Marco Mattoli
Tereza Gama
Renato Bérgamo
Cláudio Costa
Edu Peixe
Gringo
Fred Prince
Marcelo Maita
Bocão
Reginaldo 16
Grupo paulista de samba-rock originário da periferia de São Paulo. Fundado pelo guitarrista e cantor Marco Matolli em 1993 com o nome de Marcos Matolli e Os Guanabaras. Logo depois o nome foi alterado para Clube do Balanço e passou a ter 10 integrantes fixos e muitas participações especiais em shows e eventos. Integrada por Marco Mattoli (guitarra e voz), Renato Bérgamo (produtor), Cláudio Costa (DJ), Edu Peixe (bateria), Gringo (baixo), Marcelo Maita (teclados), Bocão (tamborim) e Reginaldo 16 (trompete), além dos músicos veteranos da década de 1960, como o percussionista Fred Prince e a cantora Teresa Gama, e ainda integrantes do Funk Como Le Gusta. O grupo funcionava mais como uma agremiação que envolvia músicos, DJs, dançarinos e produtores. A banda foi formada por músicos egressos das bandas de Jorge Benjor, Branca Di Neve e Funk Como Le Gusta. Inicialmente o grupo apresentava-se nas festas na boate Grazie A Dio, mas com o tempo, o local ficou pequeno para o público interessado no som da banda, transferindo-se então para um ambiente maior, a boite Blen Blen Brasil. Lançou o primeiro disco, “Balanço bom é coisa rara”, em 2000. No segundo disco, manteve o trabalho no qual mesclava samba, rock e balanços variados, quase todas as composições pesquisadas na produção nacional das décadas de 1970 e 1980. Neste disco, lançado pela gravadora paulista Regata, em 2001, foram incluídos ícones do samba-rock: Jorge Benjor, Ed Linclon, Bebeto, Marku Ribas, Luís Vagner, Orlanndivo e Bedeu. No disco foram incluídas “Palladiun” (Orlanndivo e Ed Lincoln), “Paz e arroz” (Jorge Bem), com participação especial de Simoninha, “Só vejo a crioula” (Bebeto), “Saudade de Jackson do Pandeiro” (Luis Vagner e Bedeu) e “Mané João”, de autoria de Erasmo Carlos e Roberto Carlos, gravada inicialmente por Erasmo em 1972, faixa na qual o compositor também fez uma participação especial. Outro destaque importante foi o do percussionista e cantor Marku Ribas na faixa “Zamba Bem”, de sua autoria, fazendo dueto com Paula Lima. No disco ainda foram incluídas “Coqueiro verde” (Erasmo Carlos e Roberto Carlos), “Segura a nega” (Luis Vagner e Bebeto), interpretada por Seu Jorge e Ivo Meirelles, “Tequila” (Chuck Rio), “Falso amor” (Bedeu), “Krioula” (Helio Matheus), “Trilha guitarreira” (Luis Vagner e Marco Mattoli), com participação especial do guitarrista Luís Vagner e “Aeroporto”, também de autoria de Marco Matolli. O CD ainda contou com a participação especial de Simoninha, Max de Castro, Seu Jorge e Ivo Meirelles. No ano de 2005 a banda fez apresentação no espaço Estrela da Lapa, no Rio de Janeiro, na ocasião executou diversas composições inéditas, tais como “O morro não engana”, “Primeiro da ilha” e “Vem cá nega”), além de clásicos do repertório da banda, entre as quais, composições de Orlandivo e Jorge Benjor.
Em 2006 lançou o CD “Samba Incrementado” pela gravadora MCD, trazendo no repertório músicas próprias como “A sereia e o marujo”, “Balanço” e ainda a inédita “Sem anjo na multidão”, de Erasmo Carlos. Regravou, ainda no disco, “Vou batê pra tu” (Arnaud Rodrigues e Orlandivo) e “Zula”, de Jorge Bem Jor.
No ano de 2014 o grupo lançou o quarto disco solo intitulado “Menina da janela”, pelo selo Yb Music. Produzido pelo grupo em parceria com Jesus Sanches, no CD foram incluídas a instrumental “La nave va”, além de “Time contra”, “Te dou bola”, “Dolores Gabriela”, “De chinelo”, “Baby não mora mais lá” e a faixa-título “Menina da janela”.
Em 2022 o fundador da banda, Marco Mattoli, faleceu devido a complicações após cirurgia de ponte de safena
Em 2019 lançou o álbum “Balanço da Quebrada” com as músicas “Ela Dança” (Mattoli e Roberta Gomes), “Domingos na Paulista” (Gringo Pirrongelli), “Quinze Pras Sete na Vila” (Mattoli e Janayna Pereira), “Samba du Bom” (Mattoli e Janayna Pereira), “Aeromoça”(Mattoli), “Encontros e Desencontros” (Mattoli e Robson Capela), “Baralho novo”(Roberta Gomes) e “Balanço zona sul”(Reginaldo 16 Toneladas).
Em 2024 lançou o álbum “Cadê tereza?”, primeiro álbum inteiramente instrumental do grupo e também o primeiro depois da morte de Mattoli. A produção musical foi de Bruno Bona. Tocaram como músicos convidados Dino Oliveira (percussão), Olegário Júnior (violão), Sérgio Barba (cuíca), Walmir Borges (guitarra) e Wilson Fumaça (percussão). Entre as músicas registradas estão “Que coisa”(Maestro Tiquinho), “Samba a la Donato(Reginaldo 16 Toneladas), ‘Roupa no varal”(Maestro Tiquinho), “A orquestra invisível de Seu Oswaldo”, “Balanço para o Inglês” (Gringo Pirrongelli), “Cachorrada”(Edu Peixe Samaso e Bruno Bona), “Frigobar”(Marcelo Maita) e “Presságio”(Edu Peixe Salmaso).
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
REPPOLHO. Dicionário Ilustrado de Ritmos & Instrumentos de Percussão. Rio de Janeiro: GJS Editora, 2012. 2ª ed. Idem, 2014.