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Termo
G. R. E. S. Imperatriz Leopoldinense
Dados Históricos e Descrição

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense foi fundado em 6 de março de 1959 por Amaury Jório, José da Silva (Zé Gato), Elísio Pereira de Mello, Agenor Gomes Pereira, Vicente Venâncio da Conceição, Jorge Costa (Tinduca), Manoel Vieira (Sagui), Aloísio Soares Braga (Índio), Francisco José Fernandes(Canivete) e Osvaldo Gomes Pereira (seu primeiro presidente), entre outros dissidentes da Recreio de Ramos, presentes na reunião na casa de Amaury Jório. Em sua bandeira, são lembrados através de 11 estrelas douradas, os bairros da Leopoldina, sendo as cores desta bandeira a ouro, a verde e a  branca, recordando as cores de sua Escola madrinha – a Império Serrano. No livro de ata da fundação da escola, consta que o nome da agremiação foi inspirado na linha de ferro Leopoldina, e ainda de acordo com a ata, esse fato se deu, para que a escola tivesse um nome que representasse todo o subúrbio da Leopoldina. Inclusive a coroa, símbolo da da escola, é uma referência à coroa do Primeiro Reinado, ou seja, reinado no qual a Imperatriz Leopoldina governou o Brasil. No mesmo ano de 1959, a escola conseguiu o Alvará de Localização, sendo a pioneira neste fato, ficando a sede por cinco anos, na casa do próprio Amaury Jório.

Em 1959 recebeu Menção Honrosa no Concurso de Ornamentação da cidade do Rio de Janeiro. Em 1967 a escola inovou ao criar o primeiro Departamento Cultural de uma escola de samba. Amaury Jório connvidou o médico e pesquisador Hiram Araújo para presidi-lo. Segundo Hiram Araújo, no livro “Carnaval – Seis Mil Anos de História”,  inicialmente começou desfilando no Grupo 3, em 1960, classificando-se em sexto lugar com o enredo “Homenagem à Academia de Letras”.

Em 1961, passou para o Grupo 2, após a vitória com o enredo “Riquezas e Maravilhas do Brasil”. No ano seguinte, conseguiu o quinto lugar com o enredo “Rio no século XVIII, Homenagem a Carlos Gomes de Andrade, O Conde de Borbadela”.

Em 1963, ainda desfilando pelo Grupo 2, classificou-se em terceiro lugar com o enredo “Três Capitais”. No ano posterior foi vice-campeã do Grupo 2 com o enredo  “A Favorita do Imperador-Marquesa de Santos”, subindo para o primeiro grupo.

Em 1965, tirou o 10º lugar no primeiro grupo com o enredo “Homenagem ao Brasil no IV Centenário do Rio de Janeiro”, descendo para o segundo grupo, por não ter feito um bom desfile, tendo em vista a verba que empregou na nova sede, situada à rua Professor Lacê, 235, em Ramos.

Em 1966, obteve o 2º lugar no Grupo 2 com o enredo “Monarquia e Esplendor da História”.

Em 1967, obteve o nono lugar no Grupo 1 com o enredo “Vida Poética de Olavo Bilac”. Neste mesmo ano, Amaury Jório convidou para integrar o Departamento Cultural Oswaldo Macedo, Ilmar de Carvalho, Fernando Gabeira e Hiram Araújo.

Em 1968, tirou o segundo lugar no Grupo 2 com o enredo “Bahia em Festa”, com samba-enredo de Bide e Carlinhos Sideral. No ano seguinte, obteve o oitavo lugar no Grupo 1 com o enredo “Brasil, Flor Amorosa de Três Raças”, com samba-enredo de Carlinhos Sideral e Matias de Freitas, considerado por Pixinguinha um dos melhores sambas-enredos de todos os tempos.

