
Bruno Gouveia
Carlos Coelho
Miguel Flores
Álvaro Lopes
Patrick Laplan
Grupo de rock formado em 1983 no Rio de Janeiro (RJ). Em suas duas formações passaram Bruno Gouveia (voz), Carlos Coelho (guitarra), Miguel Flores da Cunha (teclado), Álvaro Lopes (bateria) e Sheik (baixo), este último, mais tarde substituido por Patrick Laplan. Seus integrantes eram amigos no Colégio São Vicente, no bairro carioca das Laranjeiras. Em 1984, Carlos Beni Borja (ex-Kid Abelha), e Herbert Vianna, do Paralamas do Sucesso, que aliás batizou o grupo, levaram a fita demo do conjunto para a extinta Rádio Fluminense FM, de Niterói (RJ), em cuja programação começou a fazer sucesso. Logo em seu primeiro compacto, lançado em 1985, com a música “Tédio”, o grupo obteria sucesso. Tal situação levou a gravadora a produzir, no ano seguinte, um LP que vendeu aproximadamente 60.000 cópias. Deste mesmo disco, outra música viria a despontar nas emissoras de rádio: “No mundo da lua”. Curiosamente, a faixa que abria o disco “Múmias”, foi interpretada por Renato Russo. Em 1987, gravou o LP “A era da incerteza”, no qual incluíram “Ida e volta”, “Tormenta” e “Inocências”, chegando a vender cerca de 40 mil cópias do disco. Dois anos depois, lançou, também pela gravadora PolyGram, o disco “Zé”. O LP atingiu a marca de 25 mil cópias. Deste disco despontaria apenas a faixa “Samba de branco”. Somente em 1991, com as composições “Zé Ninguém”, “Impossível” e “Vento ventania”, lançadas no disco “Descivilização”, o grupo faria sucesso novamente: o disco vendeu 80.000 cópias. No ano de 1992, o conjunto se apresentou no Hollywood Rock, festival realizado na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro (RJ), abrindo a noite para os grupos norte-americanos Alice in Chains e Red Hot Chili Peppers, duas das maiores atrações do evento. No ano de 1994, o grupo fez dois “covers” de sucesso da MPB: “Chove chuva”, de Jorge Benjor, e “Admirável gado novo”, de Zé Ramalho. No ano seguinte, participou da coletânea “Rei”, produzida por Roberto Frejat, do Barão Vermelho, em homenagem a Roberto Carlos, com a música “Ilegal, imoral ou engorda”. No ano de 1998, lançou o CD “Biquini.com.br”, no qual o grupo conseguiu outra vez voltar às paradas de sucesso com a música “Janaína”. Dois anos depois, em 2000, lançou o CD “Escuta aqui”. A composição “Múmias”, com participação de Renato Russo, tornou-se um dos maiores sucessos do grupo. Ainda assim o disco vendeu somente 20 mil cópias e a banda foi dispensada pela gravadora BMG. No ano seguinte, sem o baixista Seik, substituído por Patrick Laplan (ex- Los Hermanos), a banda lançou o CD “80”, disco no qual fez uma releitura desse período do rock brasileiro, interpretando músicas de alguns grupos por eles considerados importantes dessa época. Entre as composições e os grupos estão: “Armadilha” (Finis Africae), “Juvenília” (RPM), “Hoje” (Camisa de Vênus), “Camila, Camila” (Nenhum de Nós), “Carta aos missionários” (Uns e Outros), “Toda forma de poder” (Engenheiros do Havaii), “A novidade” (Os Paralamas do Sucesso), “Me chama” (Lobão), “Angra dos Reis” (Legião Urbana), “Quem me olha só” (Barão Vermelho) e “Estado violência” (Titãs). O disco ainda contou com as participações do rapper paulista Suave, em “Múmias”, de Renato Russo (do primeiro disco do Biquini Cavadão); Érika, do grupo Penélope em “Educação sentimental II” e de Kid Abelha e Egipsio (integrante do Tihuana) na faixa “Hoje”. Ainda em 2001, foi lançada uma caixa contendo os quatro primeiros discos gravados pelo grupo entre 1986 e 1991. No ano de 2002, a banda fez show de lançamento do CD “80” no Sesc de São João de Meriti e no Sesc de Madureira, no Rio de Janeiro. Ainda neste ano, ao lado de Branco Mello, Nando Reis, Jair Oliveira, Penélope, Arnaldo Antunes e Frejat, participou do CD da ópera-rock “Eu e meu guarda Chuva”, com composições de Branco Mello em parceria com Ciro Pessoa, produzido por Luiz Carlos e Bruno Gouveia. Neste mesmo ano, ao lado de Luciana Mello, Chico César, Ivete Sangalo, Sandra de Sá, Paula Toller, Ed Motta e Engenheiro do Hawaii, participou do disco “Um barzinho e um violão”, da gravadora Universal Music, disco no qual a banda interpretou “Sobradinho”, de autoria de Sá e Guarabyra. Em 2004 apresentou no evento “Ceará Music Festival”. Na ocasião gravou o primeiro CD e DVD, lançado no ano de 2005 em comemoração aos 20 anos de carreira do grupo. No CD foram incluídos os sucessos “Vento ventania”, com a participação especial do jamaicano Papa Winnie e ainda outras composições do grupo, entre elas, “Tédio”, “Timidez”, “Janaína”, “Zé Ninguém” e “Impossível”, além das inéditas “Quanto demora um mês”, “Vou te levar comigo” e “Dani”. No disco o grupo também interpretou “Camila, Camila” (do grupo Nenhum de Nós), “Chove chuva” (Jorge Benjor) e “Toda forma de poder” (Engenheiros do Havaí). Algumas faixas como “Cai água, cai barraco” e “No mundo da lua” somente estão presentes no DVD. No ano de 2006 o disco “Ao vivo” já acumulava mais de 100 mil cópias vendidas e a banda mantinha agenda com a previsão de 150 shows, entre elas a apresentação no “Festival Ceará Music”, no qual a banda tem um dos maiores fãs clubes, mais específicamente em Fortaleza.
(vários)
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Os 4 primeiros álbuns em CD
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
ALEXANDRE, Ricardo. Dias de Luta – O Rock e o Brasil dos Anos 80. Porto Alegre, Rio Grande do Sul: Arquipélogo Editorial Ltda, 2ª ed., 2013.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.
DAPIEVE, Arthur. BRock: o rock brasileiro dos anos 80. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995.
PASCHOAL, Marcio. Pisa na fulô mas não maltrata o carcará – Vida e obra do compositor João do Vale, o poeta do povo. Rio de Janeiro: Lumiar Editora, 2000.