
Compositor. Discotecário. Programador.
Veio para o Rio de Janeiro com seis anos. Aos 20 anos se tornou discotecário.
Em 1941 iniciou as atividades profissionais de discotecário na Rádio Cruzeiro do Sul. Trabalhou em seguida nas rádios Eldorado, Mundial e Tamoio. Em 1951, teve sua primeira composição gravada, o baião “Muié bandoleira”, parceria com Jorge Tavares, pelos Vocalistas Tropicais na Odeon. No mesmo ano obteve sucesso com o samba carnavalesco “Madalena”, parceria com Ari Macedo, gravado por Linda Batista e com o samba “Me deixa em paz”, parceria com Monsueto e também gravado por Linda Batista. Ainda no mesmo período, Francisco Carlos registrou a marcha “Havaiana”, parceria com Lourival Faissal e Guaraná. Em 1952, compôs com Pereira Matos o samba “Que coisa boa!”, gravado por Blackout e com Ferreira Gomes o samba “Cavaleiro de Deus”, gravado por Moreira da Silva. Teve também registrado o bolero “Nossos caminhos”, parceria com Nogueira Xavier, por Linda Rodrigues. Foi parceiro de Moreira da Silva nos sambas “Rosinha” e “São Sebastião”. Em 1953 compôs com Bruno Gomes e Ivo Santos a “Marcha do pintor”, gravada por Jorge Veiga. Em 1955 conheceu seu maior sucesso, a marcha “Tem nego bebo aí”, em parceria com Mirabeau, gravada por Carmem Costa na Copacabana, e que foi escolhida por um júri reunido no Teatro João Caetano como um das dez mais populares marchas do carnaval daquele ano. Em 1956, fez com Paulo Menezes e Milton Legey o samba-canção “Esperei por você” gravado por Cauby Peixoto no LP “Cançao do rouxinol”.
Em 1962, o samba “Ainda é cedo”, com Zé Pretinho foi relançado por Gilberto Alves no LP “Gilberto Alves de sempre” lançado pela gravadora Copacabana. No mesmo ano, teve mais três obras gravadas: o samba-canção “Briguei com meu amor”, com Rutinaldo, lançado por Raul Sampaio, em LP da RGE, e os sambas “Ciumento”, com Moreira da Silva, lançado por Moreira da Silva no LP “Moreira da Silva, o “O Tal”…malandro” da Odeon, e “Me deixa em paz”, com Monsueto, registrado por Monsueto no LP “Mora na filosofia dos sambas de Monsueto” da Odeon.
No início da década de 1970, Milton Nascimento incluiu em seu álbum “Clube da esquina” o samba “Me deixa em paz”, com um arranjo moderno. Em 1996, sua marcha “Tem nego bebo aí”, com Mirabeau, recebeu nova gravação de Carmen Costa para o CD “Tantos caminhos”, da Som Livre.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da Música Popular. Edição do autor. Rio de Janeiro, 1965.
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