
Cantor. Compositor. Instrumentista.Violeiro.
Nasceu no povoado de Córrego do Norte, a poucos quilômetros de uma aldeia dos índios Maxakali.
Trabalhou na roça até a idade de18 anos. Desde criança interessou-se por música gostando muito de ouvir no rádio músicas de Tião Carreiro e Djavan. Ainda adolescente aprendeu a tocar violão e, mais tarde, influenciado por amigos, aprendeu a tocar viola.
Concluiu seus estudos primário e secundário na cidade de Santa Helena e em 1992 formou-se em Letras pela Fenord, emTeófilo Otoni. Em 1994, mudou-se para a cidade de Ataléia e lá começou a lecionar Português e Literatura Brasileira.
Em 2000, passou a residir em Belo Horizonte.
BILORA
O MENINO VIOLA
Bilora nasceu no Povoado do Córrego do Norte, a poucos quilômetros da Aldeia dos índios Maxakali, no município de Santa Helena de Minas, Vale do mucuri, Estado de Minas Gerais, Brasil.
Viveu na roça até os dezoito anos, como ele frisa: “Era roça mesmo, de candeeiro e rádio de pilha”. Foi um tempo difícil, trabalho na roça durante o dia, isso desde criança, e ouvir música, desde Tião Carreiro a Djavan, durante a noite. Outra grande paixão era o futebol. Morava bem próximo a um campo e à tardinha e nos finais de semana a pelada era sagrada.
Concluiu o ensino fundamental em Santa Helena andando todos os dias dezesseis quilômetros, ora a pé, ora de bicicleta. Casou-se com Lane (educadora) com quem tem três filhos (Djavan, Ícaro e lago) e passou a morar e lecionar em Santa Helena de Minas. Fez o Curso de Letras pela FENORD, em Teófilo Otoni, concluindo em 1992.
Em 1994, mudou-se para Ataléia. Ficou por dois anos lá trabalhando em duas escolas estaduais, ensinando Português e Literatura Brasileira.
Mudou-se para Teófilo Otoni, em 96, e passou a trabalhar na Casa do Adolescente – APJ – com Oficina de Música, também pelo estado. Lá ficou até o final de 2000, quando foi para Belo Horizonte (Contagem) onde reside atualmente.
O MÚSICO
Bilora aprendeu a tocar violão ainda na adolescência influenciado por um tio sanfoneiro (Armindo) e por um amigo (Dau).
No mesmo período participou de shows de calouros em Santa Helena, Machacalís, Águas Formosas e Umburatiba. Ganhou vários e acredita que essa experiência foi fundamental para despertar o seu talento como músico.
Descobriu o dom de compor e passou dos shows de calouros aos festivais da canção. Ganhou inúmeros prêmios, a principio em parceria com João Brasil e depois sozinho.
Nesse período conheceu Pereira da Viola e Josino Medina e junto com eles, a viola. Tomou gosto pelo instrumento e não largou mais.
Gravou o primeiro disco em 98, “De viola e coração”. Em 2000 gravou “Fuxico no Forró” e atualmente acaba de gravar “Tempo das Águas”.
PREMIAÇÕES
2º lugar, melhor arranjo e melhor intérprete no CANTA MINAS- 95, organizado pela Rede Globo Minas;
3º lugar no Festival da Música Brasileira, 2000, pela Rede Globo de Televisão;
1º lugar no FESTIVALE, em Itinga, 98;
1º lugar em: Cândido Sales – BA (três vezes), Ipatinga – MG (duas vezes), Malacacheta , Campanário, Joaíma, Nanuque – MG, Santa Teresa – ES;
Outros prêmios de melhor instrumentista, melhor arranjo, melhor letra, segundo, terceiro lugar, nas cidades: Itambacuri (oito prêmios), Taiobeiras, Viçosa, São Bernardo do Campo – SP, Pavão, Mantena, Pinheiro e Montanha – ES, FESTBELÔ – BH, Ladainha, Teófilo Otoni, Americana – SP, etc.
No ano de 2001, foi premiado no FEMP, em São José do Rio Pardo – SP, com o 2º lugar e Melhor Letra; em Americana – SP, com o 2º lugar; em Ilha Solteira – SP, com o 2º lugar e Melhor Letra e no Circuito Paulista de Festivais, na capital, reunindo os premiados nos quatro melhores festivais do estado, em 3º lugar.
Total: cerca de setenta prêmios.
O NOVO DISCO
“Tempo das Águas” traz, além da música-título premiada no Festival da Globo e com gravação ao vivo, mais outras onze músicas que vão do forró ao calango, canções e batuques.
Gravado, mixado e masterizado no Estúdio Nas Montanhas, BH, em janeiro e fevereiro, tempo das águas de 2001.
Teve a direção de Ângelo Rafael e participação dos músicos: Emilia Chamone (percussão) André Lodi (violino), Anderson Oliveira (violoncelo), Cícero Gonzaga (acordeom), Luizinho Horta (Baixo), Zeca Magrão (percussão), Adriana Moreira (vocais), Leci Giovane (flauta).
Participaç6es Especiais: Tambolelê (Tempo das Águas), Mauricio Tizumba (Larauê) e Pereira da Viola (Soneto ao Luar).
Repertório do disco:
01. Pedra da Cachoeira (Domínio Público)
02. Prucutundá (Bilora)
03. Alma Canora (Bilora)
04. Caipira Blues (Bilora)
05. Tempo das Águas (Bilora)
06. Catirina (Domínio Público)
07.Calafrio (Bilora)
08. Forró dos Cafundéu (Bilora)
09. Chico Mineiro (Tonico e F. Ribeiro)
10. Larauê (Domínio Público)
II. Calango Excomungado (Bilora)
12. Soneto ao Luar (Bilora)
“O que mais me fascina em Bilora, entre tantas outras virtudes, é a forma singela e sincera com que ele encara a vida e concebe a sua poética musical. É por isso que estamos formando o mutirão da alegria, para receber esse irmão-violeiro, para acalentar nossas almas com seu canto bonito.”
