
Festa popular de tradição portuguesa que se desenvolvia nas ilhas africanas de Cabo Verde e da Madeira como diversão bastante rústica que precedia a quaresma. No entrudo, apenas uma brincadeira, não havia música nem dança. Como elemento principal do festejo, destacavam-se os limões-de-cheiro – pequenos objetos com a forma e o tamanho de uma laranja, feitos de cera fina, com água suja e outras impurezas dentro, quase sempre urina humana. Apesar de intensamente reprimido, e posteriormente proibido pela polícia, o entrudo tinha acolhida não apenas entre as classes populares. Diz-se que D. Pedro I e o filho D. Pedro II foram adeptos dos limões-de-cheiro. O entrudo caiu em declínio no início do século XX a partir das transformações introduzidas pelo prefeito Pereira Passos, cedendo lugar ao confete, à serpentina e ao lança-perfume.