
Crítico. Poeta (concretista). Jornalista.Tradutor. Nascido no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro. Seu pai era funcionário da prefeitura, fiscalizando o setor de diversões. Isso lhe proporcionou a possibilidade de entrar de graça nos cinemas. Desde a adolescência freqüentava as salas de cinema com um olhar crítico, pois anotava a ficha técnica de todos os filmes que via. Na mesma época, encontrou uma antiga coleção de discos de Carlos Gardel, deixada pelos antigos proprietários de sua casa. Começou então sua grande paixão pela música e particularmente pelo cantor e compositor Gardel (chegou a possuir uma das maiores coleções deste artista no país, com mais de 700 gravações). Formou-se em Direito e trabalhou na Fundação Getúlio Vargas. Colaborou em diversos jornais: Correio da Manhã, Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo. Fez parte do Conselho Superior de MPB, do Museu da Imagem e do Som, e do Conselho Superior de Cinema. Foi casado com d. Ecila Azevedo Grünewald e pai de Rodrigo e Bernardo. Faleceu no Rio de Janeiro, aos 69 anos, de câncer.
Começou no jornalismo em 1956, no suplemento literário do Jornal do Brasil, por intermédio do poeta Mário Faustino. Nessa época, o movimento concretista de Augusto, Haroldo de Campos e Décio Pignatari se espalhava pelo país, tendo em José Lino Grünewald um de seus representantes no Rio de Janeiro. Durante muitos anos foi crítico de cinema e de música popular, tornando-se um especialista na nouvelle vague francesa, em Gardel e no gênero tango, e nos cantores da velha-guarda da MPB, tais como: Orlando Silva, Francisco Alves, Carlos Galhardo, entre outros. Foi um assumido crítico do estilo de João Gilberto. Costumava dizer que: “O que me fascina é vozeirão e não esse negócio de bim-bom pra lá, bim-bom pra cá…”. Recebeu o Prêmio Jabuti em 1987, pela tradução de “Os cantos”, de Erza Pound. Traduziu várias obras literárias. Organizou várias coletâneas de poesia pela Editora Nova Fronteira (“Grandes sonetos da nossa língua”, “Grandes poetas da língua inglesa do século XIX”, “Poetas franceses do século XIX” e “Poetas da Inconfidência”). Publicou “Carlos Gardel, Lunfardo e tango”, “Escreviver” e “Pedras de toque da poesia brasileira”.