
Andréia Pedroso
Antonio Jardim
Artur Gouvêa
Eduardo Gatto
Grupo de música criado no Rio de Janeiro no ano de 2001 e integrado por Antonio Jardim (arranjador, violão de 6 e 10 cordas), Andréia Pedroso (canto), Celso Garcia (violão de 6 cordas) e Eduardo Gatto (arranjador, violão de 8 cordas e guitarra portuguesa). Segundo seu criador, o músico e professor Antonio Jardim, a escolha do nome “Música Surda” faz referência ao poema homônimo de Dante Milano, tendo o grupo, uma criação musical voltada para a elaboração de canções brasileiras, realizando musicalmente a poesia de autores consagrados e de novos expoentes da poesia em língua portuguesa e suas variantes, contribuindo assim, para a ampliação do cancioneiro da língua portuguesa das diversas partes do mundo lusófono. Em seu repertório o grupo executa composições inéditas criadas a partir de textos de poetas reconhecidos, entre os quais Agostinho Neto, Amilcar Cabral, Cecília Meirelles, Carlos Drummond de Andrade, Garcia Lorca, Luís de Camões, Dante Milano, Eduardo Rosal, Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Sapho de Lésbos, além de novos expoentes da poesia, tais como Adriano Alves, Andréia Pedroso, Diego Braga, Fabiano Hollanda, João Vitor Bentes, Rafael Lemos, Rodrigo Siqueira. Neste mesmo ano de 2001 o grupo estreou no Teatro Noel Rosa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
O material confeccionado e apresentado pelo grupo é resultado do projeto de pesquisa e extensão intitulado “Música Surda – A canção como forma primordial entre texto e música”, orientado pelo Professor Doutor Antonio Jardim, através da Faculdade de Educação, Departamento de Estudos da Subjetividade e Formação Humana da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Articulando teoria, poesia e música, o grupo tem participado de eventos que são acompanhados também por palestras, lançamentos de livros, encerramentos e aberturas de seminários, congressos nas áreas de Literatura, Filosofia e Poética e ainda, promovendo também a realização de oficinas e workshops de Música e Educação Artística.
Em 2006 Artur Gouvêa (arranjador, violão de 6 cordas e violão requinto) substituiu o violonista e compositor Celso Garcia.
No ano de 2008 o grupo lançou o álbum duplo intitulado “O Livro das Canções”, contendo os CDs “Tomo I – Letras pretas de concerto”, no qual a cantora Andréia Pedroso acompanhada pelos músicos interpretou as faixas “Música Surda” (Antonio Jardim e Dante Milano), “Os portos” (Antonio Jardim e Fabiano Hollanda), “Desencanto” (Artur Gouvêa e Manuel Bandeira), “Dois elos” (Antonio Jardim e Diego Braga), “Epifania” (Eduardo Gatto e Adriano Alves), “O mesmo tempo” (Celso Garcia e Luís Vaz de Camões) e “Poemas de instante” (Antonio Jardim e Andréia Pedroso). No CD “Tomo II – Mares brancos de palavras” o grupo prestou uma homenagem à poeta Cecília Meireles, com os integrantes musicando vários de seus poemas: “Motivo” (Eduardo Gatto e Cecília Meireles), “Itinerário” (Fabiano Hollanda e Cecília Meireles), “Canção da tarde no campo” (Antonio Jardim e Cecília Meireles), “Província” (Antonio Jardim e Cecília Meireles), “Canção nas águas” (Antonio Jardim e Cecília Meireles), “Canção – Que ousarás contar da lua?” (Antonio Jardim e Cecília Meireles), “Canção – Respiro teu nome” (Antonio Jardim e Cecília Meireles) e “Cantar” (Antonio Jardim e Cecília Meireles).
Em 2010, o grupo foi a Portugal, em turnê internacional, na qual lançou o “Livro das Canções”, apresentando-se nas filiais da CE Livrarias em Lisboa, Porto, Portimão e Coimbra; no Palácio Foz, Sala dos Espelhos em Lisboa, Na Casa Verdades Faria, Museu da Música Portuguesa, em Cascais e nas dependências da Universidade Nova de Lisboa.
No ano de 2011, em decorrente de sua estada em Portugal, o grupo, em parceria com a CE Editora, com cantora portuguesa Amélia Muge e com a musicista brasileira Andréa Luísa Teixeira, criou o “Festival Tão Longe, Tão Perto: Música e Poesia em Língua Portuguesa”, realizado no Rio de Janeiro em parceria com a UERJ, Faperj e CEFET/RJ.