
Humberto Gessinger
Marcelo Pitz
Augusto Licks
Carlos Maltz
Adal Fonseca
Lúcio Dorfman
Luciano Granja
Paulinho Galvão
Bernardo Andrade da Fonseca
Glaucio Ayala
Grupo de rock formado em Porto Alegre (RS) em 1984.
Seus integrantes se conheceram na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. De suas diversas formações Humberto Gessinger (voz e guitarra), Marcelo Pitz (baixo e vocal), Augusto Licks (guitarra), Carlos Maltz (bateria, percussão e vocal), Adal Fonseca (bateria), Lúcio Dorfman (teclados), Luciano Granja (guitarra), Paulinho Galvão (guitarra), Bernardo Andrade da Fonseca (19/6/1981- RJ – baixo) e Glaucio Ayala (bateria).
De acordo com o próprio grupo, a escolha do nome deveu-se ao fato de seus integrantes detestarem engenharia e surf. Iniciou sua carreira profissional em 1985, sendo contratado no mesmo ano pela RCA.
A primeira gravação do grupo foi uma participação na coletânea lançada em 1986 pela RCA, intitulada “Rock Grande do Sul”, da qual, também participou o grupo Os Replicantes, entre outros. No mesmo ano, lançou seu primeiro disco: “Longe demais das Capitais”, que, em menos de um mês, vendeu mais de 50.000 cópias, alavancado pelo sucesso de “Toda forma de poder”, além da faixa-título “Longe demais das capitais”, ambas de autoria de Humberto Gessinger. Um outro sucesso do mesmo disco iria marcar a carrreira do grupo “Sopa de letrinhas”, de Humberto Gessinger e Marcelo Fagundes.
Em maio de 1987 Marcelo Pitz saiu do grupo, fazendo com que Gessinger assumisse o baixo e Augusto Licks entrasse como guitarrista. No mesmo ano, em novembro, lançou o segundo disco, “A revolta dos dândis I”, no qual se destacaram as músicas “Terra de gigantes”, “Refrão de bolero”, “A revolta dos dândis II” e “Infinita Highway”, todas de autoria de Humberto Gessinger. Participou no ano seguinte do festival Alternativa Nativa, realizado no Maracanãzinho, abrindo a apresentação do Capital Inicial, com um público de 20.000 pessoas. Um ano depois, lançou o LP “Ouça o que eu digo, não ouça ninguém”, do qual se destacou a faixa que deu título ao disco, de autoria de Humberto Gessinger.
No ano de 1989, apresentou-se em Moscou. Neste mesmo ano, fez alguns shows na cervejaria carioca Canecão, de onde foi retirado o material para o disco ao vivo “Alívio imediato”. Duas composições deste disco foram muito executadas em emissoras de rádio de todo o país “Alívio imediato” e “Nau à deriva”, ambas de Humberto Gessinger. No ano seguinte, o grupo obteve um de seus maiores sucessos devido a regravação de “Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones”, versão de Brancato Júnior para a música italiana “Cera um regazzo che come me-amava i Beatles e i Rolling Stones”, de Lusin e Migliacci, composição gravada originalmente no Brasil pelo grupo Os Incríveis na década de 1960. Deste mesmo disco, “O Papa é pop”, a banda ainda incluiu outros sucessos: “Pra ser sincero” (Humberto Gessinger e Augusto Licks), “O exército de um homem só” (Augusto Licks e Humberto Gessinger) e a faixa-título “O papa é pop”, de Humberto Gessinger, sendo este, o disco que mais vendeu: 400 mil cópias. No ano posterior, lançou o LP “Várias variáveis”, no qual incluíram a faixa “Herdeiros do pampa nobre” (Vainê Dardê e Gaúcho da Fronteira). Em 1992, gravou o CD “Gessinger, Licks e Maltz”, do qual se destacou a música “Ninguém = ninguém”, de autoria de Humberto Gessinger. No ano seguinte, apresentou-se EUA, na cidade de Los Angeles. Neste mesmo ano, gravou o disco “Filmes de guerra, canções de amor”.
Em 1995, no disco “Simples de coração”, o grupo gravou a música “A promessa” (Humberto Gessinger e Paulo Casarin). A partir de 1997, o grupo mudou sua formação, permanecendo apenas Gessinger. Ainda neste ano, o grupo lançou o CD “Minuano”, do qual despontou o sucesso “A montanha”, de autoria de Humberto Gessinger.
No ano de 1999 a banda lançou o CD “Tchau radar”, disco que vendeu 120 mil cópias e no ano seguinte o grupo vendeu cerca de 240 mil cópias com o CD “10.000 destinos de voo”. Em 2001, com uma nova formação (das muitas que teve ao longo da carreira), lançou o CD “Surfando karmas e DNA”. Neste disco incluiu “3º do plural”, “Nunca mais”, “Esportes radiacais”, “Nem + um dia”, “E-stória” e a faixa-título “Surfando karmas e DNA”, todas de autoria de Humberto Gessinger.
No ano de 2002, ao lado de Luciana Mello, Chico César, Ivete Sangalo, Sandra de Sá, Paula Toller, Ed Motta e Biquini Cavadãoi, participou do disco “Um barzinho e um violão”, da gravadora Universal Music, disco no qual a banda interpretou “Revelação” (Clodô, Climério e Clésio), antigo sucesso de Fagner.
Em 2003, apresentou o show “Surfando karmas e DNA” no Olimpo, no Rio de Janeiro, fazendo parte da turnê nacional da divulgação do CD. Neste mesmo ano, pela Universal Music, lançou o CD “Dançando em campo minado”. Neste disco foram incluídas várias composições inéditas: “Até o fim” (Humberto Gessinger); “Camuflagem” (Humberto Gessinger e Paulo Galvão); “Segunda-feira blues 1” (Humberto Gessinger e Carlos Maltz), além da faixa-título “Dançando em campo minado”. O CD foi lançado em show homônimo no Canecão, no Rio de Janeiro.
Em 2004 lançou o CD “Acústico MTV” no qual incluiu as inéditas “Armas químicas e poemas” e “Outras frequencias”, além de alguns sucessos de carreiras e outra um tanto quanto desconhecidas do grande público.
No ano de 2008 o grupo cessou as atividades.
Em 2012 Humberto Gessinger lançou na Livraria Saraiva do Rio Sul o livro “Nas entrelinhas do horizonte”, compilação de sua autoria publicados em seu blog.
(vários)
(vários)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
CHAVES, Xico e CYNTRÃO, Sylvia. Da Pauliceia à Centopeia Desvairada – as Vanguardas e a MPB. Rio de Janeiro: Elo Editora, 1999.
DAPIEVE, Arthur. BRock: o rock brasileiro dos anos 80. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995.