2.001
Contas Sociais
Nome do Grupo
MPB4
Componentes

Formação original (de 1964 a 2004)

Ruy Faria
Magro Waghabi
Aquiles
Miltinho (2)

Segunda formação (a partir de 2004)

Magro Waghabi
Aquiles
Miltinho (2)
Dalmo Medeiros

Terceira formação (a partir de 2013)

Aquiles
Miltinho (2)
Dalmo Medeiros
Paulo Malaguti

Dados Históricos e Artísticos

O histórico do grupo remonta a 1962, inicialmente com formação de trio, integrado por Ruy, Aquiles e Miltinho, responsáveis pelo suporte musical do Centro Popular de Cultura da Universidade Federal Fluminense (filiado ao CPC da UNE), em Niterói.

A partir do ano seguinte, com a adesão de Magro, passou a atuar como Quarteto do CPC, com a seguinte distribuição de vozes: Ruy (1ª voz), Magro (2ª voz e direção musical), Aquiles (3ª voz) e Miltinho (4ª voz).

Em 1964, com a extinção dos CPCs, Magro e Miltinho, na época estudantes de Engenharia, batizaram o conjunto como MPB-4, o que provocou por parte de Sérgio Porto o comentário de que o nome do quarteto parecia “prefixo de trem da Central do Brasil”. Por esse motivo, durante muito tempo atribuiu-se ao jornalista a autoria do nome do grupo. Nesse mesmo ano, realizou sua primeira apresentação profissional, na Boate Petit Paris, em Niterói. Também em 1964, gravou seu primeiro disco, um compacto duplo intitulado “Samba bem”, contendo as faixas “Samba da minha terra” (Dorival Caymmi), “Lavadeira” (Silveirinha), “Mascarada” (Zé Kéti e Élton Medeiros) e “Vida do sem” (Miltinho e Waghabi), essa última incluída na peça “O menino e a bola”, criação de Carlos Vereza e dos integrantes do quarteto.

Em 1965, Ruy, Magro, Aquiles e Miltinho, ainda estudantes, viajaram de férias para São Paulo, onde conheceram, na Boate Ela, Cravo & Canela, Chico Buarque, as integrantes do Quarteto em Cy e Chico de Assis, que os apresentou a Manoel Carlos. O produtor do “Fino da bossa”, nessa oportunidade, convidou o grupo para apresentar-se no programa da TV Record, ao lado do Quarteto em Cy. Ainda em São Paulo, o conjunto atuou mais uma vez ao lado do Quarteto em Cy, apresentando, no Le Club, o show “No samba que eu vou”, cujo roteiro foi assinado por Chico de Assis. Em uma das apresentações, encontrava-se presente na platéia o produtor Aloysio de Oliveira, que convidou-os para gravar no selo Elenco. De volta ao Rio de Janeiro, o grupo lançou um compacto simples, contendo as canções “Samba lamento” (Luiz Marçal) e “São Salvador” (Roberto Nascimento). Ainda em 1965, dividiu o palco da Boate Zum Zum com Oscar Castro Neves, Rosinha de Valença e o Quarteto em Cy, no show “Contraponto”, com direção de Aloysio de Oliveira. Participou, também, do histórico espetáculo “O samba pede passagem”, dirigido por João das Neves, apresentando-se ao lado Aracy de Almeida e Ismael Silva, entre outros. O show, lançado em disco, foi realizado no Teatro Opinião (RJ), substituindo o espetáculo teatral “Brasil pede passagem”, proibido pela censura.

Em 1966, integrou, ao lado de Betty Faria, Fernando Lébeis, José Wilker, José Damasceno e Cécil Thiré, o elenco da ópera popular “João Amor e Maria”, de Hermínio Bello de Carvalho, cuja trilha sonora incluiu letras do autor e de Antônio Carlos Brito (Cacaso) e música de Maurício Tapajós. O espetáculo, que teve direção de Kleber Santos e Nélson Xavier e cenários de Marcos Flaksman, foi apresentado no Teatro Jovem (RJ). Participou, também, ao lado da musa da bossa nova, do show “Quem tem medo de Nara Leão?”, realizado na Boate Cangaceiro (RJ), com direção de Guilherme Araújo e Ferreira Gullar. Ainda em 1966, gravou seu primeiro LP, “MPB-4”, com destaque para as canções “Lamento” (Pixinguinha e Vinicius de Moraes), “Juca”, “Olê olá” e ” Sonho de um carnaval”, todas de Chico Buarque. Participou, nesse mesmo ano, do II Festival da Música Popular Brasileira (TV Record), classificando em 4º lugar “Canção de não cantar”, de Sérgio Bittencourt.