Em 1970, classificou-se em sexto lugar no Grupo 1 com o enredo “Oropa, França e Bahia”, uma homenagem à Semana de Arte de 1922, com samba-enredo de Carlinhos Sideral e Matias de Freitas. No ano seguinte tirou o sétimo lugar do Grupo 1 com o enredo “Barra de Ouro, Barra de Rio, Barra de Saia”. Nos anos posteriores, ficaria alternando as suas posições entre o  primeiro e o segundo grupo com as seguintes colocações: 1972, quarto lugar no Grupo 1, com o enredo “Martim Cererê”, homenagem ao poeta paulista Cassiano Ricardo; 1973, quinto lugar do Grupo 1 com o enredo “ABC do Carnaval à Maneira da Literatura de Cordel”;  1974, sexto lugar do Grupo 1 com o enredo “Réquiem por um Sambista, Silas de Oliveira”; 1975, oitavo lugar do Grupo 1 com o enredo “A Morte da Porta-Estandarte”; 1976, oitavo lugar no Grupo 1 com o enredo “Por Mares Nunca Dantes Navegados”; 1977; nono lugar do mesmo grupo com o enredo “Viagens Fantásticas às Terras de Ibirapitanga”; 1978, segundo lugar do Grupo 2 com o enredo “Vamos Brincar de ser Criança”; Só em 1979, recuperou-se definitivamente, firmando-se no Grupo 1A, obtendo o sétimo lugar com o enredo “Oxumaré, A Lenda do Arco-Íris”. Sob a direção do carnavalesco Arlindo Rodrigues a escola fez quatro carnavais que marcaram a sua  história: 1980, primeiro lugar com o enredo “O Quê que a Bahia Tem?”; 1981, primeiro lugar com o enredo “O Teu Cabelo Não Nega”;  1982, terceiro lugar com o enredo “Onde Canta o Sabiá” e em 1983, quarto lugar com o enredo “O Rei da Costa do Marfim Visita Chica da Silva em Diamantina”. Em 1984, quarto lugar com o enredo “Alô Mamãe”; 1985, sexto lugar com o enredo de João Felício dos Santos “Adolã, Cidade Mistério” e samba de Carlinhos Sideral; 1986, oitavo lugar com o enredo “Um Jeito para Ninguém Botar Defeito (Agüenta Coração); 1987, sexto lugar com o enredo “Estrela Dalva”; 1988, 14º lugar com o enredo “Conta Outra Que Essa Foi Boa”; 1989, primeiro lugar com o enredo “Liberdade, Liberdade, Abre as Asas Sobre Nós”.

Em 1990, a Escola passou a fazer parte do Grupo Especial ganhando o quarto lugar com o enredo “Terra Brasilis, o que se Plantou Deu”; 1991, terceiro lugar com o enredo “O Que é Que a Banana Tem? “; 1992, terceiro lugar com o enredo “Não Existe Pecado Abaixo do Equador” (que marcou a estreia da carnavalesca Rosa Magalhães): 1993, segundo lugar com o enredo “Marquês que é Marquês do Saçarico é Freguês”; 1994, primeiro lugar com o enredo “Catarina de Médicis na Corte dos Tubinambôs e Tabajéres”; 1995, primeiro lugar com o enredo “Mais Vale um Jegue que me Carregue, que um Camelo que me Derrube, lá no Ceará”; 1996, segundo lugar com o enredo “Leopoldina, Imperatriz do Brasil”; 1997, sexto lugar com o enredo “Eu Sou da Lira Não Posso Negar”, homenagem à compositora,  maestrina e pioneira da MPB, Chiquinha Gonzaga; 1998, terceiro lugar com o enredo “Quase Ano 2000”. Ganhou os campeonatos de 1980, 1981 e 1989, com enredos de Arlindo Rodrigues.

Na década de 1980, sob a presidência de Luiz Pacheco Drumond, iniciou uma escalada de sucesso em seus carnavais, colocando-se sempre entre as melhores escolas do Rio de Janeiro.

Em 1997, foi investido no cargo de Presidente da Escola Wagner Araújo.

Em 1999, desfilou com o enredo exaltando a defesa da terra às vésperas do terceiro milênio “Brasil Mostra a Tua Cara… Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae”, com samba  de César Som Livre, Waltinho Honorato, João Esteves e Eduardo Medrado. Neste mesmo ano foi campeã, ganhando o primeiro lugar no Grupo Especial. Quanto à Comissão de Frente, esta tem sido uma das principais atrações em seus desfiles, que vem sofrendo transformações –  na década de 1960, era composta por mulatas vestidas com fantasias deslumbrantes de acordo com o enredo; na década de 1980, trazia jogadores do futebol carioca e a nata dos sambistas; nos anos 90, a Comissão de Frente, ficou famosa por apresentar outra inovação; coreografia que representam dramaticamente o enredo e trazer jovens ligados a sua comunidade. Sua Ala das Baianas é pentacampeã do Estandarte de Ouro, seu casal de mestre-sala e porta-bandeira é composto por mãe e filho, Maria Helena e Chiquinho.  A sua carnavalesca mais famosa é Rosa Magalhães, carioca, filha do escritor e acadêmico Raimundo Magalhães Júnior, que foi membro do primeiro corpo de jurado do Concurso de Escolas de Samba, em 1932. Rosa herdou de sua mãe, Lúcia Benedetti, autora teatral, o prazer do estudo e da criação e de seu pai, o gosto pela pesquisa e uma vasta biblioteca. Formada em Pintura, pela Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro e em Cenografia, pela Escola de Teatro da Uni-Rio, foi também professora de Cenografia e Indumentária na Escola de Belas Artes da UFRJ e da Faculdade de Arquitetura Benett. Teve a sua estréia profissional em 1971, no Acadêmicos do Salgueiro, como desenhista de figurinos, levada por Fernando Pamplona. Trabalhou em teatro, televisão e cinema, exercendo funções de cenógrafa, figurinista, diretora e produtora de arte. Em 1982, conquistou para o Grêmio Recreativo e Escola de Samba Império Serrano, juntamente com Lícia Lacerda, o título do carnaval com o enredo “Bumbum Paticumbum Prugurundum”. Passou por outras Escolas de Samba como GRES Estácio de Sá e Salgueiro, retornando à Imperatriz Leopoldinense, em 1992.

