
Vilson Ayala
Antonio Leite
Ruben Gruman
Peixoto Primo
Clóvis Ibanês
Newton Baraldo
Adilson
Quinteto para bailes dançantes criado no Rio Grande do Sul na segunda metade dos anos 1950 e integrado inicialmente por Vilson Ayala, acordeom, Leite, piano, Gruman, contrabaixo, Peixoto Primo, vibrafone, e Ibañez, bateria. Gravaram o primeiro disco em 1962, pelo selo Audio Fidelity, o LP “Apresentando o Conjunto Flamingo”, com a seguinte formação: Primo (Vibrafone), Rubem Grumman (Contrabaixo), Clóvis (Bateria), Vilson Ayala (Acordeom), Leite (Piano) e Bonny Morais, José Carlos e Benatti (Ritmo), interpretando os sambas “Beija-me”, de Roberto Martins e Mário Rossi, “Eu Nasci no Morro”, de Ary Barroso, “É Fácil Dizer Adeus”, de Tito Madi, “Chora Tua Tristeza”, de Oscar Castro Neves e Luvercy Fiorini, “O Barquinho”, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli, “Levanta Mangueira”, de Luis Antônio, “Brasil 62”, de Vilson Ayala, “O Que É Que A Baiana Tem”, de Dorival Caymmi, “Quem Quiser Encontrar O Amor”, de Carlos Lyra e Geraldo Vandré, “Falsa Baiana”, de Geraldo Pereira, “Franqueza”, de Denis Brean e Osvaldo Guilherme, e “Gauchinha Bem Querer”, de Tito Madi. Em 1963, foi lançado o segundo disco do grupo intitulado “Novamente o Conjunto Flamingo” com o conjunto apresentando a seguinte formação: “Vilson Ayala, acordeom, Antonio Leite, no piano, Ruben Gruman, no contra baixo, Peixoto Primo, no vibtafone, Clóvis Ibanês, na bateria, Newton Baraldo, na guitarra e Adilson, no ritmo. Nesse LP foram interpretadas os sambas “Mister Frey no Samba”, de Vilson Ayala, homenagem a Sidney Frey, presidente americano da Audio Fidelity e então considerado o maior divulgador do samba nos Estados Unidos, “Samba do Balanço”, de Haroldo Barbosa e Luis Reis, o fox “Moonglow”, de Eddie de Lange, Will Hudson e Irving Mills, o samba canção “E a Chuva Parou”, de Ribamar, Esdras Pereira da Silva e Victor Freire, o samba “Safira”, de Vilson Ayala, o fox “Midnight Lace”, de Joe Lubin e Jerome Howard, o samba “Nunca Mais”, de Ed Lincoln e Silvio César, o samba canção “Onde Andará Minha Saudade”, de Tito Madi, o samba “Sandra”, de Vilson Ayala, o bolero “Vanidad”, de Mario Clavell, o samba canção “A Mesma Rosa Amarela”, de Capiba e Carlos Penna Filho, e o fox “Blue Moon”, de Richard Rodgers e Lorenz Hart. Na contra capa desse LP o pesquisador J. L. Ferrete assim escreveu sobre o conjunto gaúcho “O inusitado sucesso conquistado pelo primeiro LP do Conjunto Flamingo fêz-nos, na Áudio Fidelity, compreender que, malgrado tratar-se de um grupo instrumental de fama restrita ao seu estado, o Rio Grande do Sul, havíamos “revelado” um dos maiores conjuntos dançantes para todo o Brasil. Não pretendemos com tal, afirmar que constituiu-se em surpresa a fabulosa procura que esse microgravado inicial mereceu do público de ponta a ponta do país. Não, surpresa teria sido o contrário pois os cinco componentes do primitivo conjunto reuniam qualidades individuais e coletivas para superarem os maiores grupos similares do país. Contudo, o efeito provocado por esse LP sobre o público discófilo do Brasil transcendeu tudo quanto se conhecia até hoje em matéria de conjuntos dançantes, haja vista a fisionomia que uma grande parte de grupos congêneres está assumindo desde então”. Em 1963, foi lançado o terceiro LP do grupo: “Conjunto Flamingo – VOL. 3”, também pela Audio Fidelity, com os sambas “Garota de Ipanema”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, “Viva Meu Samba”, de Billy Blanco, “Vai e Diz Adeus”, de Tito Madi, “Nós E O Mar”, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli, “Na Baixa do Sapateiro”, de Ary Barroso, “Tem Bobo Pra Tudo”, de João Correia da Silva e Manoel Brigadeiro, “Samba da Madrugada”, de Dora Lopes, Carminha Mascarenhas e Herotides Nascimento, “Morena Boca de Ouro”, de Ary Barroso, “Samba Em Prelúdio”, de Baden Powell e Vinicius de Moraes, “Parti”, de Ed Lincoln e Silvio César, “Silêncio”, de Túlio Piva, e “Se É Tarde, Me Perdoa”, de Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli. Depois deste terceiro disco a carreira do grupo perdeu espaço com as mudanças na música popular brasileira com a ascensão do rock, com a Jovem Guarda, e dos festivais televisivos eliminando pouco a pouco os bailes com orquestras e conjuntos.