0.000
Nome do Grupo
Os Copacabana
Componentes

Quincas

Kuntz

Wagner (4)

Gilberto Gagliardi

Cid

Paul Kern

Laerte

Popeye do Pandeiro

Dados Históricos e Artísticos

Conjunto instrumental formado em 1947 pelos instrumentistas Kuntz e Quincas que atuavam na orquestra da boate “Meia noite” do Copacabana Palace e que idealizaram um grupo orquestral cuja forma de instrumentação soasse como a de uma grande orquestra, permitindo ao mesmo tempo atuar em pequenos ambientes. Logo em seguida seguiram para São Paulo onde foram contratados pela boate Marabá. Uma de suas composições tinha Quincas, no sax-tenor, Kuntz no clarinete e arranjos, Wagner, no trompete, Gagliardi, no trombone, Cid, na bateria, Paul Kern, no contrabaixo, Laerte no piano, e Popeye, no pandeiro. Nos anos de 1956 e 1958, o grupo contou com a participação de Vadico no piano. O primeiro disco do grupo tinha o fox-blue “Wabash blues”, de D. Ringie e F. Meinken, e o fox-trot “Three litte words”, de H. Ruby e B. Kalmar. Esta última contou com vocais de Elda Mayda. No mesmo ano, gravaram o bolero “Granada”, de Agustin Lara, em ritmo de samba, e o choro “Veludo”, de Radamés Gnattali. A gravação de “Granada” foi incluída no LP “Parada de sucessos”, coletânea da gravadora Sinter. Em 1952, gravaram a marcha “Nasci cansado”, de Wilson Batista e Henrique Alves, e o samba “Vou me acabar”, de Armando Cavalcanti e Henrique Alves. Nesse ano, acompanharam o cantor Sílvio Caldas na gravação do samba “A culpa é sua”, de Sílvio Caldas e Màrio Lago, da marcha “Como é que eu vou me arranjar”, de Sílvio Caldas.
Em 1953, gravaram com vocal de Roberto Luna os sambas “Pode voltar”, de Geraldo Queiroz e Wilson Lopes, e “Minha casa é meu chapéu”, de Geraldo Queiroz e Henrique Leoni. No mesmo ano, gravaram os sambas “Confesso que te amo”, de Doc Daugherty, com arranjos de Kuntz, e “Torna sorriento”, de De Curtiss, com arranjos de Gagliardi, além dos choros “Precoce”, de Kuntz, e “É você Kuntz?”, de Moacir Santos. Ainda em 1953, gravaram os baiões “Mania do Mané”, de Carlos Galindo e Catulo de Paula, e “Baião baú”, de Pachequinho e Marinho Silva.
Em 1954, gravaram os choros “Flamengo”, de Bonfíglio de Oliveira e “Precoce”, de Kuntz. No ano seguinte, lançaram os choros “Urubu malandro”, de Lourival de Carvalho, o Louro, com arranjos de José Miranda Pinto, e “Perereca”, de José Miranda Pinto. Ainda em 1955, o grupo lançou pela gravadora Copacabana o LP “Os Copacabana” no qual interpretou os sambas “Está chegando a hora”, de Henricão e Rubens Campos, “Jura”, de Zé da Zilda, Marcelino Ramos e Adolfo Macedo, e “Se acaso você chegasse”, de Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins, os choros “Choro Nº 3”, de Dima Gomes, “Chorinho de gafieira”, de Astor Silva, “Sonâmbulo”, de Édison Marinho, e ” Baseado”, de Kuntz Naegele e Édison Marinho, e a canção “A little more of your love”, de Brodszky e Robin, que foi interpretada em ritmo de samba. Na ocasião da gravação desse disco a orquestra contava com os seguintes integrantes: Quincas, no sax-tenor; Kuntz no clarinete e arranjos; Wagner, no piston; Dalgio, no trombone; Vadico, no piano; Waldir Marinho, no contra-baixo; Sutinho, na bateria, e Guará, no pandeiro. Por essa época excursionaram pelo Uruguai a convite da Comissão de Festas da Municipalidade tendo participado do Festival de Cinema de Punta Del Este e tocado em inúmeras cidades daquele país. Ainda em  1955, tornaram-se a atração exclusiva do “Casablanca” na Praia Vermelha e da Rádio Mundial. Nos anos de 