
Compositor. Começou a compor aos 17 anos de idade.
Teve seu trabalho como compositor registrado pela primeira vez em 1965, com a gravação de “Queixa”, samba feito em parceria com Zé Kéti e Paulo Tiago.
Participou dos seguintes festivais de música:
1965: I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior (SP), com a canção “Queixa” (c/ Zé Kéti e Paulo Tiago), interpretada por Cyro Monteiro e classificada em 4º lugar;
1967: III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record (SP), com a canção “A estrada e o violeiro”, interpretada por Nara Leão e Sidney Miller, que recebeu o prêmio de Melhor Letra;
1968: I Festival de Juiz de Fora (MG), com a canção “Sem assunto”, interpretada por Cynara e Cybele e classificada em 1º lugar.
No teatro, participou, como compositor, ao lado de Theo de Barros, Caetano Veloso e Gilberto Gil, da trilha sonora da peça “Arena conta Tiradentes”, de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri, apresentada em 1967.
No ano seguinte, organizou, com Paulo Afonso Grisolli, o espetáculo “Yes, nós temos Braguinha”, com o compositor João de Barro, montado no Teatro Casa Grande (RJ). Ainda nesse ano, relançou, com Grisolli, a cantora Marlene, no show “Carnavália”, que contou com a participação da cronista Eneida. O espetáculo, apresentado no Teatro Casa Grande (RJ), foi gravado em dois LPs para o Museu da Imagem e do Som, com produção de Ricardo Cravo Albin.
Em 1969, organizou o espetáculo “Alice no país do divino maravilhoso”, ao lado de Paulo Afonso Grisolli, Tite de Lemos, Luís Carlos Maciel, Sueli Costa, Marcos Flaksmann e Marlene. No mesmo ano, dirigiu com Grisolli, o show que marcou a volta da cantora Nara Leão à noite carioca, cantando ao lado de Martinho da Vila e Terra Trio na Boate Sucata.
Compôs, em 1972, a trilha sonora da peça “Por mares nunca dantes navegados”, de Orlando Miranda, apresentada no Teatro Municipal (RJ).
Em 1974, compôs a música da peça “A torre em concurso”, de Joaquim Manuel de Macedo, encenada no Teatro Gláucio Gill (1974).
Para o cinema, compôs as trilhas sonoras de “Senhores da terra”, de Paulo Tiago (1969), “Vida de artista”, de Haroldo Marinho Barbosa (1971) e “Ovelha negra”, de Haroldo Marinho Barbosa (1974).
Atuou como produtor musical do disco “Coisas deste mundo”, de Nara Leão, lançado em 1969 pela Philips, sendo responsável pelo show apresentado pela cantora na boate Sucata (RJ) nesse mesmo ano.
Faleceu no dia 16 de julho de 1980. A sala em que trabalhava, na Funarte, foi transformada em um teatro, que recebeu o nome de Sala Funarte Sidney Miller.
Constam da relação dos intérpretes de suas canções vários artistas, como Nara Leão, Quarteto em Cy, MPB-4, Luiz Eça, Dóris Monteiro, Paulinho da Viola, Luli e Lucina e Joyce, entre outros.
Em 2012, foi homenageado na série “Grandes Discos”,do Instituto Moreira Salles, quando o repertório de seu LP de estreia foi interpretado em show realizado por Joyce Moreno (voz e violão) e Alfredo Del-Penho (violão).
Em 2017, teve sua obra revisitada no espetáculo “Deixa a dor por minha conta”, baseado nas 70 composições deixadas por ele. Escrito pelo jornalista e pesquisador Hugo Sukman e pelo ator e dramaturgo Marcos França, o espetáculo estreou no Sesc Copacabana.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.