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Nome artístico
Felipe Tadeu
Nome verdadeiro
Felipe Tadeu Sergio Gomes
Data de nascimento
28/7/1962
Local de nascimento
Rio de Janeiro
Dados biográficos

Radialista. Jornalista. Poeta.

Nascido e crescido no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Desde a infância demonstrava interesse pela música, estimulado pelos pais, que ouviam muito rádio, e pelo irmão, Eduardo, que se tornou percussionista. Em meados da década de 1970, aos 14 anos, foi trabalhar na loja de discos “Rotação de Discos”, cujo proprietário era um tio seu que também era passista da Escola de Samba Em Cima da Hora. Desde aí, começou a escutar um pouco de tudo: Chico Buarque, Gilberto Gil, Milton Nascimento, rock progressivo, Barry White, Donna Summer e Beatles, entre outros. Ainda na adolescência, passou a colecionar recortes de jornal com matérias sobre música, formando um acervo que mantém até hoje. Nos anos 80, formado em jornalismo, passou a se dedicar a reportagens sobre MPB e rock. Em 1991, foi morar na Alemanha, na cidade de Darmstadt, onde produz e apresenta o programa radiofônico “Radar Brasil”, transmitido em alemão e em português.

Dados Atividade Específica

Em 1990, Felipe Tadeu organizou, no Rio de Janeiro, o “Ciclo Brasil de Música Reggae”, no Centro Cultural Cândido Mendes – evento em que foram discutidas as influências do reggae na música brasileira, dez anos depois da chegada oficial do gênero jamaicano ao país. O projeto apresentou uma série de shows com bandas do Rio de Janeiro e da Bahia, como a KMD-5 – de onde sairiam dois integrantes de O Rappa, o baterista e letrista Marcelo Yuca e o baixista Lauro Farias – que hoje atende pelo nome de Negril; Nabby Clifford e Banda; Dom Luís Rasta e Edson Gomes. O ciclo contou também com uma mesa-redonda, na qual tomaram parte Gilberto Gil – considerado por muitos o principal disseminador do reggae no Brasil -; o então vocalista do Cidade Negra, Bernardo Rangel, grupo que viria a estourar no país poucos meses depois; o jornalista Otávio Rodrigues e representantes da indústria fonográfica. Uma mostra de vídeos e uma exposição das principais matérias publicadas na imprensa brasileira sobre o ritmo caribenho complementaram o evento, co-produzido por Gisela Pimentel.

Ao chegar à Alemanha, Felipe Tadeu foi convidado para ser editor do Info-Brasil, uma publicação voltada para o público interessado pela cultura e política brasileiras. Foi no Info-Brasil que começou a ter suas primeiras matérias sobre música brasileira publicadas na Alemanha. Logo depois, viriam a Rádio Deutsche Welle e as revistas Humboldt, Topicos e Matices, veículos pelos quais o jornalista brasileiro ajudou a difundir a música do Brasil junto aos alemães. Em 1994, Felipe toma parte no livro Brasilien – Gesichter eines Landes, para o qual escreve um capítulo sobre a história da música brasileira. O livro Brasilien – Gesichter eines Landes (em português, Brasil – Faces de Um País) é obra publicada por uma editora germânica chamada EOS Verlag – St.Ottilien. Trata-se de uma compilação de textos e entrevistas sobre variados temas, de Política à Economia, passando por Cultura, Ecologia, Racismo e Movimento Feminista, sempre tendo o Brasil como foco. A maior parte dos textos foi escrita por jornalistas e sociólogos alemães. Além de Felipe Tadeu, participaram outros autores brasileiros como José Lutzenberger (ex-secretário do Meio Ambiente no governo Collor) e o sociólogo Herbert de Souza (Betinho), que morreria poucos anos depois. Em 1997, Felipe Tadeu começa a produzir o “Radar Brasil”, um programa bilíngüe alemão-português dedicado exclusivamente à música brasileira para a Radio Darmstadt. A oportunidade de ocupar um espaço nobre na grade de programação da emissora radiofônica aconteceu depois da leitura de seus poemas do livro Insekten, publicado na Alemanha em 1994 pela Karin Fischer Verlag. O “Radar Brasil” é co-produzido por Alexandra Roether. Desde que vive na Alemanha, Felipe Tadeu escreve para publicações do Brasil (jornal de música International Magazine e para o site Cliquemusic), reportando desde turnês realizadas por músicos brasileiros pela Europa, até discos brasileiros lançados exclusivamente no continente europeu. A partir de agosto de 2001, o jornalista ganhou uma coluna musical chamada O Som do Brasil no site alemão Nova Cultura (http://www.novacultura.de), para o qual escreve periodicamente. Além de jornalista e produtor de rádio, Felipe Tadeu é letrista, tendo trabalhado junto ao baixista Xandy Rocha (Grupo Avesso, Armitage) e com o guitarrista alemão Daniel Tochtermann, com quem compôs dez canções para um CD ainda inédito, reunindo Ivan Lins, Clara Sandroni, Sérgio Loroza (ex-integrante do grupo vocal Equale), Marcos Sacramento e Rosana Fonseca, dentre outros. A única faixa que não é de sua autoria tem letra escrita por Sérgio Natureza, conhecido parceiro de Paulinho da Viola, de Tunai e, mais recentemente, de Lenine.