Pereira da Viola – cantor/compositor
“Bilora me encanta, principalmente, por esta sua característica maravilhosa de fuçar a cultura popular. Ele se deixa guiar pelo cheiro da riqueza musical de homens e mulheres deste indecifrável interior brasileiro, depois se impregna de ancestralidade e nos presenteia com sublimes registros de história, de música, de vida…”
Déa Trancoso – cantora/jornalista
“Viola e violeiro externam sons que passam pelas cantigas de roda, batuques, calangos, folias, reisados e catira. Música, poesia e violeiro estão prontos. Silêncio! É o menino-viola!” Beatriz Farias – cantora/compositora
“’A vida se toca mais é quando quem a embala tem o mesmo carisma dos violeiros afamados. Eles não são, no dizer de João Evangelista, nem mestres nem rivais um do outro. Cada qual tem seu cantar e seu encantamento próprios.’ E agora, o mais novo deles vem para confirmar tal verdade. Chama-se Bilora, outro talento do Vale do Mucuri, para ajudar Pereira da Viola a enaltecer mais ainda a arte de Zé Coco do Riachão, Tião Carreiro e tantos outros monstros sagrados da viola brasileira… Dele se pode dizer que toca, compõe e canta diferente, sem deixar de beber sensibilidades artísticas na fonte onde jorra a raiz do universo musical brasileiro”.
Gonzaga Medeiros – poeta/advogado
“Companheiro e discípulo de Pereira da Viola e Josino Medina, Bilora tem a mesma destreza e criatividade de Miluquinha Farias e Zé de Cesárea, velhos violeiros e cantadores de coco, todos nascidos nas barrancas do Mucuri e do Alcobaça, região mineira onde índios, negros e colonizadores plantaram uma cultura musical rica e fascinante. Ouçamos o menino-viola!”
Carlos Farias – cantor/compositor
Contatos:
Telefones: (031)3351-5027 / (31)9608-7597
e-mails: bilora@bol.com.br
Começou a carreira artística participando de shows de calouros em cidade como Santa Helena, Machacalís, Águas Formosas e Umburatiba. Venceu alguns desses festivais. Passou a compor e a participar de festivais da canção e também foi premiado como compositor. Seu interesse pela viola foi despertado ao conhecer os violeiros Pereira da Viola e Josino Medina. Em 1995, tirou o 2º lugar no festival “Canta Minas – 95”, organizado pela Rede Globo Minas, como melhor arranjo e melhor intérprete. Nesse ano, sua composição “História de Maxakali” fez parte do disco do Festival de Inverno da Bahia.
Em 1996, mudou-se para a cidade de Teófilo Otoni e passou a ministrar oficinas de música na Casa do Adolescente.
Em 1998, gravou seu primeiro disco, “De viola e coração”. Nesse ano, foi o primeiro colocado no Festivale, na cidade de Itinga. Teve por essa época, a música “Prucutundá” gravada por Pereira da Viola.
Em 2000, lançou “Fuxico no Forró”, seu segundo CD. Ainda nesse ano, foi o 3º colocado no Festival da Música Brasileira, da Rede Globo de Televisão. No ano seguinte, foi o segundo colocado no festival FEMP, em São José do Rio Pardo – SP, e recebeu o prêmio de melhor letra no festival de Americana, também em São Paulo. Ainda no mesmo ano, foi o 2º colocado no festival de Ilha Solteira – SP e foi premiado pela melhor letra. No Circuito Paulista de Festivais, na capital, que reuniu os premiados nos quatro melhores festivais do estado, ficou em 3º lugar.
Tendo se apresentado em inúmeros festivais, já recebeu cerca de 70 prêmios, entre os quais, três vezes o 1º lugar no festival de Cândido Sales, BA; duas vezes o primeiro no festival de Ipatinga, MG. Foi também premiado nos festivais das cidades de Malacacheta, Campanário, Joaíma e Nanuque, MG e Santa Teresa, ES. Recebeu ainda prêmios como melhor instrumentista, melhor arranjo e melhor letra em festivais de diferentes cidades.
Ainda em 2001, gravou “Tempo das Águas”, seu terceiro disco, com destaque para a faixa-título, que foi premiada no Festival da Globo. Fez também regravações ao vivo num repertório que inclui forró, calango, canções e batuques. O disco contou com a participação dos músicos Emilia Chamone na percussão; André Lodi no violino; Anderson Oliveira no violoncelo; Cícero Gonzaga no acordeom; Luizinho Horta no baixo; Zeca Magrão na percussão; Adriana Moreira nos vocais e Leci Giovane na flauta. O CD teve a direção de Ângelo Rafael e arranjos de Wagner Tiso e contou ainda com as participações especiais de Tambolelê, na faixa “Tempo das Águas”; Mauricio Tizumba em “Larauê” e de Pereira da Viola na faixa “Soneto ao Luar”. Fazem parte do repertório desse trabalho as faixas “Pedra da Cachoeira”, “Catirina” e “Larauê”, de domínio público; “Chico Mineiro”, a clássica toada de Tonico e F. Ribeiro e as músicas “Prucutundá”; “Alma canora”; “Caipira blues”; “Tempo das Águas”; “Calafrio”; “Forró dos cafundéu”; “Calango excomungado” e “Soneto ao luar”, todas de sua autoria.