1956 e 1958, o grupo contou com a participação de Vadico no piano. Em 1956, o grupo atuou  na boate Casablanca contando com a participação de Vadico ao piano. No mesmo ano, participou da coletânea “Vamos dançar – Vol. 1” da Fantasia/Philips interpretando três choros: “Fuxico”, de Radamés Gnattali, “Atraente”, de Chiquinha Gonzaga, e “Perereca”, de José Miranda Pinto. Em 1957, participaram do LP “Vamos dançar?”, lançado pela Sinter nas faixas “Fuxico” e “Perereca”. Em 1958 e 1959, o grupo atuou no Dancing Brasil contando novamente com a presença de Vadico ao piano. Em 1958, foram contratados pela gravadora Odeon e lançaram o LP “Fim de semana – Quincas e Os Copacabana” no qual foram interpretadas as músicas “Falsa baiana”, de Geraldo Pereira, “A mulher do bode”, de Osvaldo C. de Menezes, “Night and day”, de Cole Porter, “Só pode ser você”, de Noel Rosa e Vadico, “Cherokee”, de R. Noble, “Paisagem” e “Vamos fazer um samba”, de Astor Silva, “Feirabend”, de J. Rixner, “Melancholy rhapsody”, de Heidors e Cahn, “Ai que saudades da Amélia”, de Ataulfo Alves e Mário Lago, “Singapura”, de Quincas, e “Atraente”, de Chiquinha Gonzaga. Nesse período o grupo passou a se chamar Quincas e Os Copacabana. Em 1959, também pela Odeon foi lançado o LP “Das 11 às 4 – Quincas e Os Copacabana” com as interpretações das músicas “O apito no samba”, de Luis Bandeira, “Rico Vacilon”, de Rosendo Ruiz, “Tenderly”, de J. Lawrence e W. Gross, “Vai Astor”, de Vadico, “Torero”, de R. Carosone e Nisa, “Pigalle”, de G. Ulmer, “Jambrando”, de José Marinho, “El reloj”, de Roberto Cantoral, “Harlem nocturne”, de D. Rodgers e E. Hagem, “Natureza bela”, de Felisberto Martins e Henrique Mesquita, “Andalucia”, de Ernesto Lecuona, e “La vie em rose”, de Louiguy e Edith Piaf. Em seguida tranferiram-se para a gravadora Philips pela qual lançaram em 1961, o LP “Ritmos sob medida com a orquestra dançante – Quincas e Os Copacabana” disco que apresentou as gravações das seguintes canções: “Chorinho de gafieira”, de Astor Silva, “Trumpet mambo”, de Jo Brik, “Greenfields”, de Gilkyson, Dehr e Miller, “Rosa morena”, de Dorival Caymmi, “Bájate de esa nube”, de Ernesto Duarte, “Tema para dois”, de Nazário Cordeiro e Damásio José, “Trumpet talk”, de P. Laine, “A felicidade”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, “Botijão”, de Hamilton Pereira Cruz, “Perfídia”, de A. Dominguez, “Gin-kana”, de Emílio Batista e Ruy Rey, e “Angelique”, de A. Rasmussen e B. Sten. Em 1968, o grupo acompanhou o cantor Zezinho na interpretação do samba-enredo “Tiradentes”, de Mano Décio da Viola, Penteado e Estanislau Silva, para o LP “Pequena História do samba” lançado pelo Museu da Imagem e do Som. Tocou ainda nas boates “Night and Day”, “Acapuldo”, “Flair” e “Vogue” no Rio de Janeiro, “Lor” e “Eve”, em São Paulo. Ao longo de mais de dez anos deatuação o grupo lançou disco pelas gravdoras Sinter, Copacabana, Odeon e Philips, além de ter se constituído num dos mais importantes conjuntos dançantes da cidade do Rio de Janeiro na década de 1950 e começo da década de1960.

Discografias
1955 Sinter 78 Urubu malandro/Perereca
1954 Sinter 78 Precoce/Flamengo
1953 Sinter 78 Confesso que te amo/Torna sorriento
1953 Sinter 78 Mania do Mané/Baião baú
1953 Sinter 78 Pode voltar/Minha casa é meu chapéu
1953 Sinter 78 Precoce/É você Kuntz?
1952 Sinter 78 Nasci cansado/Vou me acabar
1951 Sinter 78 Granada/Veludo
1951 Sinter 78 Wabash blues/Three litte words
Bibliografia crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.