com o show “Clara Sandroni canta palavras”.
Lançou, em 2007, o CD “Cassiopeia”, com show no Centro Municipal de Referência da Música Carioca, no Rio de Janeiro. Gravado e mixado no estúdio Tenda da Raposa (RJ), o disco, foi produzido por Carlos Fuchs. No repertório, canções de Silvio Rodriguez, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Chico Buarque, Carlos Sandroni, Paulo Baiano, Marcos Sacramento e Paulo Malaguti.
Em 2010, lançou o CD “Gota pura”, contendo as faixas “Já passou”, “Iracema voou” e “Carioca”, todas de Chico Buarque, “Laser” (José Miguel Wisnik e Ricardo Breim), “Aos pés da Santa Cruz” (Marino Pinto e Zé da Zilda), “Cajuína” (Caetano Veloso), “Quase” (Luiz Tatit), “Ladeira da Memória” (Zé Carlos Ribeiro), “Moreninha, se eu te pedisse” (anônimo), “Na asa do vento” (João do Vale e Luiz Vieira), “Linda flor” (Henrique Vogeler, Candido Costa, Luiz Peixoto e Marques Porto), “Rosa Morena” (Dorival Caymmi) e “Desafinado” (Tom Jobim e Newton Mendonça).
Ao longo de sua carreira, participou como solista em discos de Milton Nascimento, Al Di Meola (Estados Unidos), Yuri Popoff, Muri Costa, no songbook de Ary Barroso, no songbook de Djavan, Assis Valente (Funarte), Nelson Cavaquinho (Rio Arte), Carioca Engenharia, Cão Sem Dono, Circo Voador Brasil, Família Roitmam, Aldo Medeiros, Sérgio Rojas, Artur Campela, Zé Zuca, Dirceu Leite, Keiko Takeda (Japão), Bambakerê, Daniel Tochtermann (Alemanha) e Xekerê.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.