Pholhas

Grupo vocal e instrumental de pop-rock. Integrado por Wagner Tadeu Benatti, o Bitão – São Paulo – 1951: vocal e guitarra; Hélio Santisteban – São Paulo – 1948: teclado e vocal; Oswaldo Malagutti -São Paulo – 1949: baixo, e 

Paulo Roberto Fernandes – São Paulo – 1951: bateria. 

O grupo surgiu em 1968, quando os amigos Hélio Santisteban; Oswaldo Malagutti e 

Paulo Roberto Fernandes deixaram a banda Wander Mass Group, e partiram para criar outro grupo. Convidaram então o guitarrista e vocalista Wagner Tadeu Benatti, o Bitão, para integrar o novo grupo. Em fevereiro de 1969, realizaram o primeiro ensaio e, por sugestão do amigo Marco Aurélio, o Lelo, que assistia o ensaio, adotaram o nome de Pholhas, com “PH”. Observados por um diretor da RCA Victor, gravaram o primeiro disco em 1970, um compacto simples com as músicas “She Made Me Cry”, de Hélio Santisteban e Oswaldo Malagutti, e “In my Way”, de Wagner Benatti e Paulo Fernandes. A balada “She made me cry” logo tornou-se um sucesso, num momento em que músicas em inglês ampliavam sua participação no mercado musical brasileiro. Em 1972, lançaram um compacto duplo com as composições “My Mistake”, de Hélio Santisteban e Oswaldo Malagutti; “My First Girl”, de Hélio Santisteban e Wagner Benatti; “Shadow Of Love”, de Oswaldo Malagutti e Paulo Fernandes, e “Pope”, de Wagner Benatti e Paulo Fernandes. Esse disco chegou ao topo das paradas de sucesso em apenas três meses e vendeu cerca de 450.000 cópias rendendo ao grupo o primeiro disco de ouro na carreira. Em 1973, lançaram o primeiro LP “Dead faces”, com todas as composições em inglês, de autoria do próprio grupo: “The other one”; “The worlds truth”; ” The beauty of your soul”; “Dead faces”; “In my way”, todas de Paulo Fernandes e Wagner Benatti; “She made me cry”; “My mistake”; “I never did before”; “Its gonna be hard”; “Your mother really doesnt appreciate too much our friendship, but I dont mind” e “Angels spring”, da dupla Hélio Santisteban e Oswaldo Malagutti, e “The Kings walk”, de Hélio Santisteban, Oswaldo Malagutti, Wagner Benatti e Paulo Fernandes. Em 1974, lançaram o LP “Forever”, cuja música título, de autoria de Oswaldo Malagutti e Hélio Santisteban, fez bastante sucesso. Fizeram parte do LP ainda as composições “Goodbye”; “Alone and free”; ” I still remember”; “Special girl”, de autoria de Oswaldo Malagutti e Hélio Santisteban; “Flowers in the rain”; “Sally Bell”; “The King Of Space (Richard The Red)”; “The game is getting money”, e “Were all mad”, de Wagner Benatti e Paulo Fernandes, e “So long folks” e “Only one pineapple (Grand Final)”, de autoria dos quatro. Seu repertório nessa época consistia basicamente em baladas de rock cantadas em inglês. Em 1975, lançaram novo LP, com o nome do grupo como título, seguindo a mesma fórmula dos álbuns anteriores e no qual interpretaram “Get Back”; “Anymore”; “Lonely boy”; “My sorrow”; ” Clouds” e “No more chances (To love me)”, de Oswaldo Malagutti e Hélio Santisteban, e “Im down”; “My sand blues”; “Sunshine”; “Ill make your day bright”; “I use to sleep” e “Bye people”, de Wagner Benatti e Paulo Fernandes. Os compactos com as músicas “She Made Me Cry”, “I Never Did Before” e “Forever” tiveram vendagens superiores a 300 mil