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Nome artístico
Walter Silva
Data de nascimento
7/3/1933
Local de nascimento
São Paulo, SP
Data de morte
27/2/2009
Local de morte
São Paulo, SP
Dados biográficos

Jornalista. Produtor musical.

Dados Atividade Específica

Também conhecido como Pica-Pau, iniciou a carreira profissional em 1952, em São Paulo, como locutor comercial da Rádio Piratininga.

Ainda na década de 1950, trabalhou nas seguintes emissoras: Rádio 9 de Julho (1973), emissora oficial do IV Centenário de São Paulo, como locutor e apresentador; Rádio Cultura (1954), como locutor e apresentador; Rádio Mayrink Veiga e Rádio Mundial (1955), no Rio de Janeiro; Rádio Nacional do Rio de Janeiro (1956), como apresentador dos espetáculos musicais do Departamento de Intercâmbio.

Em 1957, exerceu o cargo de Diretor de Divulgação da RGE, em São Paulo, sendo responsável pela divulgação de discos da gravadora. Nesse mesmo ano, foi responsável pelo lançamento do programa “Toca do disco” (Rádio Record/SP), primeiro do gênero disc-jockey. Também em 1957, sindicalizou-se como jornalista profissional.

Em 1958, produziu e apresentou o programa “O Pick-up do Picapau” (Rádio Bandeirantes, São Paulo).

Em 1960, foi premiado como o melhor repórter esportivo da televisão (TV Tupi).

Com exclusividade para a Rádio Bandeirantes (SP), esteve presente, como repórter, no histórico Festival de Bossa Nova, realizado no Carnegie Hall de Nova York, em 1962.

No ano seguinte, trabalhando na Rádio Excelsior, foi contemplado com o Prêmio Roquette Pinto, na categoria Melhor Disc-Jockey.

Produziu, em 1964, vários espetáculos de música realizados no Teatro Paramount, como “O remédio é Bossa”, “Mens Sana In Corpore Samba” e “Primeira Denti-Samba”, entre outros. Nesse mesmo ano, apresentou, na Rádio Record, o programa “O Pick-up do Picapau”. Também em 1964, produziu o LP “Pedro Pedreiro”, primeiro disco de Chico Buarque.

Em 1965, produziu o LP “Dois na Bossa”, com Elis, Jair e Jongo Trio, registro do show realizado durante três dias (9, 10 e 12 de abril) no Teatro Paramount (SP), sendo o primeiro disco brasileiro a atingir a marca de um milhão de cópias vendidas. Também nesse ano, apresentou, na Rádio Bandeirantes, o programa “BO65”, primeiro no Ibope.

Em 1966, produziu o espetáculo “Paulistas e os Cariocas”, no Teatro Maria Della Costa, com o grupo vocal Os Cariocas, Ivete e Gilberto Gil, que pela primeira em palco.

No ano seguinte, apresentou, na Rádio Piratininga, o programa “O Pick-up do Pica-pau”, primeiro no Ibope. Também em 1967, produziu o show “A volta”, no Teatro Paramount, que lançou Milton Nascimento, cantando “Travessia” e “Morro Velho”, entre outras, e Renato Teixeira.

Em 1968, apresentou o programa “O Pick-up do Pica-pau”, na Rádio Nacional, primeiro lugar no Ibope.

No ano seguinte, levou o mesmo programa para a Rádio Tupi, também primeiro lugar no Ibope. Nessa mesma emissora, atuou como narrador de futebol americano, o primeiro na América Latina.

Em 1970, assumiu a direção artística da gravadora Continental, lançando Célia, Pessoal do Ceará, Walter Franco e Secos e Molhados. Recebeu prêmios como narrador de futebol, tendo Plínio Marcos como comentarista.

De 1971 a 1981, manteve uma coluna diária sobre música popular brasileira, rádio e discos, no jornal “Folha de S. Paulo”.

Em 1972, foi responsável pelo setor de rádio e televisão do SIGESP (Serviço de Imprensa do Governo do Estado de São Paulo). Nesse mesmo ano, integrou o júri do Festival Internacional da Canção (Rede Globo).

Lançou, em 1973, o programa “Mixturação” (TV Record), com Simone, Walter Franco, Pessoal do Ceará e Haréton Salvanini, entre outros artistas.

Em 1974, produziu o programa “Mambembe” (TV Bandeirantes), lançando artistas como Thomas Roth, entre outros. Criou, nesse ano, espetáculos para a Alcântara Machado, como “Arca de Noé” e o show de Rick Wakeman.

Em 1975, foi diretor musical do programa “Fantástico” (Rede Globo) e atuou também como narrador de futebol. Atuou como produtor musical da RCA Victor, tendo sido responsável pelos LPs de Ednardo “Romance do Pavão Mysteriozo” e “Chão Sagrado”, com Roger e Teti. Exerceu, nesse ano, o cargo de diretor do Sindicado dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo.

No final da década de 1970, atuou como narrador de futebol (1978, TV Globo) e como diretor do programa “Hebe Camargo” (1979, TV Bandeirantes).

Na década de 1980, foi assessor do Secretário da Cultura João Carlos Martins (1980), apresentou o programa “O Pick-up do Pica-pau” (1981, Rádio Excelsior, primeiro no Ibope) e ainda os programas “Musicultura”, “Música Popular Walter Silva” e “Quais as músicas que fizeram a sua cabeça?” (1984, Rádio Cultura AM), aposentando-se em 1987, quando passou a escrever para jornais e revistas, além de ministrar palestras para estudantes de Comunicação em todo o Brasil.

Dirigiu, em 1996, o projeto “Memória do Rádio Paulista” para o Museu da Imagem e do Som.

Em 1999, começou a escrever semanalmente para o “Diário do Grande ABC”.

No ano seguinte, passou a escrever mensalmente para o “Jornal da Tarde”. Também em 2000, foi contemplado com o Prêmio Wladimir Herzog de Direitos Humanos, por sua participação na diretoria do Sindicato dos Jornalistas na ocasião do assassinato de Vlado nas dependências do DOI-COD em 1975.

Publicou, em 2002, o livro “Vou te contar: Histórias de música popular brasileira” (Editora Códex).