
Fernanda Takai – Voz e violão
John Ulhoa – guitarra e programação
Ricardo Koctus – vocal de apoio e baixo
Glauco Nastacia – bateria e percussão
Richard Neves – teclados
Ex- integrantes
Dudu Tsuda – teclado
Xande Tamietti – bateria e percusão
Lulu Camargo – teclado
Banda de rock formada em Belo Horizonte (MG) em 1992 e integrada por Fernanda Takai (25/08/1971 – voz), John Ulhoa (11/02/1966 – guitarra, violão, teclados e voz), Ricardo Koctus (02/03/1969 – baixo e voz), Lulu Camargo (acordeom e teclados) e Xande Tamietti (22/11/1972 – bateria e percussão). Também passou pela banda o tecladista Dudu Tsuda.
Fernanda Takai é casada com o guitarrista John (ex-Sexo Explícito).
Em 1993 a banda apresentou-se em várias casas noturnas da capital mineira, tais como Fábrika e Squat. Neste mesmo ano gravou seu primeiro disco, “Rotomusic de liquidificapum”, lançado pelo Selo Cogumelo Records, o mesmo do Sepultura e da banda Sacórfago, ambas de puro heavy metal. Naquela ocasião. Em uma de suas músicas, “O processo de criação vai de 10 até 100 mil” (John), era citado o plano de saúde Unimed, que acabou contratando o grupo para uma campanha publicitária, cujo slogan era “A saúde do rock de Minas vai muito bem, obrigado.” A mesma composição também seria o primeiro videoclip do grupo. Ainda neste disco, constou “Sítio do Pica-pau amarelo” (Gilberto Gil) e outras composições de autoria dos componentes do grupo. No ano de 1994, apresentou-se no Circo Voador, no Rio de Janeiro, ao lado da banda General Junkie. No show, conheceu o fotógrafo e DJ Maurício Valladares que indicou o grupo para BMG Ariola. Ainda no mesmo ano, abriu shows para Lulu Santos e Skank.
Em 1995, lançou seu primeiro CD pelo selo Plug (de Maurício Valladares) para a BMG, “Gol de quem?”, e começou a se apresentar em programas de televisão de alcance nacional, como o Programa Livre, da TVS, Bem Brasil, da TV Cultura, e no Video Show, da Rede Globo. Com esse disco, conseguiu projeção nacional com a execução da faixa “Sobre o tempo” (John). Ainda deste disco, fizeram parte as músicas “Vida imbecil” (John), “Mamãe ama é o meu revólver” (Rubinho Troll) e duas regravações: “A volta do boêmio” (Adelino Moreira) e “Qualquer bobagem” (Tom Zé e os Mutantes), todas, sucessos do grupo. No Rio de Janeiro, fez show no projeto “Humaitá Pra Peixe”, no Espaço Cultural Sérgio Porto. Ainda no mesmo ano, ganhou no 1º MTV Video Music Awards Brasil o prêmio de banda revelação e participou do disco-tributo aos Mutantes, interpretando “Vida de cachorro”. No ano seguinte, em 1996, participou do Hollywood Rock, realizado no estádio do Pacaembu (SP) e na Praça da Apoteose (RJ). Lançou também o seu terceiro disco, “Tem mas acabou”, produzido por André Abujamra, no qual foram incluídos os sucessos “Pinga” (John), “Capetão” (André Abulamra e John) e “Nuvens” (Fernanda Takai).
No ano de 1997, ao lado de vários artistas como João Bosco, Lô Borges, Marina Machado, Maurício Tizumba, Uakti, Sérgio Santos, entre outros, participou do disco “Prato feito”, CD oficial da Campanha Contra a Fome no Brasil, do sociólogo Betinho. No ano seguinte, em 1998, com o disco “Televisão de cachorro”, produzido por Dudu Marote, o grupo se fixaria definitivamente no cenário nacional do pop rock. O CD atingiu a marca de 100.000 cópias vendidas. O disco foi puxado por sucessos como “Um dia, um ladrão” (John), “Eu sei” (Renato Russo) e “A necrofilia da arte”, de autoria de Gilberto Gil e Rubinho Troel, além da faixa-título, “Televisão de cachorro” (John).
