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Nome artístico
Paulo Gracindo
Nome verdadeiro
Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo
Data de nascimento
16/7/1911
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
4/9/1995
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Apresentador. Ator. Locutor. Produtor. Compositor.

Depois de atuar como apresentador de programas de rádio e radioator, desenvolveu brilhante carreira no teatro e na TV, onde se imortalizou no papel do personagem Odorico Paraguaçu, que Dias Gomes criou para ele em sua mais famosa obra escrita para a TV brasileira, “O Bem-amado” (TV Globo). Seu principal personagem em programas de humor foi também o antológico primo rico, que ele criou ao lado de Brandão Filho (o primo pobre) no famoso programa “Balança mas não cai”, de Max Nunes (Rádio Nacional e depois revivido na TV). Como radioator, interpretou o famoso personagem Albertinho Limonta, na Rádio Nacional, na novela “O direito de nascer”.

Dados Atividade Específica

Participou ativamente como apresentador e locutor de vários programas musicais na Rádio Nacional. Integrou o cast daquela emissora, ao lado de Ary Barroso, Almirante, César de Alencar, Renato Murce, Paulo Roberto e muitos outros. Um dos programas apresentados por ele foi “Noite de estrelas”, em parceria com Max Nunes, que apresentava os artistas da casa, acompanhados pela orquestra do maestro Chiquinho (“do lenço”). Foi narrador, diversas vezes, do famoso programa “Almanaque Kolynos”. Substituiu Almirante, que estava afônico, no programa que marcou o retorno daquele apresentador à Rádio Nacional (30 de maio de 1955), “História do Rio pela música”. Seu número no famoso “procurol”, espécie de sinal sonoro-numérico inventado por Almirante para chamar os artistas dentro da emissora, era 1-4-5-6. Assinou, com parceiros, algumas músicas. Em 1958, foi agraciado com o troféu Microfone de Ouro, instituído pela revista Radiolândia, depois de escolhido por um júri de críticos especializados e representantes de agências de propaganda como o “Melhor animador de auditórios do ano” no Rádio. Gravou um LP, ao final da década de 1970, onde recitava (sobre arranjos de Lindolfo Gaya) algumas das melhores letras da canção popular. O disco, que chegou a ser considerado um dos melhores produzidos no ano do seu lançamento, era apresentado, em notas de contracapa, por R. C. Albin que avaliou o ator “como o melhor “diseur” da história da MPB”.

Em  2011, por ocasião do centenário de seu nascimento recebeu inúmeras homenagens, tais como a do programa  “Painel da manhã” apresentado por Jorge Ramos na Rádio Roquete Pinto, e que contou com as participações especiais do radialista Gerdal Renner dos Santos, do pesquisador Paulo Luna, e do poeta e agitador cultural Jorge Salomão falando sobre sua vida e obra.

 

 

BIBLIOGRAFIA CRÍSTICA:

 

 

AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.

 

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.