No ano 2000, foi a campeã do desfile no Grupo Especial com o enredo “Quem descobriu o Brasil foi Seu Cabral, no dia 22 de abril, dois meses depois do Carnaval”.

Em 2001, a escola desfilou com o enredo “Cana Caiana, Cana Roxa, Cana Fita, Cana Preta, Amarela, Pernambuco… Quero Ver Descer o Suco na Pancada do Ganzá”. Neste mesmo ano, foi consagrada tricampeã.

No carnaval do ano de 2002, desfilou com o samba-enredo “Goytacazes… Tupi or not tupi, in a shouth american way!” de autoria de Marquinhos Lessa, Guga e Tuninho Professor, interpretado por Paulinho da Mocidade e com o qual a escola se classificou em 3º lugar no Grupo Especial.

No ano de 2003 desfilou com o samba-enredo “Nem todo pirata tem a perna de pau, o olho de vidro e a cara de mau” de Darcy do Nascimento, Brandãozinho da Imperatriz, Rubens Napoleão e Jorge Rita.

Em 2004 classificou-se em 5º lugar no Grupo Especial, desfilando com o samba-enredo “Breazail” (Jeferson Lima, Veneza, Carlos de Olaria, Me Leva e Guga), puxado po Davi do Pandeiro.

No ano de 2005 desfilou com o samba-enredo “Uma delirante confusão fabulística”, de Josimar, Evaldo Ruy, Jorge Artur, Jorginho e PC, tendo como intérprete  Ronaldo Ylé, classificando-se em quarto lugar no Grupo Especial.

Em 2006 classificou-se em 9º lugar com o samba-enredo “Um por todos e todos por um”, de Niltinho Tristeza, Amaurizão, Maninho do Porto e Tuninho Professor, puxado por Ronaldo Ylé.

No ano de 2007, no Grupo Especial, a escola classificou-se em 9º lugar com o samba-enredo “Teresinhaaaaa, uhuhuuu!!!! Vocês querem bacalhau?”, de Merrenga, Xande Sobrinho, Lula Inspiração, Bill Amizade e Aliomar.

No ano de 2008, com enredo da carnavalesca Rosa Magalhães, desfilou no Grupo Especial classificando-se em 6º lugar com o samba-enredo “João e Marias”, de Josimar, Di Andrade, Valtencir, Carlos Kind e Jorge Artur, puxado no Sambódromo por Preto Jóia.

Em 2009 a escola classificou-se em 7º lugar no Grupo Especial com a seguinte formação: presidente Luiz Pacheco Drummond; diretor de carnaval Wagner Araújo; carnavalesca Rosa Magalhães; mestre de bateria Marcone; rainha de bateria Luiza Brunet; mestre sala Ubirajara; porta bandeira Verônica; comissão de frente Alex Neoral; enredo “Imperatriz… Só quer mostrar que faz samba também”; autores do samba enredo Carlos Kind, Di Andrade, Valtenci, Jorge Artur e Josimar; intérprete Paulinho Mocidade.

No ano de 2010 a escola classificou-se em 8º lugar, no Grupo Especial, com o samba-enredo “Brasil de todos os Deuses!”, de autoria dos compositores Jeferson Lima, Flavinho, Gil Branco, Me Leva e Guga, puxado pelo cantor Dominguinho do Estácio.

No ano de 2011 a escola desfilou com enredo do carnavalesco Max Lopes e samba-enredo “A Imperatriz adverte: Sambar faz bem à saúde”, de Flavinho, Me Leva, Gil Branco, Tião Pinheiro e Drummond, tendo como intérprete Dominguinhos do Estácio, classificando-se no carnaval carioca em sexto lugar.