Em 1967, gravou mais um LP intitulado “MPB-4”, contendo “Cordão da saideira” (Edu Lobo), “Fica”, “Morena dos olhos dágua” e “Quem te viu, quem te vê”, todas de Chico Buarque”, além de “Canção a medo” (Sérgio Bittencourt), gravada com a participação do Quarteto em Cy, entre outras. Nesse mesmo ano, participou do III Festival da Música Popular Brasileira (TV Record), interpretando as canções “Gabriela” (Maranhão) e “Roda-viva” (Chico Buarque), essa última com o autor. Ambas foram classificadas, respectivamente, em 6º e 3º lugares, com arranjos vocais de Magro. Também em 1967, classificou as canções “O sim pelo não” (Alcivando Luz e Carlos Coqueijo) e “Cantiga” (Dori Caymmi e Nélson Motta) em 6º e 9º lugares, respectivamente, no II Festival Internacional da Canção (TV Globo).

Em 1968, gravou o LP “MPB-4”, registrando “Ela desatinou” (Chico Buarque), “Estrela é lua nova” (Villa-Lobos), com a participação do coral do Centro Educacional de Niterói, “Sabiá” (Tom Jobim e Chico Buarque) e “Sentinela” (Milton Nascimento e Fernando Brant), entre outras, além de “Por acaso”, uma parceria de Ruy e Cynara. Ainda nesse ano, apresentou-se, com Chico Buarque, no Teatro Toneleros (RJ), com direção de João das Neves, e realizou temporada de shows na Boate Blow Up (SP).

Em 1969, dividiu o palco do Teatro Opinião (RJ) com a dupla Cynara & Cybele, no show “Bacobufo no caterefofo”.

No ano seguinte, voltou a se apresentar com Chico Buarque, em show realizado na casa noturna Sucata (RJ). Lançou, também em 1969, o LP “Deixa estar”, registrando a primeira gravação de uma música de Aldir Blanc, “Amigo é pra essas coisas” (c/ Silvio da Silva Jr.), “Pelo telefone” (Donga e Mauro de Almeida), a faixa-título (Maurício Tapajós e Hermínio Belo de Carvalho) e “Beco do Mota” (Milton Nascimento e Fernando Brant), entre outras, além de “Mar da tranqüilidade”, uma parceria de Ruy, Cynara e Aquiles.

Em 1971, gravou o LP “De palavra em palavra”, contendo “Cravo e canela” (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos), “Eu cheguei lá” (Dorival Caymmi) e “Pois é, pra quê?” (Sidney Miller), entre outras, além da faixa-título, uma parceria de Miltinho com Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro, e de “Minha história”, versão de Chico Buarque para a canção “Gesubambino” (Dalla e Pallottino). Nesse mesmo ano, dividiu o palco do Canecão (RJ) com Chico Buarque, Jacques Klein e a Orquestra Sinfônica Brasileira, sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky, no histórico espetáculo “Construção”.

Em 1972, apresentou-se em Portugal, com Chico Buarque. Lançou, ainda nesse ano, o LP “Cicatrizes”, com destaque para “San Vicente” (Milton Nascimento e Fernando Brant), “Partido-alto” (Chico Buarque), “Pesadelo” (Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro) e a faixa-título, uma parceria de Miltinho com Paulo César Pinheiro.

Em 1973, voltou a se apresentar com Chico Buarque, dessa vez em Buenos Aires.

No ano seguinte, gravou o LP “Antologia do samba”, contendo obras de Monsueto, Chico Buarque, Ismael Silva, Ataulfo Alves, Noel Rosa, Dorival Caymmi, Baden Powell, Tom Jobim, Nélson Cavaquinho e Paulinho da Viola. Dividiu o palco do Teatro Casa Grande (RJ) com Chico Buarque, no show “Tempo e contratempo”. Também em 1974, lançou o LP “Palhaços e reis”. O disco, produzido por Paulinho Tapajós, registrou, entre outras, as canções “Mordaça” (Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro), “Agora é Portela 74” (Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro), “Fé cega, faca amolada” (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos) e “Chegança” (Edu Lobo e Oduvaldo Vianna Filho), além da faixa-título (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Barros) e da composição “Nosso mal”, uma parceria de Miltinho com Maurício Tapajós.

Em 1975, apresentou, no Teatro Fonte da Saudade (RJ), o espetáculo “MPB-4 na República do Peru”. O roteiro, escrito pelos integrantes do grupo, em parceria com Chico Buarque e Antônio Pedro, foi vetado pela Censura, após cinco apresentações, gerando show em forma de recital, contendo apenas o repertório musical. Lançou, ainda nesse ano, o LP “Dez anos depois”. O disco, produzido por Paulinho Tapajós, registrou as canções “De frente pro crime” (João Bosco e Aldir Blanc), “Manhã de carnaval” (Luiz Bonfá e Antônio Maria), “Galope” (Gonzaguinha), “Canto triste” (Edu Lobo e Vinicius de Moraes), “Passaredo” (Francis Hime e Chico Buarque), “Ana Luiza” (Tom Jobim), “Pressentimento” (Elton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho), “Praias desertas” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), “Amei tanto” (Baden Powell e Vinicius de Moraes), “Evangelho” (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro), “Vera Cruz” (Milton Nascimento e Márcio Borges), além de “Assim seja, amém”, uma parceria de Miltinho com Gonzaguinha. Apresentou-se, também, no Teatro Fonte da Saudade (RJ), com o show “MPB-4 no safári”, título escolhido para substituir “República de Ugunga”, que havia sido vetado pela Censura.

Em 1976, gravou o LP “Canto dos homens”. No repertório, músicas como “Corrente” e “Vai trabalhar vagabundo”, ambas de Chico Buarque, “Negro, negro” (Edu Lobo e Capinam), “Bola ou búlica” e “O ronco da cuíca”, ambas de João Bosco e Aldir Blanc, “Chão, pó, poeira” (Gonzaguinha) e “Aparecida” (Ivan Lins e Maurício Tapajós), entre outras, além da faixa-título, uma parceria de Miltinho com Paulo César Pinheiro. O show de lançamento do disco estreou no Teatro da Galeria (RJ), sob o título de “Jornal depois de amanhã”, com direção de Antônio Pedro e texto de Aldir Blanc. Esse espetáculo foi realizado em substituição a outro que continha o texto de Carlos Eduardo Novaes “MPB-4 no país das maravilhas”, vetado na íntegra pela Censura Federal.

Em 1977, lançou o LP “Antologia do samba nº 2”, contendo obras de Ivan Lins, Cartola, Maurício Tapajós, Haroldo Lobo, Haroldo Barbosa, Zé Kéti, Pixinguinha, Ary Barroso, Wilson Batista e Billy Blanco.

No ano seguinte, gravou, com o Quarteto em Cy, o LP “Cobra de vidro”, registrando “Nada será como antes” (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos), “A estrada e o violeiro” (Sidney Miller), “Não existe pecado ao sul do Equador” (Chico Buarque e Ruy Guerra), “O cio da terra” (Milton Nascimento e Chico Buarque), “Me gustan los estudiantes” (Violeta Parra), “Oriente” (Gilberto Gil) e “Because” (Lennon e McCartney), entre outras. Apresentou-se, ao lado do Quarteto em Cy, no Teatro Carlos Gomes (RJ), em espetáculo que registrou a estréia, como roteirista e diretor, de Túlio Feliciano e a apresentação da canção inédita “Angélica” (Miltinho e Chico Buarque), uma homenagem a Zuzu Angel.

Em 1979, lançou o LP “Bons tempos, hein?”, contendo “Fantasia” (Chico Buarque), “Se meu time não fosse o campeão” (Gonzaguinha), “Tropicália” (Caetano Veloso), “Cálice” (Chico Buarque e Gilberto Gil), “Pobre del cantor” (Pablo Milanés) e “Nascente” (Flávio Venturini e Murilo Antunes), entre outras, além de “Angélica”. Estreou show homônimo no TAIB (SP), em cartaz durante cinco meses, com texto de Millor Fernandes e direção de Benjamim Santos.

