
Instrumentista (trombonista). Compositor.
Iniciou seus estudos musicais aos sete anos de idade, na banda da Escola Municipal Baeta Neves. Cursou a Fundação das Artes de São Caetano, o Instituto de Música do Planalto e a Universidade Estadual de São Paulo (composição e regência).
Iniciou sua carreira artística no final da década de 1970, acompanhando cantores, como Arrigo Barnabé, na apresentação da canção “Diversões eletrônicas”, vencedora do Festival Universitário da Cultura, e Itamar Assumpção.
Em 1980, participou do show “Saudades do Brasil”, de Elis Regina. Em seguida, passou a tocar, em shows e gravações, com diversos artistas, como Rita Lee, Ney Matogrosso e Roberto Carlos, entre outros.
Fundou, em 1982, a Banda Metalurgia, com a qual gravou LP homônimo, contendo suas composições “Multinacional”, “Ap. 403” (c/ Chiquinho Brandão e Nonô Camargo), “A salsa e o cheiro verde”, “Lá em Guayaquil”, “Em tempo de Baeta” e “Samba da volta ao Bernô”, além de “Impulso” (Lino Simão) e “Barra pesada” (Mané Leão), entre outras, tendo sido considerado o melhor disco instrumental do ano.
Em 1985, lançou seu primeiro LP solo, “Lixo atômico”, registrando suas músicas “Epaminondas” e “130 milhas”, ambas com João Miguel Valença, “Estados bonitos do Brasil” e “Big Ben”, além da canção-título (Dora Fiori, Eduardo Fiori e Silene Rosina Rodrigues da Cunha).
Gravou, em 1987, o LP “Sonho de um anarquista”, contendo suas composições “Ilhabela”, “Rock do disco”, “Tudo muda” (c/ José Francisco dos Anjos Neto), “Silvia” (c/ Manuel Francisco dos Anjos Neto), “Otário” (c/ Itamar Assumpção), “Cigana” e a faixa-título, além de “Salsa e cana” (Pedro de Oliveira Freire) e “Por que?” (Tuco Freire).
No ano seguinte, lançou o LP “Conserto para um trombone quebrado”, cujo repertório incluiu suas canções “Suplício das baleias” (c/ Eduardo Fiori), “Ronda ostensiva” (c/ Luiz Cláudio Faria), “Agora você tem todo tempo do mundo” (c/ Akira S.), “Analídia” (c/ Manuel Francisco dos Anjos Neto), “Lamarca, o capitão da guerrilha”, “Santuário das baleias (Conserto para trombone quebrado)”, “Aeróbica no jardim do Cláudio” e “Gatuno”, além de “Coralina” (Pedro de Oliveira Freire) e “Robin” (Jonas Tadeu Dominguez).
Em 1989, gravou o LP “Abruxa-te”, no qual registrou suas composições “Blues”, “Samba de zamba”, “Buraco do ozônio”, “Mantra na Juréia”, “Mano Manito” (c/ Edu Fiore), “Renascer”, “Dilúvio” (c/ Sandro Albert), “Preso no silêncio do amor”, “Choro na Amazonia”, “Carla” e a faixa-título, além de “Luar do sertão” (Catullo da Paixão Cearense), entre outras. Ainda nesse ano, lançou o LP “Aqui jazz Brazil”, exclusivamente autoral, contendo as músicas “Falsa denúncia”, “Flagrante forjado” (c/ Eduardo Fiori), “Artigo 16”, “Luar na prisão”, “Despejo sumário” e “O rato” (c/ Sandro Albert).
Em 1990, gravou “Ladrão de trombone”, contendo suas composições “Iemanjá”, “Forrock formoso”, “Bicho de mongaguá” (c/ Lino Simão), “Penicilina” (c/ Nadinho Feliciano), “Renascer”, “Brasil confusion”, “O anarquista” (c/ Alfredo Banana), “Crianças são anjos” (c/ Randal Junqueira), “Arigato Leminski”, “(c/ Mané Leão) e a faixa-título (c/ João Miguel Valencise).
Em 1994, participou, ao lado de Rafael Lima, do Festival de Montreux (Suíça).
Lançou, em 1996, o CD “Bem dito”, registrando suas músicas “Skank” (c/ Zeca Proença e Os mendigos), “Novo México”, “Vento sul”, “Fiore Gialli”, “Passado”, “Chiquitíssima”, “Bonita”, “Dialeto”, “Anjos para o Mauro do jazz” (c/ Vladimir S. Ganzerla) e “Unicórnio”, além das canções “Cinco pontas” (Lino Simão e Banda Metalurgia) e “Balada de um louco” (Sergio Dias), entre outras.
No ano seguinte, gravou o CD “Tributo a Pixinguinha”, contendo obras desse compositor, como “Ingênuo” (c/ Benedito Lacerda), “Rosa” e “Carinhoso” (c/ João de Barro), entre outras. Realizou turnê de um mês pela Europa, divulgando esse trabalho, retomando, em seguida, sua atuação em discos de Ná Ozetti, Zé Miguel Wisnik, Suzana Sales, Luiz Waack, Paulo Lepetit, Jarbas Mariz e Art Popular, entre outros.
Em 1998, fez nova turnê pela Europa com sua banda, onde participou de alguns festivais de música. Nesse mesmo ano, concorreu ao Prêmio Sharp, na categoria Melhor Arranjador, com o CD “Tributo a Pixinguinha”.
Lançou, em 1999, pela gravadora suiça L177, o CD “Samba de Zamba”. Nesse mesmo ano, participou do Festival de Montreux, interpretando as músicas do disco, que foi lançado posteriormente no mercado brasileiro pelo selo paulista Rainbow Records.
Em 2001, lançou o CD “Acid samba”, também pela gravadora L177.
Participou com sua banda, em 2003, do Festival de Moscou, acompanhando Leny de Andrade e João Donato.
Em 2005, gravou, com a flautista Léa Freire, o CD “Antologia da Canção Brasileira – vol. 1”.
Léa Freire e Bocato
Bocato e Banda Bloco
Banda Metalurgia
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.