Em 2000, gravou o CD “Isopor”, que com dois meses de lançamento vendeu 160.000 cópias. Saiu em turnê pelo país tocando em várias cidades, inclusive no Rio de Janeiro, onde se apresentou no Garden Hall.
No ano de 2001 o grupo participou do “Rock in Rio III”. Neste mesmo ano, a revista Time elegeu o grupo como um dos melhores no cenário pop internacional (o oitavo). Referindo-se ao disco “Televisão pra cachorro”, o crítico americano Rhett Butler, que montou a lista, ainda incluiu U2 (Irlanda), Anterciopelados (Colombia), Brilliant (Japão), Portisshead (Inglaterra), Tarika (Madagascar), Ziggy Marley and The Melody Makes (Jamaica), Sigur Ros (Islândia) e Orishas (Cuba). Neste mesmo ano de 2001, o grupo lançou o disco “Ruído rosa”, que trouxe os covers “Ando meio desligado” (Arnaldo Baptista, Sérgio Baptista e Rita Lee), sucesso do grupo Mutantes; “Eu” (Frank Jorge, Carlos Pianta, Marcelo Birck e Alexandre Ograndi), clássico da banda Graforréia Xilarmônica que o Pato Fu vestiu uma roupagem heavy metal e “Tolices” (Edgard Scandurra), sucesso do grupo Ira!. Ainda neste disco, o grupo incluiu várias composições próprias.
No ano de 2002 a banda comemorou dez anos de carreira em show no Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte. Na ocasião, gravou seu primeiro disco ao vivo “Acústico MTV”. Neste disco, regravou com novos arranjos alguns de seus maiores sucessos “Made in Japan”, “Depois” e “Sobre o tempo” e as inéditas “Me explica”, “Por perto”,”Não mais” e “Nada pra mim” (anteriormente gravada por Ana Carolina). Ainda em 2002, fez turnê de lançamento por São Paulo, Brasília, Salvador e no Rio de Janeiro, no Canecão. Neste mesmo ano lançou o primeiro DVD de carreira, intitulado “MTV ao Vivo Pato Fu: no Museu de Arte da Pampulha”.
Em 2003 ganhou o prêmio de “Edição de Clipe” pelo clipe “Não mais” no Video Music Brasil 2003 MTV, apresentando-se ao lado de outros premiados no Palácio do Anhembi, em São Paulo. Neste mesmo ano, ao lado de Capital Inicial, Arnaldo Antunes, Nando Reis, Falamansa & Maskavo, Toni Garrido, Eduardo Dusek, Ira!, Pitty, Raimundos e Matanza, participou do CD “Assim, assado – tributo a Secos & Molhados”, no qual interpretou a faixa “Rondó do capitão”, de autoria de João Ricardo e Manuel Bandeira.
Em 2004 a banda participou da trilha sonora e do seriado “A Terra dos Meninos Pelados”, especial da Rede Globo sobre a obra infantil de Graciliano Ramos. Neste mesmo ano foi lançado o DVD “Pato Fu Video Clipes”.
No ano de 2005 lançou o CD “Toda cura para todo mal”, já contando com o novo integrante, o tecladista Lulu Camargo (ex-Karnak).
No ano de 2007 lançou, pelo Selo Rotomusic, o CD “Daqui pro futuro”, do qual se destacaram as faixas “30.000 pés” (John Ulchoa e Fernanda Takai), “A verdade sobre o tempo”, “A hora da estrela” (John Ulchoa), “Vagalume” (John Ulchoa e Fernanda Takai), “Mamãpapá” (John Ulchoa e Fernanda Takai), “1.000 guilhotinas”, “Nada original”, “Quem não sou”, “Tudo vai ficar bem”, de autoria de John Ulchoa em parceria com a cantora colombiana Andrea Echeverri, do grupo Aterciopelados, que também participou da faixa. No disco foi incluída a regravação de “Cites in dust”, sucesso do grupo inglês Siouxie & The Banshees. Neste mesmo ano a banda lançou em DVD Ao Vivo “Toda Cura Para Todo Mal”. No ano posterior, em 2008, a gravadora Polysom produziu apenas 1000 cópias em vinil do primeiro disco da banda, de 1993, somente para colecionadores.
