
Alberto Mota
Waldemar Teixeira
Manoel Rayol
Joaquim Henriques
Raimundo Cruz
Verbeno Costa
Marco Antonio and Mario Guerreiro
Arnaldo Henriques and Maria de Nazare
Conjunto instrumental que foi formado em Belém do Pará na década de 1950 dirigido pelo instrumentista e compositor Alberto Motta, que tocava piano e solovox. Foi o conjunto que obteve maior sucesso na noite paraense no final da década de 1950. Faziam parte dele os artistas Waldemar Teixeira, no piston; Manoel Rayol, no sax alto; Joaquim Henriques, na bateria; Raimundo Cruz, no baixo; Verbeno Costa, na guitarra; Marco Antonio e Mario Guerreiro, na percussão, e Arnaldo Henriques e Maria de Nazare, nos vocais. Com o sucesso obtido na cidade de Belém o conjunto foi contratado pela gravadora Polydor para gravar no Rio de Janeiro. Em 1961, o conjunto gravou pela Polydor o LP “Voa meu samba – Alberto Mota e Seu Conjunto”, que fez bastante sucesso na época e depois tornou-se uma raridade e no qual foram interpretados os sambas “Tamborim”, de Humberto Teixeira e Carlos Barroso; “Fio de canção”, de Luis Antônio; “O que é que ele quer” e “Ilusão”, de Alberto Mota e J. Herinques; “Império do samba”, de Zé da Zilda e Zilda do Zé; o clássico “Ôba”, de Oswaldo Nunes, que fez sucesso na década de 1960 e nas seguintes com o desfile do bloco carnavalesco Bafo da Onça; “Tamanco no samba”, clássico sambalanço de Orlann Divo e Hélton Menezes; “Jogado fora”, de João Mello; “Na base do pinguim”, de Fernando César e Leal Brito o “Britinho”; “Agradeço a você”, de Djalma Ferreira e Luis Bandeira; “Na cadência do samba”, de Ataulfo Alves e Paulo Gesta, e “Ninguém chora por mim”, de Evaldo Gouveia e Jair Amorim. Nesse LP o conjunto aparece na capa do disco ao pé de uma avião pronto para embarcar. Esse LP fez sucesso especialmente nas capitais do Norte e Nordeste do Brasil, o que levou o conjunto a receber convites para animais bailes naquelas regiões. Com isso recebeu novo convite da Polydor, e em 1963, lançou o LP “É pra dançar… Ou mais!… – Alberto Mota e Seu Conjunto” com os sambas “Samba triste”, de Baden Powell e Billy Blanco;”Samba toff”, de Orlann Divo e Roberto Jorge; “Dona Baratinha”, de Newton Ramalho e Almeida Rego; “Vem pro samba”, de Orlann Divo; “Ou mais”, de M. Guerreiro e J. Henriques; “Choro sim”, “Já me convenci” e “Gafieira”, de Djalma Ferreira e Iza Ferreira, e “Per om nia saecula saeculorum amen”, de Miguel Gustavo, além de “I could have danced all night”, de A. G. Lerner e F. Lowe; “Sentimental journey”, de L. Brown, B. Homer e B. Green, e “Aquellos ojos verdes”, de N. Menendez ,que receberam arranjos para samba. Ainda em 1963, o conjunto reduzido a um quarteto formado por Alberto Mota, ao piano e solovox; Armando de Souza, na guitarra; Joaquim Paes Henriques, na bateria e Raymundo Cruz, no baixo, gravou o LP “Quarteto Alberto Mota” com as músicas “Samba de uma nota só” e “Discussão”, de Tom Jobim e Newton Mendonça; “Tudo certinho”, de Alberto Mota e Armandinho; “Folhas mortas (Les feuilles mortes)”, de Kosma e J. Prevert; “Nossos momentos”, de Haroldo Barbosa e Luis Reis; “Canção de amor”, de Alberto Mota e Armandinho; “Menina feia”, de Oscar Castro Neves e Luvercy Fiorini; “Corcovado”, de Tom Jobim; “Sonho e saudade”, de Tito Madi; “Laura”, de Mercer e Raksin; “Se meu apartamento falasse (The apartment)”, de C. Williams, e “Suave é a noite (Tender is the night)”, de Fain e Paul Francis Webster. O conjunto continuou atuando e fazendo sucesso em bailes pelo Norte e Nordeste e em 1966 retornou ao Rio de Janeiro para gravar pela Polydor o LP “Top-set – Alberto Mota e Seu Conjunto” com vários sucessos da época. Foram incluídas no LP as músicas “A casa do sol nascente (The house of the rising sun”, de A. Price; “Arrastão”, de Edu Lobo e Vinicius de Moraes; “Você”, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli; “Rosas vermelhas para uma dama triste (Red roses for a blue lady)”, de Tepper e Brodsky; “Hello Dolly”, de Jerry e Herman; “Brincando gostei”, de Waltel Branco e Orlann Divo; “Vamos balançar”, de Ed Lincoln; “Tem que balançar”, de Carlos Imperial; “Palpite infeliz”, de Noel Rosa; “Sinfonia do carnaval”, de Helena de Lima e Concessa Lacerda; “Na onda do berimbau”, de Oswaldo Nunes; “Samba de verão”, de Marcos Valle e Paulo Sergio Valle; “Exaltação à Belém do Pará”, de J. Macedo; “Êxtase total”, de Alberto Mota; “Garota de Ipanema”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, e “From Russia with love”, de Lionel Bart. Com o sucesso da Jovem Guarda e logo depois, da Tropicália, o tipo de música feita pelo conjunto entrou em decadência e o grupo acabaria restrito ao Norte e Nordeste do país. Em 2011, os LPs “Voa meu samba – Alberto Mota e Seu Conjunto” e “É pra dançar… Ou mais!… – Alberto Mota e Seu Conjunto” podem ser obtidos por preços próximos a R$ 300,00 bastante altos para um LP, ou seja, um pouco mais que dez vezes que um CD de qualidade superior em 2010/2011.