Em 1980, gravou o LP “Vira virou”, registrando “Olhar de cobra” (Moraes Moreira e Rizério), “A lua” (Renato Rocha), “Bilhete” (Ivan Lins e Vitor Martins) e “Vira virou” (Kleiton Ramil), entre outras. Realizou show de lançamento do disco no Teatro Teresa Raquel (RJ). Ainda nesse ano, lançou, com o Quarteto em Cy, o LP infantil “Flicts – de Ziraldo e Sérgio Ricardo”.

Em 1981, gravou mais um LP infantil, “Adivinha o que é”, contendo canções como “O som dos bichos” (Renato Rocha e G. Amaral), “O galo cantor” (Renato Rocha e G. Amaral) e “O pato” (Toquinho e Vinicius de Moraes), essa última apresentada pelo grupo no especial da TV Globo “A arca de Noé”. Estreou show homônimo no Canecão (RJ), com direção de Benjamim Santos. Ainda em nesse ano, lançou o LP “Tempo tempo”, registrando as canções “Almanaque” (Chico Buarque) e “Oração ao tempo” (Caetano Veloso), entre outras, além de composições de Miltinho, “Cavalo de batalha” (c/ Paulo César Pinheiro e Zé Renato) e “Anjo sereia” (c/ Alceu Valença), Ruy, “Mulher maio” (c/ Ary dos Santos), Magro, “Magia” (c/ Kleiton Ramil) e da parceria de Magro e Miltinho, “Doce, doce”. Apresentou-se no Tuca (SP), com direção de Benjamim Santos.

Em 1983, gravou o LP “Caminhos livres”, contendo “Baile no meu coração” (Paulo Leminski e Moraes Moreira), “Papo de passarim” (José Renato e Xico Chaves), “Porto Seguro” (Marcelo Alkmin e Flávio Venturini), “Lindo balão azul” (Guilherme Arantes) e “A nível de…” (Aldir Blanc e João Bosco), entre outras, além de “Vôo do amor”, uma parceria de Ruy com Rosana Ferrão, e “Palhacinha”, de Magro e Miltinho. Apresentou-se no Canecão, em show dirigido por Benjamim Santos.

Em 1984, lançou o LP “4 Coringas”, registrando “Bacurizim” (Gilberto Gil), “Tema de amor de Gabriela” (Tom Jobim), “Alegria Brasil” (Gonzaguinha), “Entre o torresmo e a moela” (Aldir Blanc e Maurício Tapajós) e “Quatro coringas” (Vitor Martins e Ivan Lins), entre outras, além de “Mais coração”, uma parceria de Miltinho com Paulo César Pinheiro e Zé Renato, e “Pastor da noite”, de Magro e Miltinho. Estreou show de lançamento do disco no Teatro da Galeria (RJ).

Em 1987, gravou o LP “Feitiço carioca – do MPB-4 para Noel Rosa”, contendo obras do poeta da Vila, como “Pierrô apaixonado” (c/ Heitor dos Prazeres), “Com que roupa”, “Feitio de oração” e “Conversa de botequim” (c/ Vadico), entre outras, além de “Felicidade”, de René Bittencourt. Realizou show homônimo, roteiro e direção de Ruy Faria e texto de Aldir Blanc.

Em 1989, apresentou o show “Amigo é pra essas coisas”, com texto de Luís Fernando Veríssimo e direção de Túlio Feliciano, gravado ao vivo na casa de espetáculos Scala. No repertório, as músicas “Canções e momentos” e “Canção da América”, ambas de Milton Nascimento e Fernando Brant, “Olê olá”, “Roda-viva” e “Quem te viu, quem te vê”, todas de Chico Buarque, “A lua” (Renato Rocha), “Vira virou” (Kleiton Ramil), “A nível de…” (Aldir Blanc e João Bosco), “O que vale é a amizade (With a little help from my friends)” (McCartney e Lennon), “Por quem merece amor (Por quien merece amor)” (Silvio Rodriguez), “Faz parte do meu show” (Renato Ladeira e Cazuza), “Paula e Bebeto” (Caetano Veloso e Milton Nascimento), “Amor de índio” (Beto Guedes e Ronaldo Bastos) e a canção-título (Sílvio Silva Júnior e Aldir Blanc), além de “Parceria em marcha lenta”, de Magro e Luís Fernando Veríssimo. O espetáculo reuniu pela primeira vez no palco duas gerações de músicos: os quatro integrantes acompanhados de Marcos Feijão (bateria e percussão), filho de Miltinho, Pedro Reis (violão, guitarra e bandolim), filho de Aquiles, João Faria (baixo e violão), filho de Ruy, e Eduardo Waghabi (teclados), filho de Magro.