No ano de 2012 a escola desfilou no carnaval carioca pelo Grupo Especial, classificando-se em 10º lugar com o samba-enredo “Jorge Amado Jorge”, de Jeferson Lima, Ribamar, Alexandre D’Mendes, Cristovão Luiz e Tuninho Professor.

Em 2013 o G. R. E. S. Imperatriz Leopoldinense classificou-se em 4º lugar no carnaval carioca no Grupo Especial desfilando com o enredo “Pará – O Muiraquitã do Brasil”, dos carnavalescos Cahê Rodrigues, Mário e Kaká Monteiro; Diretor de Carnaval Wagner Tavares de Araújo; Diretor de Harmonia Guilherme Nóbrega; Mestre de Bateria Noca; Rainha de Bateria Cris Viana; Mestre Sala Phelipe Lemos; Porta Bandeira Rafaela Teodoro, com samba-enredo “Pará, o Muiraquitã do Brasil – Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia” composto por Me Leva, Gil Branco, Tião Pinheiro, Drummond, Maninho do Ponto, puxado por Dominguinhos do Estácio.

No ano de 2014 a escola classificou-se em 5º lugar, no Grupo Especial, desfilando com o samba-enredo “Artur X – O Reino do Galinho de Ouro na Corte da Imperatriz”, de Elymar Santos, Guga, Tião Pinheiro, Gil Branco e Me Leva, tendo como intérprete Wander Pires. Destacamos também Wagner Tavares de Araújo (Diretor de Carnaval); Cahê Rodrigues (Carnavalescos); Guilherme Nóbrega (Diretor de Harmonia); Noca (Mestres de Bateria); Cris Viana (Rainha de Bateria); Phelipe Lemos (Mestre-Sala); Rafaela Teodoro (Porta-Bandeira) e Débora Colker (Comissão de Frente).

No ano de 2015, tendo como presidente Luiz Pacheco Drumond; carnavalesco Cahê Rodrigues; autores do enredo e sinopse  Cahê Rodrigues, Marta Queiroz e Cláudio Vieira; diretor de bateria Márcio de Souza Cezário (Mestre Noca), auxiliado por Jairo Ribeiro, Fábio Rosa, Raphael Correa, Flávio Torres, Flávio Bruzaco, Orlando, André, Novato, Tikinho, Feijão, Nebim e Mauro Lobo; diretor de harmonia Junior Escafura; 1º Mestre Sala Phelipe Lemos  e 1ª Porta Bandeira Rafaela Theodoro, a escola desfilou com o samba-enredo “Axé, Nkenda! Um Ritual de Liberdade –  E que a Voz da Igualdade Seja Sempre a Nossa Voz!”, de autoria de Marquinho Lessa, Zé Katimba, Adriano Ganso, Jorge do Finge e Aldir Senna, puxado por Nêgo. A agremiação classificou-se em sexto lugar no desfile do carnaval carioca.

No ano de 2016 a escola classificou-se em 6º lugar do Grupo Especial, desfilando com o samba-enredo “É o Amor… Que mexe com minha cabeça e me deixa assim… – Do sonho de um caipira nascem os Filhos do Brasil”, de Zé Katimba, Adriano Ganso, Jorge do Finge, Moisés Santiago e Aldir Senna, tendo como carnavalesco Cahê Rodrigues; diretor de carnaval Wagner Tavares de Araújo; diretor de harmonia Luís Carlos Escafura; intérprete na avenida Marquinhos art’Samba; mestres de bateria Lolo; rainha de bateria Cris Vianna; mestre-sala Rogério Dornelles; porta-bandeira Rafaela Theodoro e comissão de frente criada por Débora Colker, além de Luiz Pacheco Drummond como presidente.

Em 2017 a Escola classificou-se em 7º lugar no desfile do Grupo Especial, desfilando com o samba-enredo “Xingu, o Clamor da Floresta”, dos compositores Moisés Santiago, Adriano Ganso, Jorge do Finge e Aldir Senna.

No ano de 2018 a Escola classificou-se em oitavo lugar do Grupo Especial do carnaval carioca, comandada pelo carnavalesco Cahê Rodrigues, desfilando na avenida com o samba-enredo “Uma Noite Real no Museu Nacional”, dos compositores Jorge Arthur, Maninho do Ponto, Julio Alves, Márcio Pessi e Piu das Casinhas, interpretado por Arthur Franco.

