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Termo
Bloco dos Arengueiros
Dados Históricos e Descrição

Bloco carnavalesco originado no morro de Mangueira que serviu de embrião para o nascimento da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira.
O ano de fundação foi 1923, segundo depoimento de Maçu ao jornal Correio da Manhã, em 26 de novembro de 1967. Entre os presentes no ato da fundação estavam Marcelino José Claudino (Maçu), Cartola,
Manoel Joaquim, Pimenta, Carlos Cachaça, Zé Espinguela, Francisco Ribeiro (Chico Porrão), Fiúca, Gradim, Babaú da Mangueira, Homem Bom e os irmãos Saturnino, Rubens, Antonico e Arthur Gonçalves.
O bloco tornou-se famoso pelas brigas que invariavelmente arrumava quando saía para desfilar. Segundo o compositor Carlos Cachaça, em depoimento gravado ao Museu da Imagem e do Som, em 26 de fevereiro de 1992, um embate conhecido era o encontro dos Arengueiros com o Bloco Faz Vergonha, na praça Maracanã.
Foi na agremiação que Maçu, exímio capoeirista, se destacou como protetor do estandarte, fato que o fez criar mais tarde o conjunto de mestre-sala e porta-bandeira nas escolas de samba, sendo ele próprio o pioneiro nesta arte, segundo o poeta e pesquisador de MPB Sérgio Gramático na biografia “Maçu da Mangueira – Primeiro Mestre-Sala do Samba”.
O bloco deu contribuição fundamental para a criação da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, que, em sua noite de fundação, teve quatro ex-Arengueiros, entre seus sete fundadores. Um deles, Saturnino Gonçalves (Pai de Dona Neuma), foi inclusive o primeiro presidente da nova agremiação.
O bloco foi extinto com o surgimento da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira.