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Nome do Grupo
Os Novos Baianos
Componentes

Luís Galvão

Moraes Moreira

Paulinho Boca de Cantor

Baby Consuelo

Pepeu Gomes

Dadi

Jorginho

Baixinho

Bolacha

Dados Históricos e Artísticos

Grupo vocal e instrumental formado por Galvão (letrista), Moraes Moreira (vocal e violão), Paulinho Boca de Cantor (vocal e pandeiro), Baby Consuelo (vocal e percussão), hoje Baby do Brasil, Pepeu Gomes (guitarra, viola, violão e bandolim), Dadi (baixo e violão), Jorginho (bateria, guitarra, cavaquinho, uculelê e bongô), Baixinho (bateria e bumbo) e Bolacha (bongô e percussão).

O grupo ingressou no cenário artístico em 1968, com o espetáculo “Desembarque dos bichos depois do dilúvio”, realizado em Salvador, apresentado por Galvão, pelos cantores Paulinho Boca de Cantor, Moraes Moreira, Baby Consuelo e pelo guitarrista Pepeu Gomes.

No ano seguinte, participou do V Festival de Música Popular Brasileira da TV Record (SP) com a canção “De Vera” (Moraes e Galvão), incluída no repertório de seu primeiro LP, “Ferro na boneca”.

Em 1972, o conjunto incorporou o baixista carioca Dadi e os percussionistas Jorginho, Baixinho e Bolacha.

Redirecionado musicalmente pela influência de João Gilberto, gravou seu segundo LP, “Acabou chorare”, com destaque para a canção-título (Moraes e Galvão) e para uma releitura de “Brasil pandeiro” (Assis Valente). Nessa época, seus integrantes passaram a morar comunitariamente em um sítio localizado em Vargem Grande (RJ), onde ensaiavam, compunham e jogavam futebol, paixão que motivou o título de seu quarto LP, “Os Novos Baianos Futebol Clube”. Neste disco, destacam-se uma versão contemporânea de “Samba da minha terra” (Dorival Caymmi) e outras parcerias de Moraes e Galvão, como “Sorrir e cantar como Bahia” e “Só se não for brasileiro nesta hora”.

O conjunto lançou, ainda, os LPs “Linguagem do Alunte” (1974), “Vamos pro mundo” (1975), “Praga de baiano” (1976), “Caia na estrada e periga ver” (1977), “O melhor dos Novos Baianos” (1978) e “Farol da Barra” (1979), dissolvendo-se, em seguida, depois de várias apresentações. Moreira, Paulinho, Baby e Pepeu iniciaram suas carreiras solo. O baixista Dadi formou, com o irmão Mu, Armandinho, Gustavo e Ary, o conjunto A Cor do Som.

Em 1997, Galvão publicou o livro “Anos 70: Novos e baianos” pela Editora 34 (SP), relatando a trajetória do conjunto. Ainda nesse ano, o grupo voltou a se reunir para a gravação do CD “Infinito circular”, apresentando-se em show no Metropolitan (RJ).

Em 2007, o clássico “Acabou Chorare”, disco lançado em 1972, encabeçou a lista dos 100 melhores discos de música brasileira de todos os tempos, segundo votação realizada pela publicação “Rolling Stone”. Nesse mesmo ano, Moraes Moreira lançou, em linguagem de cordel, o livro “A história dos Novos Baianos e outros versos” (Língua Geral Editora).

Em 2011, foi lançado no circuito comercial o documentário “Filhos de João: o admirável mundo Novo Baiano”, dirigido e roteirizado por Henrique Dantas.

Em 2016, o grupo reuniu-se novamente no encerramento do festival “Eu sou a Concha”, que celebrou a  reinauguração da Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador, palco dos primeiros shows no começo da carreira do grupo. Daí , bastou um passo para a ideia da turnê “Acabou Chorare: os novos baianos se encontram”. No repertório, clássicos do célebre e homônimo disco do grupo, tais como “Preta pretinha”, “Brasil Pandeiro”, “Acabou chorare”, “Mistério do planeta”, “A menina dança”, “Tinindo trincando” e “Besta é tu”, além de sucessos de outros discos, como “O samba da minha terra”, e ainda clássicos de Dorival Caymmi, João Gilberto, Ary Barroso e David Nasser.

Em 2017, a música “Linguagem do alunte”, gravada pelo grupo em 1974, foi selecionada para a trilha sonora da série “Os dias eram assim”, exibida pela Rede Globo. Ainda em 2017, a banda lançou o DVD da turnê “Acabou Chorare: os Novos Baianos se encontram”

Discografias
1997 PolyGram CD Infinito circular
1995 Continental CD Mestres da MPB
1979 CBS LP Farol da Barra
1979 CBS LP Trio Elétrico Novos Baianos
1978 Continental LP O melhor dos Novos Baianos
1977 Tapecar LP Caia na estrada e periga ver
1976 Tapecar LP Praga de baiano
1975 Som Livre LP Vamos pro mundo
1974 Continental LP Linguagem do Alunte
1973 Continental LP Os Novos Baianos Futebol Clube
1972 Som Livre Acabou chorare
1971 PolyGram Compacto simples Os Novos Baianos final do juízo
1969 RGE LP Ferro na boneca
Shows
2016 Citibank Hall. SP . “Acabou Chorare: os novos baianos se encontram”.
2016. BH Hall, BH “Acabou Chorare: os novos baianos se encontram”.
2016. Metropolitan, RJ “Acabou Chorare: os novos baianos se encontram”.
Desembarque dos bichos depois do dilúvio. Salvador,.
Infinito circular. Metropolitan. Rio de Janeiro.
Bibliografia crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

GALVÃO, Luís: Anos 70: Novos e baianos. São Paulo: Editora 34, 1997.

MOREIRA, Moraes. A história dos Novos Baianos e outros versos. Rio de Janeiro: Língua Geral Editora, 2007.