Em 2019 a escola classificou-se em 13º lugar no desfile do Grupo Especial com o samba-enredo “Me dá um dinheiro aí!”, dos autores Elymar Santos, Maninho do Ponto, Júlio Alves, Dudu Miler, Márcio Pessi e Jorge Arthur, puxado na avenida por Arthur Franco, tendo como carnavalescos Mário Monteiro e Kaká Monteiro. Por este resultado a escola foi rebaixada para o Grupo de Acesso A.

No ano de 2020 a Escola tornou-se a campeã do Grupo de Acesso A com a reedição do samba-enredo de 1981 intitulado “O teu cabelo não nega”, de autoria de Gibi, Serjão e Zé Katimba, tendo o título modificado para “Só dá Lalá”. A mudança, segundo o carnavalesco Leandro Vieira, foi devido a adequação contemporânea às questões sociais atuais e ao retorno de intérprete Preto Jóia à Escola, dividindo o microfone com Arthur Franco. Outro destaque do desfile se deu por conta da Rainha de Bateria, a cantora e compositora Iza, também oriunda do bairro de Olaria, desfilando como destaque pela primeira vez na escola, que foi alçada ao Grupo Especial para o desfile do ano posterior.

Após o carnaval, ainda em 2020,  a carnavalesca Rosa Magalhães retornou depois de onze anos de seu último carnaval na agremiação. Ela chegou com o coreógrafo Renato Vieira, o diretor de carnaval Júnior Schall e o intérprete Bruno Ribas. Em julho do mesmo ano o presidente, Luiz Pacheco Drummond, morreu aos 80 anos, vítima de  Acidente Vascular Cerebral com o filho, Marcos Drumond, assumindo a presidência até novembro, quando renunciou o mandato por motivos pessoais. Foi substituído por Cátia Drumond, também filha de Luizinho.

Em 2021 o enredo escolhido foi uma homenagem ao carnavalesco Arlindo Rodrigues, morto em 1987, que foi carnavalesco da escola em 1980 e 1981, quando a Imperatriz conquistou seus dois primeiros títulos de campeã do carnaval. O nome do enredo foi “Meninos, eu vi… onde canta o sabiá, onde cantam Dalva e Lamartine”. Com a pandemia de COVID-19 o desfile das escolas de samba de 2021 foi cancelado. Antes do fim de ano, o coreógrafo Renato Vieira deixou a escola e foi substituído por Thiago Soares. Também saiu o intérprete Preto Joia, permanecendo Arthur Franco e Bruno Ribas como intérpretes.

No ano de 2022, por conta da disseminação da Ômicron, nova variante do vírus de COVID-19, o desfile foi transferido para o mês de abril, durante o feriado de Tirandentes. A Imperatriz foi a primeira escola a desfilar conseguindo o décimo lugar. A Ala das Baianas foi premiada com o estandarte de ouro. Rosa Magalhães se desligou da escola após o desfile.

Em 2023 a escola foi campeã com o enredo “O aperreio do cabra que o Excomungado tratou com má-querença e o Santíssimo não deu guarida”.  O enredo teve a autoria do carnavalesco Leandro Vieira, que substituiu Rosa Magalhães. Os compositores do samba foram Antônio Crescente, Gabriel Coelho, Luiz Brinquinho, Me Leva, Miguel da Imperatriz e Renne Barbosa. O enredo foi inspirado nos cordéis de José Pacheco  “A Chegada de Lampião no Inferno” e “O grande debate que teve Lampião com São Pedro”.

No ano de 2024 a Escola desfilou com samba-enredo “Com a sorte virada pra lua, segundo o testamento da cigana Esmeralda”, de autoria de Jeferson Lima, Rômulo Meirelles, Jorge Goulart, Sílvio Mesquita, Carlinhos Niterói, Bello, Gabriel Coelho, Luiz Brinquinho, Miguel da Imperatriz, Antônio Crescente, Rennê Barbosa e Me Leva, tendo como intérprete Pitty de Menezes, como Carnavalesco Leandro Vieira, Diretor de Carnaval Mauro Amorim e André Bonatte, Mestre de Bateria Lolo, Rainha de Bateria Maria Mariá, Mestre-Sala e Porta-Bandeira Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro, com a Comissão de Frente dirigida por Marcelo Misailidis. O carnavalesco obteve inspiração na história “O Testamento da Cigana Esmeralda”, de Leandro Gomes de Barros, cordelista paraibano do final do século XIX. Neste ano a Escola classificou-se em 2º lugar no desfile do Carnaval Carioca na Marquês de Sapucaí.

No ano de 2025 a Escola classificou-se em 3º lugar do Grupo Especial no desfile da Marquês de Sapucaí.

 

BIBLIOGRAFIA CRÍTICA:

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Edição Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Esteio Editora, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.