
Tipo de canção muito comum no sul e sudeste do país, semelhante à moda-de-viola. Seu ritmo lembra a guarânia ou o rasqueado, mas com um andamento mais lento. É tocada em compasso 3/4. O compositor Anacleto Rosas Jr. seria, segundo o pesquisador Ayrton Mugnmaini Jr., o pioneiro desse gênero. Para o produtor Braz Baccarin a moda campeira seria uma espécie de “rasqueado mal tocado”. A dupla Tonico e Tinoco foi uma das que muito cantaram essa modalidade, gravando, ao longo da carreira, 17 modas campeiras: “Besta ruana”, de Tonico e Ado Benatti; “Burro picaço”, de Anacleto Rosas Jr; “Caboclo”, de Anacleto Rosas Jr e Capitão Barduíno; “Campeiro”, de Tonico; “Criolo”, de Nhô Crispim; “Cão de boiadeiro”, de Tonico e Hilário de Almeida; “Cavalo preto”, de Anacleto Rosas Jr; “Filho de Mato Grosso”, de Anacleto Rosas Jr; “Mandamento do motorista”, de Tonico, Ado Benatti e Sulino; “Parada dos tropeiros”, de Tonico, Tinoco e Hilde Moreira; “Pião Mineiro”, de Tonico e Carlito; “Recado”, de Anacleto Rosas Jr e Arlindo Pinto; “Rei da guasca”, de Tonico e Anacleto Rosas Jr; “Rei do volante”, de Paiosinho; “Tempo de carreiro”, de Benedito F.Moreira; “Veio pai”, de Chiquinho e Zé Tapera, e “Vida de operário”, de Marumby, D.Hilário e Nhô Neco. São vários os compositores e duplas que cultivam essa forma, como Teddy Vieira, que compôs modas campeiras como, entre outras, “Geada do Paraná”, gravada por Tião Carreiro e Pardinho. Entre outras gravações de modas campeiras podem ser lembradas “Gaúcho boiadeiro”, de Zulmiro lançada em 1951 pelo Trio Mineiro, “Touro selvagem”, de Paiolzinho, pela dupla Paiolzinho e Zé Tapera em 1956, e “Motorista do Brasil”, de Lourival dos Santos e Tião Carreiro gravada pela dupla Tião Carreiro e Pardinho.