5.001
Nome artístico
Roberto Quartin
Nome verdadeiro
Roberto Neves de Souza Quartin Filho
Data de nascimento
13/8/1943
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
25/4/2004
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Produtor musical.

Estudou música com Guerra Peixe e Moacir Santos.

Dados Atividade Específica

Aos 21 anos de idade, criou o selo Forma, que nos anos 1960 lançou mais de 20 discos que se tornariam históricos, entre os quais: “Inútil paisagem” (1964), primeiro disco de Eumir Deodato; “Quarteto em Cy” (1964) e “Som definitivo” (1965), os dois primeiros discos do grupo; “Coisas” (1965), de Moacir Santos; “Bossa 3 em Forma!” (1965); “Os afro-sambas de Baden e Vinicius” (1966); “Desenhos” (1966), primeiro disco de Victor Assis Brasil; “Chico Fim de Noite apresenta Chico Feitosa” (1966); “Tempo feliz” (1966) de Baden Powell e Maurício Einhorn; “Dulce” (1966), de Dulce Nunes;”Luis Eça e Cordas” e as trilhas sonoras da peça “Liberdade, liberdade”, do show “Vinícius Poesia e Canção” e dos filmes “Deus e o diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha, e “Esse mundo é meu”, de Sérgio Ricardo. Os primeiros discos do selo foram lançados em edições de luxo, com pinturas modernas ilustrando as capas duplas. O catálogo da gravadora foi vendido para a Polygram (hoje Universal Music).

Fundou também o selo Quartin, pelo qual lançou discos de Victor Assis Brasil (“Victor Assis Brasil toca Antônio Carlos Jobim”/1970), José Mauro e Piri, lançados em CD, na Inglaterra, pelo selo Far -Out Records.

Trabalhou nos Estados Unidos e assinou a produção de discos de Frank Sinatra (“Sinatra & Friends”) e Carmen McRae, entre outros, lançados pela Warner brasileira, além de ter participado da gravação que registrou, em 1967, o encontro de Frank Sinatra e Tom Jobim no disco “Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim”. Reconhecido internacionalmente por seu trabalho como produtor musical e pelo fato de ser um profundo conhecedor da obra de Frank Sinatra, de quem era amigo pessoal, foi autorizado pelo cantor a consultar os arquivos da Capitol e da Reprise com o propósito de fazer cópias de gravações não lançadas comercialmente. Em 1980, por ocasião da vinda de Sinatra ao Brasil, uma parte desse material foi reunida pelo produtor na caixa “Lonely at the top”, edição brasileira aprovada por Sinatra. Pela gravadora Trama, lançou 4 discos de Frank Sinatra, entre os quais “Royal Festival Hall” e “The Jerusalém Concert”, ambos inéditos em todo o mundo. Pelo selo

Artanis da família Sinatra, lançou nos Estados Unidos o disco “ Sinatra ’57 in Concert”, registro do concerto realizado pelo cantor em Seattle, em 1957, até então inédito, cuja gravação mantinha em seu imenso arquivo de raridades fonográficas.

Em 1996, produziu “Forma – A grande musica brasileira”, compilação de discos do selo Forma lançada em 3 CDs.

Pela Indie Records, lançou, em 1999, os CDs “Década 50” e “Década 60”, que contaram com a participação de nomes consagrados da música brasileira, como Paulo Moura, Carlos Malta, Marcos Nimrichter, Victor Santos, Paulinho Trumpete e Maurício Einhorn, entre outros.

Em 2004, vinha trabalhando na remasterização da coleção completa do selo Forma para lançamento em CD pela Universal Music. Faleceu de ataque cardíaco no dia 25 de abril desse ano, deixando dois filhos, Cristiana e Miguel, de seu primeiro casamento com Filipa Boavista. Desde 1989, tinha como companheira a roteirista Edna Palatnik. Conforme desejo do produtor, toda a sua preciosa coleção de sessões de gravação além de registros de shows e concertos inéditos de Frank Sinatra foram doados aos herdeiros Nancy, Tina e Frank Jr., para que viessem a constar do acervo do Museu Sinatra.