0.000
Nome do Grupo
Os Incríveis
Componentes

Mingo

Risonho

Manito

Netinho

Neno

Dados Históricos e Artísticos

Grupo de rock brasileiro.

Formado por Domingos Orlando, o Mingo – 1/1/1943 – São Paulo, SP): Voz e guitarra

Waldemar Mozema, o Risonho – 11/8/1943 – São Paulo, SP): guitarra

Antônio Rosas Seixas, o Manito – 3/4/1944): teclados e saxofone

Luiz Franco Thomaz, o Netinho – 5/4/1947): bateria

Demerval Teixeira Rodrigues, o Neno – 15/6/1942 – São Paulo, SP): baixo

O grupo surgiu em 1963 por idéia do guitarrista Mingo, que

saíra do conjunto The Jet Blacks e sugeriu a Antônio Aguilar a formação de um novo conjunto, que foi registrado com o nome de The Clevers. No mesmo ano, foram apresentados pelo cantor Francisco Petrônio a Diego Mamuleira, o famoso cantor e compositor sertanejo Palmeira, diretor da Continental, que os contratou. No mesmo ano, apresentaram-se no programa Antônio Aguilar e gravaram o primeiro disco, interpretando “Afrika” e “El relicário”. O sucesso do compacto levou a Continental a lançar o LP “Encontro com The Clevers”.

No mesmo ano receberam da Revista do Rádio o troféu “Favoritos da nova geração” como o melhor conjunto do ano. Apresentaram-se também no programa “Encontro com a juventude”, na Tv Excelsior de São Paulo. Em 1964 lançaram o LP “Os incríveis The Clevers”, pela Continental, que tornou-se um dos mais vendidos do ano. Em julho do mesmo ano embarcaram para a Itália, a fim de acompanhar a cantora Rita Pavoni em excursão pela Europa. Em seguida gravaram “Datemi um martello”, que já havia sido sucesso na voz da cantora italiana, que ficara noiva de Netinho, o baterista do grupo. No mesmo período adotam o novo nome de Os Incríveis e fizeram excursão à Argentina.

Em 1965, apresentaram-se no Uruguai, ao lado do cantor americano Neil Sedaka. No mesmo ano participaram na TVRecord, em São Paulo, da estréia do programa “Jovem Guarda” e também lançaram o LP “Os incríveis”, que trazia a primeira versão da música “O Milionário”, grande sucesso instrumental do grupo.

Em 1966 viajaram para fazer shows na cidade de Liverpool na Inglaterra. A viagem foi a bordo do navio Princesa Leopoldina e, durante o persurso, realizaram shows todas as noites. No mesmo ano gravaram, em Londres, a música “Mother put sugar on me”, apresentada na época como samba, e cuja versão, “Mamãe passou açúcar em mim”, foi gravada com grande sucesso por Wilson Simonal.

No mesmo ano,lançaram outro LP com o título “Os Incríveis”, cuja capa com a foto do grupo sobre fundo amarelo foi, anos mais tarde, utilizada para relançar o quinto LP, com o título de “O Milionário”.

Em 1967 estreou nos cinemas do Rio e de São Paulo o filme “Os Incríveis nesse mundo louco”, gravado no navio Princesa Isabel, durante a viagem para a Inglaterra no ano anterior. No mesmo ano, apresentaram-se para o rei Olav V da Noruega, durante recepção do governador de São Paulo Abreu Sodré. Também, na mesma época, fizeram grande sucesso com “Era um garoto que amava os Beatles e os Rolling Stone”, versão de Brancato Júnior.

Em 1968 receberam o troféu Chico Viola como “Conjunto intrumental da juventude”.Na mesma época apresentaram na TV Excelsior o programa “Mundo louco”. No mesmo ano viajaram para apresentações no Japão e ganharam o troféu Roquete Pinto.

Em 1970 gravaram “Eu te amo meu Brasil”, de Dom e Ravel, que foi muito identificada com o regime militar, o que acarretou em perda de popularidade para o grupo. Ainda gravaram alguns discos em fins da década de 1970 e realizaram alguns shows pelo país, com variadas formações, sem, entretanto, lograr mais o mesmo sucesso anterior.

Em 2001, participaram de show no Boulevar em Nova Parnamirim no Rio Grande do Norte, juntamente com as bandas The Fevers, Renato e Seus Blue Caps e Pholhas, relembrando antigos sucesso da jovem Guarda.Em 2005, o grupo participou de diversos eventos e shows comemorativos dos 40 anos da Jovem Guarda. Nesse ano, participaram, em São Paulo, das gravações de CD e DVD ao vivo, ao lado de Erasmo Carlos, Wanderléa, Golden Boys e outros expoentes da Jovem Guarda. Ainda na esteira das comemorações, seus integrantes participaram da gravação do DVD dos Originals, grupo formado com ex-integrantes, do grupo e também dos grupos Renato e seus Blue Caps e The Fevers. O CD/DVD foi lançado na FENAC Barrashopping, no Rio de Janeiro, em agosto.

Discografias
1994 BMG Ariola LP Os Incríveis e seus maiores sucessos
1981 RCA Victor LP Os Incríveis
1979 RCA Victor LP Sucesso das paradas
1975 RCA Victor LP Isto é a felicidade
1973 RCA Victor LP "Os Incríveis"-Mingo, Nenê e Risonho
1971 RCA Victor LP 1910
1970 RCA Victor LP Os Incríveis
1969 RCA Victor LP Os Incríveis
1968 RCA Victor LP Os Incríveis internacionais
1967 Continental LP Os Incríveis nesse mundo louco
1967 RCA Victor LP Para os jovens que amam os Beatles, Rolling Stones e...Os Incríveis
1966 Continental LP Os Incríveis
1965 Continental LP Os Incríveis
1964 Continental LP Dançando com The Clevers
1964 Continental 78 Il tancaccio/Clevers surf
1964 Continental 78 Jalousie/Veneno
1964 Continental LP Os Incríveis vol. 2-The Clevers
1964 Continental LP Os Incríveis-The Clevers
1963 Continental 78 Afrika/El relicário
1963 Continental 78 El novillero/Maria Cristina
1963 Continental LP Encontro com The Clevers
Obras
Estou a perigo (Nenê)
Clevers (Neno)
Declaro paz (Nenê)
Don Pepe Legal (Mingo)
Embora (Nenen e Brancato Júnior)
Eu sou humilde (Nenê)
Everything's gonna be all right (Mingo)
Gabriela (Fred Jorge e Mingo)
I want you baby (Mingo)
Look at my eyes (Mingo)
Mamãe passou açúcar em mim (Carlos Imperial e Mingo)
Mundo de amor (Nenê)
O magnário (Risonho)
Ogum (Hélio Matheus e Nenê)
One more time (Mingo)
Praias do sul (Risonho e Mingo)
Pressa (Nenê)
Quando vejo o sol (Nenê e Ravel)
Renascerá (Los Brincos e Mingo)
Seu sol (Pisca e Netinho)
Teu tua mãe num qué (Nenê)
Uma rosa para Dita (Nenê)
Você não foi aquilo que pensei (Mingo)
Bibliografia crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.