No ano de 2009 o grupo lançou o DVD “Extra! Extra!”. No ano seguinte, em 2010, a banda lançou o CD “Música de brinquedo”, no qual foram incluídas as regravações de clássicos como “Primavera” (Cassiano e Sílvio Rochael); “Sonífera Ilha” (Branco Mello, Marcelo Fromer, Tony Bellotto, Ciro Pessoa e Carlos Barmak); “Rock and Roll Lullaby” (Cynthia Weil e Barry Mann); “Frevo Mulher” (Zé Ramalho); “Ovelha Negra” (Rita Lee); “Todos Estão Surdos (Roberto e Eramos Carlos); “Live and Let Die” (Paul McCartney e Linda McCartney); “Pelo Interfone” (Ritchie e Bernardo Vilhena); “Twiggy Twiggy” (Lalo Schifrin, Hal David, Burt Bacharach, Morton Stevens e Nanako Sato); “My Girl” (Smokey Robinson e Ronald White); “Ska” (Herbert Vianna) e “Love Me Tender” ( Elvis Presley e Vera Matson). A filha de Fernanda Takai e John Ulhoa, Nina Takai, fez participações especiais em algumas faixas do CD. No ano posterior, em 2011, lançou a versão ao vivo do CD “Música de brinquedo”.
Em 2012 foi lançado o DVD “Música de brinquedo”.
No ano de 2013 a gravadora Polysom, dentro do projeto “Clássicos em Vinil” fez relançamento, em vinil, do primeiro CD da banda, “Rotomusic de liquidificapum”, lançado em 1993 pelo selo mineiro Cogumelo Records, especializado em bandas de rock e heavy metal como Sepultura e Sarcófago. No ano seguinte, em 2014, já com uma nova formação, incluindo o baterista Glauco Mendes (substituindo Xande Tamietti) a banda lançou o CD “Não pare para pensar”, do qual se destacaram as faixas “Cego para as Cores”, “Crédito ou Débito”, “Ninguém Mexe Com o Diabo”, “Não Pare Pra Pensar”, “Eu Ando Tendo Sorte”, “Um Dia do Seu Sol”, “You Have To Outgrow Rockn Roll”, todas de autoria de John Ulhoa, além de”Siga Mesmo no Escuro” (Ulhoa e Ricardo Koctus), “Pra Qualquer Bicho” (John Ulhoa) com a participação especial de Ritchie), “Mesmo Que Seja Eu” (Roberto Carlos e Erasmo Carlos) e a faixa “Eu Era Feliz”, de autoria de Ricardo Koctus, John Ulhoa e Roberta Campos.
Em 2016 a banda fez lançamento do disco “Não pare para pensar” no palco do Teatro Bradesco, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em show no qual executou várias composições do novo CD, além de clássicos de carreira como “Canção para você viver mais”, “Antes que seja tarde” e “Perdendo os dentes”, retirados de discos anteriores da banda.
Em 2017 lançaram “Música de brinquedo 2”.
No ano de 2020 John Ulhoa e Fernanda Takai foram convidados pelo “Projeto Sesc Ao Vivo”, com apoio do SESC São Paulo, para realizarem transmissões diretamente de suas casas, proporcionando um encontro ao vivo com seu público, através das diversas plataformas digitais (Facebook, Instagram e Youtube), em decorrência da epidemia de COVID-19 e a consequente quarentena.
Em março de 2021 a banda fez uma live a partir do álbum “Música de Brinquedo” transmitido do Centro Cultural Minas Tênis Clube. Entre as músicas tocadas, “Palco” (Gilberto Gil), “Sonífera Ilha” (Titãs) e Livin’ la vida loca”(Ricky Martin). Na ocasião, além de Fernanda takai (voz) e John Ulhoa (guitarra), estiveram presentes os músicos Ricardo Koctus (baixo), Glauco Mendes (bateria) e Richard Neves (teclado).
(vários)
(vários)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.
FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.