cópias o que levou, em 1974, a RCA Victor a lançar o LP “Dead faces” na Espanha e na América do Sul com o título de “Hojas” obtendo grande vendagem e fazendo com que o grupo recebesse mais um disco de ouro. Em 1977, gravaram o LP “Pholhas”, o primeiro disco do conjunto cantando em português, com as músicas “Panorama”; “Imigrantes”; Somente Rocknroll”; “Solidão”; “Águas passadas”; “Anoiteceu”; “Dr Silvana”; “Pra ser mais eu” e “Luzes câmaras ação”, todas de Wagner Benatti, Oswaldo Malagutti, Marinho e Paulo Fernandes, além de “Metrô”, de Cláudio Lucci. Em 1978, por determinações da gravadora retomaram o estilo anterior, agora sob a influência do movimento discoteque, quando lançaram o LP “O som das discoteques”, que vendeu cerca de 150 mil cópias, no qual interpretaram músicas que faziam sucesso naquele momento tais como “Night fever”, de Barry Gibb, Robin Gibb e Maurice Gibb; “I just want to be your everything”, de Barry Gibb, e “Dont let me be misunderstood”, de Bennie Benjamin, Sol Marcus e Gloria Caldwell, entre outras. Nessa época, Hélio Santisteban resolveu seguir carreira solo e saiu da banda sendo substituído pelo tecladista Marinho Testoni, ex integrante do grupo Casa das Máquinas. Pouco depois, o baixista Oswaldo Malagutti também deixou a banda sendo substituído pelo baixista João Alberto que já havia tocado emoutras bandas, entre as quais a Casa das Máquinas. Em 1979, lançaram compacto simples com as músicas “I love you” e “I remember”, ambas de Hélio Santisteban, Oswaldo Malagutti, Paulo Fernandes e Wagner Benatti. Nesse ano, Hélio Santisteban retornou para a banda. Em 1980, lançaram o LP “Memories” com as composições “You are the light of my life”; “Happy train”; “Memories”; “Remember the night before”; “Good times” e “I hope to meet you”, de Hélio Santisteban, Oswaldo Malagutti, Paulo Fernandes, Wagner Benatti e M. Testoni, e “I remember” e “I love you”, de Hélio Santisteban, Oswaldo Malagutti, Paulo Fernandes e Wagner Benatti, além de “Carousel”, de P. Trainer; “Ready to take a chance again”, de Norman Gimbel e Charles Fox; “Poor side of town”, de Johnny Rivers e Lou Adler, e “Moonlight Serenade”, de Glenn Miller e Mitchell Parish. Em 1981, lançaram compacto simples com as composições “Serenata ao luar”, versão do Capitão Furtado, para “Moonlight serenade”, de Glenn Miller e Mitchell Parish, e “Sweet darling”, de A. Frederic e S. Anthony. Nesse ano o tecladista Marinho Testoni deixou o grupo. Em 1982, gravaram o último disco pela RCA Victor, gravadora na qual permaneceram por dez anos. Nesse LP interpretaram as músicas “Like an angel”, de Hélio Santisteban, Wagner Benatti e Paulo Fernandes; “You are my life”, de Hélio Santisteban, Wagner Benatti e Tony Bell; “Tenderness”, de Ludwig Van Beethoven e Tite Moreno, música baseada na “Moonlight Sonata Op. 27, 1º Movimento, de Beethoven, com letra de Tite Moreno; “What can we do”, de Wagner Benatti e Tony Bell; “When you come back”, de Sebastian Wayne; “Serenata ao luar (Moonlight serenade)”, de Glenn Miller e Mitchell Parish, versão do Capitão Furtado; “Sunshine and tears”, de Sebastian Wayne; “Hope”, de Hélio Santisteban e Tony Bell; “Somewhere theres a love”, de Paulo Fernandes, João Alberto e Wagner Benatti; “Park Avenue”, de