Felipe S
Samuel
Marcelo Machado
Vicente Machado
Chiquinho
Grupo pop oriundo da cidade de Recife.
Considerado da nova geração da cena mangue beat, o grupo surgiu no ano de 2001.
A palavra “mombojó” não tem significado. Foi uma sugestão do baterista Vicente Machado, que se adequou ao desejo do grupo:
O nome não podia remeter a nada de imediato.
A banda foi integrada por Felipe S (voz), Samuel (baixo), Vicente Machado (bateria), Marcelo Machado (guitarra), O Rafa (Rafael Barbosa – flauta), Chiquinho (teclado e sampler) e Marcelo Campello (violão, cavaquinho, trompete e escaleta).
Em 2003 o grupo gravou o primeiro disco, encartado e distribuído na revista “Outra Coisa”, de Lobão. No CD foram incluídas 15 composições de autoria dos próprios componentes, entre elas “A missa” (Felipe S e Vicente Machado), “Absorva” (Felipe S e Samuel), “Adelaide” (Marcelo Capello e China), “Baú” (Felipe S, Marcelo Campello e Rafa), “Cabidela” (Felipe S e China), “Faaca”(Felipe S, Chiquinho e Maurício Silva), “Merda” (Felipe S e Marcelo Campello) e “Splash shine” (Felipe S e O Rafa). A banda, adepta do “copyleft”, isto é, dos registros abertos, antes mesmo do lançamento do disco, diponibilizou em mp3 todas as faixas em seu site oficial, o que não impediu da banda vender mais de 10 mil cópias do disco. No ano seguinte, em 2004, o grupo fez turnê de lançamento do disco nas regiões Sul e Sudeste, em São Paulo, no Sesc Pompéia, além de Florianópolis, Rio de Janeiro e participação no “Curitiba Pop Festival”, sempre com crítica positiva de jornais como O Globo, entre outros. O grupo recebeu elogios de vários artistas como Leirinha, vocalista do Cordel do Fogo Encantado:
É uma ironia, porque vejo muita coisa nova ali. Mas, ao dizer isso, eles aceitam todas as influências possíveis e mostram que a arte é uma continuidade;
Lobão: “O Mombojó é do cacete!. Os caras estão um passo adiante, no contexto musical e na atitude”
e Fred Zero Quatro, vocalista da banda Mundo Livre S/A:
O que mais admiro na banda é que eles pegaram a mensagem positiva do mangue, a de aprofundar a linguagem.
No ano de 2006 o DJ recifense Bruno Pedrosa remixou no disco “Transformer” vários ícones da cena musical de Recife, entre os quais Silvério Pessoa, Mindo Livre S/A, Eddie e o novato-cult Mombojó. Neste mesmo ano a banda lançou o segundo disco solo de nome “Homem-espuma”. No CD, produzido pelo guitarrista Lúcio Maia, integrante da banda Nação Zumbi e Daniel Ganjaman, da banda Instituto, foram incluídas composições inéditas, tais como “Pára-quedas”, “Realismo convincente” (com participação de Tom Zé), “Tempo de carne e osso” (com participação da cantora paulistana Céu) e “Swinga”, com participação de Fernando Catatau, do grupo cearense Cidadão Instigado. No ano posterior, em 2007, um dos integrantes, o flautista O Rafa (Rafael Barbosa) faleceu devido a um infarto. Dois anos depois, em 2009, o músico Marcelo Capello (violão, cavaquinho e escaleta) deixou o grupo.
No ano de 2010 o grupo lançou o novo disco “Amigo do tempo” (independente) já com a nova formação de quinteto: Felipe S (voz), Samuel (baixo), Marcelo Machado (guitarra), Vicente Machado (bateria) e Chiquinho (teclado). No CD foram incluídas as faixas “Entre a união e a saudade”, “Praia da solidão”, “Triste demais” e “Aumenta o som”, além da faixa-título “Amigo do tempo”. O disco contou com produção do trompetista Guizado (que participou como músicos de algumas faixas), do músico Pupillo (do grupo Nação Zumbi), Rodrigo Sanches, Evaldo Luna e dos integrantes do grupo.
No ano de 2011 apresentou-se em show no Circo Voador, na Lapa, Centro do Rio de Janeiro e ainda no Teatro Rival BR, na Cinelândia, também no centro da cidade. Neste mesmo ano a banda lançou o CD “11º aniversário”, no qual regravou várias de suas composições dos três discos anteriores.
No ano de 2014, já sem o baixista Samuel, a banda lançou o disco “Alexandre”, com 11 composições inéditas e várias participações especiais, destacando-se as faixas “Diz o leão”, com a cantora Céu; “Summer long” com a participação da cantora Laetitia Sadier (também parceira na música); “Cuidado, perigo”, participação do cantor e compositor Dengue, além de amigos e parceiros antigos da banda, tais como China, Burguinha Dub e Vítor Araújo. No disco também interpretaram as músicas “Rebuliço” e a faixa-título “Alexandre”.
No ano de 2017 o integrante Felipe S, cantor da banda, lançou o primeiro disco solo intitulado “Cabeça de Felipe”, em paralelo à carreira de vocalista do grupo.
Em 2020 lançou o filme “Deságua”, em parceria com a roteirista Ana Souto e o cineasta Luan Cardoso, que estreou no canal de TV por assinatura Music Box Brazil. A trilha sonora do filme foi lançada nas plataformas digitais no mesmo ano.
Ao lado da cantora francesa Laetitia Sadier, formou a banda Modern Cosmology, com a qual lançou em 2023 o álbum “What will you grow now?”, com seis faixas, dentre as quais a música autoral “A time to blossom”.
Em 2024 lançou o álbum “Carne de Caju”, homenageando o cantor e compositor Alceu Valença, com oito regravações de músicas do artista pernambucano. Nesse mesmo ano foi o vencedor do “Prêmio da Música Brasileira” na categoria “Melhor Grupo de Pop/ Rock”.
(com Laetitia Sadier)
(Trilha sonora original do filme)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.