
Campanha
Cuiabano
Cantores, dupla sertaneja. Compositores.
Antônio Campanha, o Campanha – Monte Alto, SP – 5/12/1925.
Olívio Campanha, o Cuiabano – Monte Alto, SP – 5/3/1928 – São José do Rio Preto – 16/6/1981.
Campanha começou tocando no “Nosso Circo” de São José do Rio Preto. Irmãos, Antônio e Olívio formaram a dupla em 1948. Iniciaram se apresentando na Rádio Rio Preto PRB-8 com o nome artístico de Irmãos Campanha ou então de Campanha e Seu Irmão. Em 1952, foram para São Paulo onde fizeram teste na Rádio Nacional. Foram aprovados e lá se apresentaram durante vários anos. Por sujestão dos compositores Arlindo Pinto e Anacleto Rosas Jr. adotaram o nome artístico de Campanha e Cuiabano.
Em 1953 gravaram o primeiro disco, interpretando o cururu “Barra bonita”, de Arlindo Pinto e Priminho e a moda campeira “Pião vira-mundo”, de Campanha e Benedito Seviero. Em 1954, conheceram o acordeonista Celinho que os acompanhou durante dez anos, mas apenas em apresentações ao vivo, sem no entanto, terem gravado nenhum disco. Em 1957, gravaram seu maior sucesso, a moda de viola “Meu passarinho”, de Campanha e Zé Rosa. Em 1960, gravaram o tango “Não sou culpado”, de Campanha e Jeca Mineiro. Em 1961 fizeram sucesso com “Desprezo de amor”, de Souza e Campanha e “Um berrante na solidão”, de Ramon Cariz e George AB. Em 1962 gravaram “Rolinha cabocla”, de João Pacífico e Raul Torres. Em 1963 registraram “Lá na fazenda”, de Francisco Lacerda e Ricardo Jardim.
Em 2000 a BMG lançou dentro da série “Luar do sertão”, o CD “Campanha e Cuiabano”, com 14 sucessos da dupla, incluindo, entre outras, a moda-de-viola “Meu passarinho”.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.