Em 1991, gravou o CD “Sambas da minha terra”, contendo obras de Dorival Caymmi, Toquinho & Vinícius, Zé Kéti e Ary Barroso, entre outros, apresentando-se no Teatro da Barra (RJ), com direção de Túlio Feliciano.

Em 1993, lançou o CD “Encontro marcado – MPB-4 canta Milton Nascimento”, registrando obras do compositor mineiro, apresentando-se em show homônimo.

Em 1995, comemorando 30 anos de carreira, realizou, no Teatro Rival (RJ), o espetáculo “Arte de cantar”, com direção e texto de Miguel Fallabela. O show foi gravado ao vivo, gerando CD que registrou sucessos de sua carreira como “Roda viva” (Chico Buarque), “Canto triste” (Edu Lobo e Vinícius de Moraes), em interpretação a capela, e “Amigo é pra essas coisas” (Sílvio da Silva Júnior e Aldir Blanc), entre outros, além das canções inéditas “Soberana Rosa” (Ivan Lins, Vítor Martins e Chico César) e “Sépia & Flash” (Guinga e Aldir Blanc).

Em 1997, gravou, com o Quarteto em Cy, o CD “Bate-boca”, registrando obras de Tom Jobim e Chico Buarque. Estreou show no Teatro Municipal de Niterói, com direção de Túlio Feliciano.

No ano seguinte, lançou mais um CD com o Quarteto em Cy, “Somos todos iguais”, contendo exlusivamente canções de Djavan, como “Fato consumado”, e da dupla Ivan Lins e Vitor Martins, como “Somos todos iguais nesta noite”. Estreou show de lançamento do disco no Canecão (RJ), dividindo o palco com o Quarteto em Cy, sob a direção de Luiz Carlos Maciel.

Em 1999, lançou o CD “Melhores momentos”, gravado ao vivo no Teatro Rival (RJ). No repertório, as canções “O cafona” (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle) e “Yolanda” (Pablo Milanés, vrs. Chico Buarque), além de “Por quem merece amor”, versão de Miltinho de “Por quien merece amor”, de Silvio Rodrigues, e da regravação de “Cicatrizes”, uma parceria de Miltinho e Paulo César Pinheiro, entre outras.

Em 2000, voltou a gravar um CD com o Quarteto em Cy, “Vinicius – a arte do encontro”. O disco contou com a direção artística de Ruy Faria, que assinou a seleção do repertório e conseguiu viabilizar o encontro dos dois grupos com Vinícius de Moraes, 20 anos após seu falecimento, registrando a voz do poeta em algumas faixas, graças a modernas técnicas de gravação. No repertório, canções como “Minha namorada” (c/ Carlos Lyra), “Arrastão” (c/ Edu Lobo), “Chega de saudade” (c/ Tom Jobim) e “Samba da bênção” (c/ Baden Powell), além de “Samba pra Vinicius”, de Chico Buarque e Toquinho, e “Odeon”, de Ubaldo Sciangula e Ernesto Nazareth. Realizou show de lançamento do disco no Canecão (RJ), ao lado do Quarteto em Cy. O espetáculo contou com roteiro, adaptação de texto, direção geral e produção de Ruy Faria. Ainda nesse ano, apresentou-se no Teatro III do Centro Cultural Banco do Brasil, encerrando o ciclo “MPB, a história de um século”, série de quatro espetáculos escritos e dirigidos por Ricardo Cravo Albin, em comemoração aos 500 anos do Descobrimento do Brasil. O show do quarteto, que registrou o período musical de 1960 (festivais de música) a 2000, foi gravado e transmitido para todo o país pela Rede Brasil, liderada pela TVE do Rio de Janeiro.

