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Nome artístico
Eneida
Nome verdadeiro
Eneida de Villas-Boas Costa de Moraes
Data de nascimento
23/10/1904
Local de nascimento
Belém, PA
Data de morte
27/4/1971
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Jornalista. Escritora. Em 1919, assumiu o cargo de secretária da Revista Literária “A Semana”, em Belém. Depois de 10 anos, em 1929, lançou seu primeiro livro de poemas: “Terra Verde”.

Em 1929, foi para o Rio de Janeiro. Nesta cidade, trabalhou em vários jornais, dentre eles “A Manhã”, cujo dono foi o Barão de Itararé. Durante a ditadura do Estado Novo de Vargas, esteve presa ao lado de intelectuais do porte de Graciliano Ramos que a fez personagem de seu livro “Memórias do Cárcere”. Em 1950, trabalhou como cronista do “Diário de Notícias”, cargo que ocupou até a sua morte. Criou o famoso “Baile do Pierrô”, realizado todos os anos nas boates de Copacabana, no qual compareciam artistas, escritores, cantores e personalidades fantasiados de pierrô. Lançou, em 1958, o livro “A História do Carnaval Carioca”. Durante muito tempo atuou como jurada dos desfiles das escolas de samba. Em 1965, a Acadêmicos do Salgueiro desfilou com um enredo baseado em seu livro “A História do Carnaval Carioca”. A escritora participou do desfile integrando a Ala dos Pierrôs e a escola sagrou-se campeã. Em 1968, escreveu e apresentou em palco o show “Carnavália”, com produção e direção de Sidney Miller e Afonso Grisoli. Neste show, além de relançar a cantora Marlene, reuniu no mesmo palco do Teatro Casa Grande do Rio de Janeiro o cantor e compositor Blecaute e Nuno Roland. O show foi gravado pelo Museu da Imagem e do Som, com produção de Ricardo Cravo Albin, diretor do Museu, do qual Eneida era Secretária Geral do Conselho Superior de Música Brasileira. Neste mesmo ano, participou ao lado de Sérgio Cabral, Elizeth Cardoso e Sargentelli, da entrevista que Nelson Cavaquinho, mais tarde editada em LP. Ao falecer, seu corpo foi velado no MIS, seguindo logo depois para a cidade de Belém do Pará, onde foi enterrado debaixo da frondosa mangueira, como era de seu desejo. Em 1973, a Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro lhe prestou homenagem com o enredo “Eneida, Amor e Fantasia”, de Geraldo Babão, classificando-se no terceiro lugar do Grupo 1 no desfile daquele ano. Foi também autora de diversos livros de crônicas e contos.

FONTES:

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Edição: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006, RJ.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008.

Dados Atividade Específica

BIBLIOGRAFIA CRÍTICA:

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.