
Compositor. Regente. Violinista. Foi primeiro violino da Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Viveu em Piracicaba até os 19 anos, cidade onde frequentou a primeira turma da Escola de Agronomia. Era pai do compositor e escritor Mário Lago. Ao final da vida tentou o suicídio por três vezes devido a uma surdez progressiva.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1906 e passou a dedicar-se a música atuando como regente em teatros de revista. Chegou a ser convidado para ser regente de coros no Teatro Colon de Buenos Aires.
Em 1927, teve as canções “O dia nasce”, com Abadie Faria Rosa; “Penso em ti”, com Aníbal Pacheco e Celestino Silva e “Estilização” e a modinha “Modinha brasileira” gravadas por Roberto Vilmar na Odeon. No mesmo ano, seu samba “Não quero saber” foi gravado na Odeon por Francisco Alves.
Seu maior sucesso foi a canção “Deslumbramento” que recebeu letra de Raimundo Lopes e virou tema de novela de mesmo nome escrita também por Raimundo Lopes e veiculada na Rádio Nacional. Esta canção foi gravada no mesmo ano por Francisco Alves. Em 1951, teve o samba “Não tenha pena morena”, parceria com o filho Mário Lago gravado por Jorge Goulart na Continental.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
VASCONCELOS, Ary. A nova música da República Velha. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1985.