Em 2001, lançou CD “MPB-4 e a nova música brasileira”, que contou com a participação de Jairzinho Oliveira e Max de Castro, responsáveis pela produção, arranjos de base, violões, teclados e programação. No repertório, canções de Dudu Nobre, como “Paciência” (c/ Lenine), Zeca Baleiro (“Lenha”) Chico César (“À primeira vista”) e Adriana Calcanhoto (“Mentiras”), entre outros, além de “Eu sou a árvore”, versão de Chico Buarque de “Y tu que hás hecho?” (Eusébio Delfin).

Todos os shows realizados pelo grupo, ao longo de sua carreira, tiveram direção musical de Magro, com exceção de “Feitiço carioca”, assinado por Maurício Maestro.

Atuando com a formação original desde o início de sua trajetória artística, o grupo foi premiado, em 1996, na edição brasileira do “Guiness” (o livro dos recordes) como o grupo vocal que se manteve por mais tempo atuando no cenário artístico com a mesma formação.

Foi contemplado três vezes com o Prêmio Sharp, na categoria Melhor Conjunto (1987, 1989 e 1995).

Em 2002, apresentou-se em São Paulo, no circuito Sesc, no Rio de Janeiro (Mistura Fina, Bar do Tom, Garden Hall) e em outras cidades brasileiras.

Em 2004, participou, ao lado de Gilberto Gil e outros artistas, da gravação do CD “Hino do Fome Zero” (Roberto Menescal e Abel Silva). Nesse mesmo ano, Ruy Faria desligou-se do grupo, sendo substituído pelo cantor Dalmo Medeiros. A estréia do novo integrante foi no evento “64 + 40: Golpe e Campo(us) de Resistência”, quando o grupo fez o show de encerramento, realizado no campus da UFRJ, na Praia Vermelha. Nesse mesmo ano, foi relançado em CD o disco “Cicratizes”, de 1972.

Com show no Vivo Rio, lançou, em 2009, ao lado de Toquinho, o CD e DVD “Toquinho e MPB4 – 40 anos de música”, contendo as canções “Das rosas”, “Marina”, “Samba da minha terra” e “Saudade da Bahia”, todas de Dorival Caymmi, “Modinha”e “Se todos fossem iguais a você”, ambas de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, “Tarde em Itapoã” (Toquinho e Vinicius de Moraes), “Carta ao Tom” (Toquinho, Vinicius de Moraes e Chico Buarque), “O ar (O vento)” (Toquinho, Bacalov e Vinicius de Moraes), “De frente pro crime” (João Bosco e Aldir Blanc), “Faz parte do meu show” (Cazuza e Renato Ladeira), “Me chama” (Lobão), “Nada por mim” (Herbert Vianna e Paula Toller), “Canto triste” (Edu Lobo e Vinicius de Moraes) e “A casa” (Vinicius de Moraes).

Em 2012, lançou o CD de boleros “Contigo aprendi”, contendo versões para o português assinadas por Caetano Veloso, Abel Silva, Celso Viáfora, Paulo César Pinheiro, Vitor Ramil e outros. O disco contou com a participação de Toninho Horta, Quarteto Maogani, Trio Madeira Brasil e Duofel. Nesse mesmo ano, o grupo apresentou-se no projeto “MPB Búzios 2012”. No dia 8 de agosto de 2012, faleceu um de seus integrantes, Magro Waghabi, também responsável pelos arranjos vocais do grupo. Alguns dias depois, Miltinho,  Aquiles e Dalmo homenagearam o amigo no primeiro show sem a presença dele, realizado no Espaço Cultural Eletrobras Furnas (RJ).

Ao lado de Miltinho, Aquiles e Dalmo, em 2013 o cantor e tecladista Paulo Malaguti passou a integrar a nova formação do grupo, inaugurada em show de lançamento do CD “Contigo aprendi”, no Teatro Rival (RJ). Nesse mesmo ano, foi indicado ao Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor Grupo MPB, pelo CD “Contigo aprendi”.