Wagner Benatti, Hélio Santisteban e Tony Bell; “Sweet darling”, de A. Frederic e S. Anthony, e “Nobody knows”, de Hélio Santisteban, Wagner Benatti, Paulo Fernandes e Oswaldo Malagutti. Em 1985, pelo selo Lup Som lançaram o LP “Wings”, no qual interpretaram músicas como “Forever”; “She made me cry” e “My mistake”, as três de Hélio Santisteban e Oswaldo Malagutti. Em 1987, lançaram o LP “The night before”, com uma seleção de músicas gravadas anteriormente. Em 1988, lançaram “Corte sem lei”, que seria o segundo LP em português do conjunto, sendo que muitas das músicas eram versões daquelas lançadas anteriormente em inglês. Fizeram parte desse disco as composições “Corte sem lei”, de Hélio Santisteban e Noeli Santisteban; “Acende a Luz”, de Lázaro Ferro de Lacerda, Hélio Santisteban e Jacques Vellego; “Mania de sentir”, de Hélio Santisteban e Celso Testa; “Você hoje é mulher”, de Wagner Benatti; “Outro verão (I Remember)”, de Hélio Santisteban, Oswaldo Malagutti, Paulo Fernandes e Wagner Benatti, versão de Jacques Vellego; “Meu erro (My mistake)”, de Hélio Santisteban e Oswaldo Malagutti, versão de Noeli Santisteban; “Eu e você (I Love You)”, de Hélio Santisteban, Paulo Fernandes, Oswaldo Malagutti e Wagner Benatti, versão de Jacques Vellego; “Seu Destino Era Eu (Sunday Morning)”, de Hélio Santisteban e Paulo Fernandes, versão de Jacques Vellego; “Pela Cidade”, de Wagner Benatti e Noeli Santisteban; “Nada Prá Esperar”, de Hélio Santisteban e Noeli Santisteban; “Cena a Dois (You Are The Light Of My Life)”, de Oswaldo Malagutti, Wagner Benatti, Hélio Santisteban, Paulo Fernandes e M. Testoni, versão de Jacques Vellego, e “Um Sonho A Dois”, de Michael Sullivan e Paulo Massadas. Em 1996, pelo selo Laser Records lançaram o LP “Pholhas – 25 anos” no qual interpretaram grandes sucessos internacionais e do próprio grupo como “My misteky”. Em 1998, lançaram o CD “Seleção de ouro – 15 super sucessos” sendo alguns do próprio conjunto e outros do rock internacional. Entre 2000 e 2001, gravaram em shows realizados em diferentes cidades do Brasil o primeiro disco independente do grupo “Pholhas ao vivo no Brasil”. Em 2001, participou de show no Boulevar em Nova Parnamirim no Rio Grande do Norte juntamente com as bandas The Fevers, Renato e Seus Blue Caps e Os Incríveis relembrando antigos sucesso da jovem Guarda. Nesse ano, a BMG lançou o CD duplo “RCA – 100 anos de música – Pholhas” com os grandes sucessos do conjunto . Em 2003, gravaram, pela BMG Brasil, o CD “70S greatest hits”, com sucessos do rock da década de 1970, alguns do próprio grupo. Nesse CD contaram com as participações especiais dos ex-integrantes da banda Oswaldo Malagutti e Marinho Testoni. Em 2007, Hélio Santisteban deixou definitivamente a banda que passou a partir de então a ser um trio não mais atuando com um tecladista fixo, mas sim, com um convidado, o que se tornou uma atração a mais nos shows realizados pelo grupo. Em 2009, lançaram o CD “Pholhas Forever”, também independente e comercializado apenas nos shows da banda. Nesse ano a banda comemorou 40 anos de carreira apresentando-se pelo Brasil e pela América do Sul com o show “Pholhas Forever”. Os maiores sucessos do grupo foram “My mistake”, “She made me cry” e “Forever”.