
Pedro Boi
Gutia
Zé Chorró
Sérgio Damasceno
Tom Andrade
Manoelito
Toninho
Ildeu Braúna
Grupo vocal e instrumental, formado em meados dos anos 1970, na cidade de Montes Claros, norte de Minas Gerais e integrado por jornalistas, sociólogos, poetas e um artista plástico. O grupo era formado por Pedro Boi, vocalista e violonista; Gutia, violão. Zé Chorró, artista plástico e baixista; Sérgio Damasceno, também conhecido como Carinha, na flauta transversal; Tom Andrade, no vocal e violão, e Manoelito, Toninho e Ildeu Braúna na percussão. O grupo procurava fazer uma música baseada nas influências musicas do norte de Minas Gerais e fez parte da efervescência da música regional brasileira nas décadas de 1970 e 1980. Lançou seu primeiro disco em 1980, pelo selo Cristal e gravado no Estúdio Bandeirantes, em São Paulo, contando com a produção de Téo Azevedo. Fizeram parte do disco as músicas “Calix Bento”, de domínio público e adaptação de Téo Azevedo; “Mutirão”, “Jaíba” e “Zumbi “, de Pedro Boi e Braúna; “Bandeira boiadeira” e “Ponte cigana”, de Gutia e Braúna; “Flor de araçá”, de Teo Azevedo; “Clareando (Morro Velho)”, de Sergio e Gútia; “Andança”, de Tom e Rubinger; “Saudade teimosa”, de Tom e Manoelito, e “Bumba meu boi” de domínio público e adaptação de Tom e Manoelito. A partir do lançamento desse LP, a banda passou a fazer sucesso no cenário nacional e, no mesmo ano, duas das músicas desse disco, “Zumbi” e “Jaíba”, foram incluídas na trilha sonora da novela “Rosa Baiana”, da TV Bandeirantes. Em 1984, o grupo lançou o LP “Chegança”, que incluiu as músicas “Quebra de milho” e “Lamento agreste”, de Manoelito e Tom; “Cachoeirinha”, ” A lenda do arco Íris” e “A Praça da Matriz”, de Pedro e Braúna; “Razante”, de Braúna e Sérgio; “Ave de arribação”, de Gútia, Pedro e Manoelito; “Ana Bela”, de Téo Azevedo; “Messias latino”, de Gútia e Braúna; “Cantiga de roda”, de Manoelito, e “Chegança”, de Gútia. O grupo dissolveu-se logo depois desse disco e seus integrantes seguiram caminhos variados. Algumas músicas do grupo chegaram a ser gravadas posteriormente, como foram os casos de “Quebra de milho”, registrada por Pena Branca e Xavantinho, e por Renato Teixeira, e “Tocador de boi”, gravada por Sérgio Reis. Segundo o jornalista e escritor Assis Ângelo, “o Grupo Agreste marcou presença no curto tempo que existiu. Notadamente por fazer um trabalho, já àquela época, diferente do que costumava aparecer nas chamadas paradas de sucesso, sempre tão ao gosto das grandes gravadoras”.