 

Em 2016, gravou o disco “O sonho, a vida, a roda”, pelo Selo Sesc, para celebrar os quase 50 anos do grupo. Dentre os convidados, nomes como João Bosco, Paulo César Pinheiro, Kleiton e Kledir, Vitor Ramil, Guinga e Mario Adnet. O álbum trouxe as faixas “Milagres”, “Maxixe”, “Trança de cipó”, “Harmonia”, “Filigrama”, “Ateu é tu” “A ilha”, “Brasileia”, “Desossado”, “Valsa do baque virado”, “A pipa e o tempo”, “Jornal de ontem” e “A voz na distância”.

No ano seguinte, o disco rendeu uma indicação ao 28º Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor grupo de MPB.

Em 2019 foi lançado o box “Barra Pesada” pelo Selo Discobertas, contendo 5 CDs com registros de seus shows que haviam sido censurados pela ditadura militar, gravados entre 1973 e 1976. A coletânea foi restaurada e digitalizada por Marcelo Froes. Um dos destaques do lançamento foi a inclusão da música “Acorda Amor” (Julinho da Adelaide c/Leonel Paiva de Julinho). Julinho da Adelaide era pseudônimo de Chico Buarque que, no período da ditadura militar no Brasil , colaborava com o roteiro dos shows do grupo.

Em 2019 se apresentaram ao lado Duo Gisbranco no Teatro Riachuelo, no Rio de Janeiro, em espetáculo que prestigiou as canções de Milton Nascimento e a poesia de Fernando Brant. No repertório as canções “Travessia”, “Canção da América”, “Maria Maria”, e outras menos visitadas como “Moreno”, “Sentinela”, “Caxangá”, e “Notícias do Brasil”. Durante o espetáculo, o Duo Gisbranco apresentou solo em o “Milagre dos Peixes” e “Ponta de areia”, intercalando breves leituras de textos de outras músicas de Fernando Brant como “Sêmen”, narrados por todos.

Em abril de 2022 o grupo fez show no Teatro Riachuelo, no Rio de Janeiro, fazendo releituras do repertório do disco “Cicatrizes”. O LP foi lançado no auge da ditadura com músicas que se tornariam clássicos, como “Partido Alto” e “Pesadelo”.  O grupo foi acompanhado por Marcos Feijão (filho de Miltinho), na bateria, João Faria (filho de Ruy Faria, já falecido), no baixo e Pedro Reis (filho de Aquiles), na guitarra.

Discografias
2019 Discobertas CD Barra Pesada (BOX)
2016 Selo Sesc. CD . “O sonho, a vida, a roda”.
2012 Contigo aprendi (MPB4) – Biscoito Fino – CD
2009 Biscoito Fino CD Toquinho e MPB4 – 40 anos de música
2009 Biscoito Fino DVD Toquinho e MPB4 – 40 anos de música
2001 Abril Music CD MPB-4 e a nova música brasileira
2000 Sesc-SP JCB A música brasileira deste século por seus autores e intérpretes

(Participação:) MPB-4

2000 Abril Music CD MPB-4 e a nova música brasileira
2000 Som Livre CD Vinícius-A arte do encontro. MPB-4 e Quarteto em Cy
1999 CID CD Melhores momentos
1998 PolyGram CD Somos todos iguais-Quarteto em Cy e MPB-4
1997 PolyGram CD Bate-boca-Quarteto em Cy e MPB-4
1995 Som Livre CD Arte de cantar-MPB-4 ao vivo
1993 PolyGram CD Encontro marcado-MPB-4 canta Milton Nascimento
1991 Som Livre CD Sambas da minha terra
1989 Som Livre LP Ao vivo-do show Amigo é pra essas coisas
1987 Continental LP Feitiço carioca-do MPB-4 para Noel Rosa
1984 Barclay LP 4 Coringas
1983 Ariola LP Caminhos livres
1981 Ariola LP Tempo tempo
1980 LP Flicts-Ziraldo e Sérgio Ricardo

Quarteto em Cy e MPB-4

1980 Ariola LP Vira virou
1979 PolyGram LP Bons tempos, hein?!
1978 Phonogram LP Cobra de vidro

MPB-4 e Quarteto em Cy

1977 Phonogram LP Antologia do samba nº 2
1976 Phonogram LP Canto dos homens
1976 Phonogram Palco, corpo e alma

(Participação:) Vários intérpretes

1975 Phonogram LP 10 anos depois
1974 Phonogram LP Antologia do samba
1974 Phonogram LP Palhaços & Reis
1972 Phonogram LP Cicatrizes
1971 Elenco/Phonogram LP De palavra em palavra
1970 Elenco/Philips LP Deixa estar
1968 Elenco LP MPB-4
1967 Elenco LP MPB-4
1966 Mocambo/Rozemblit LP João Amor e Maria

(Participação:)

1966 Elenco LP MPB-4
1966 Polydor LP Samba pede passagem. Aracy de Almeida, Ismael Silva e outros

(Participação:)

1965 Elenco Compacto simples Samba lamento/São Salvador
1964 Sarau Compacto Duplo Samba bem
Shows
2013 MPB4 – Show de lançamento do CD “Contigo aprendi” – Teatro Rival, Rio de Janeiro
2012 MPB4 - Espaço Cultural Eletrobras Furnas, Rio de Janeiro
2012 MPB4. Projeto “MPB Búzios” – Praça Santos Dumont, Búzios
4 Coringas. Teatro da Galeria, RJ.
Adivinha o que é. Canecão, RJ.
Amigo é pra essas coisas. Scala, RJ.
Arte de cantar. Teatro Clara Nunes, RJ.
Arte de cantar. Teatro Rival, RJ.
Bacobufo no caterefofo. MPB-4 e Cynara & Cybele. Teatro Opinião, RJ.
Bate-boca. MPB-4 e Quarteto em Cy. Teatro Municipal de Niterói.
Bons tempos, hein?. TAIB, SP.
Caminhos livres. Canecão, RJ.
Chico Buarque e MPB-4. Boate Sucata, RJ.
Chico Buarque e MPB-4. Buenos Aires, Argentina.
Chico Buarque e MPB-4. Portugal.
Chico Buarque e MPB-4. Teatro Toneleros, RJ.
Cobra de vidro. MPB-4 e Quarteto em Cy. Teatro Carlos Gomes, RJ.
Construção. Chico Buarque, MPB-4, Jacques Klein e Orquestra Sinfônica Brasileira, sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky. Canecão, RJ.
Contraponto. MPB-4, Quarteto em Cy, Oscar Castro Neves e Rosinha de Valença. Zum Zum, RJ.
Encontro marcado - MPB-4 canta Milton Nascimento.
Feitiço carioca - do MPB-4 para Noel Rosa.
Jornal depois de amanhã. Teatro da Galeria, RJ.
MPB-4 na República do Peru. Teatro Fonte da Saudade, RJ.
MPB-4 no safári. Teatro Fonte da Saudade, RJ.
MPB-4. Boate Blow Up, SP.
MPB-4. Mistura Fina, RJ.
MPB-4. Petit Paris. Niterói, RJ.
No samba que eu vou. MPB-4 e Quarteto em Cy. Le Club, SP.
O samba pede passagem. Aracy de Almeida, Ismael Silva, MPB-4 e outros. Teatro Opinião, RJ.
Quem tem medo de Nara Leão?. Nara Leão e MPB-4. Boate Cangaceiro, RJ.
Sambas da minha terra. Teatro da Barra, RJ.
Somos todos iguais. MPB-4 e Quarteto em Cy. Canecão, RJ.
Tempo e contratempo. Chico Buarque e MPB-4. Teatro Casa Grande, RJ.
Tempo tempo. Tuca, SP.
Toquinho e MPB4 - 40 anos de música. Vivo Rio, Rio de Janeiro.
Vinicius - a arte do encontro. MPB-4 e Quarteto em Cy. Garden Hall, RJ.
Vira virou. Teatro Teresa Raquel, RJ.
Bibliografia crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

ALBIN, Ricardo Cravo. MPB: a história de um século. Rio de Janeiro: Ed. Funarte, 1997.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

AMARAL, Euclides. O Guitarrista Victor Biglione & a MPB. Rio de Janeiro: Edições Baleia Azul, 2009. 2ª ed. Esteio Editora, 2011. 3ª ed. EAS Editora, 2014. 4ª ed. EAS Editora, 2020.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.

Enciclopédia da música brasileira: popular, erudita e folclórica – 2a. ed – São Paulo: Art Editora – Publifolha, 1998.

FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.

MELLO, Zuza Homem de. A era dos festivais – uma parábola. São Paulo: Ed. 34, 2003.