Desenhista. Pintor. Cartazista. Jornalista. Teatrólogo. Chargista. Caricaturista. Escritor. Letrista.
Seus primeiros trabalhos profissionais, como desenhista, foram publicados nas revistas “A Cigarra” e “O Cruzeiro”.
Em 1963, passou a colaborar com o “Jornal do Brasil”. Trabalhou, ainda, nas revistas “Visão” e “Fairplay”.
Fez cartazes para vários filmes do cinema brasileiro, como “Os fuzis”, “Os cafajestes”, “Selva trágica” e “Os mendigos”, entre outros.
Nos anos 1960, seus cartuns e charges políticas começaram a ser publicados na revista “O Cruzeiro” e no “Jornal do Brasil”, popularizando seus personagens Jeremias, o Bom, a Supermãe e o Mineirinho. Ainda nessa época, lançou a revista “A Turma do Pererê”, cuja publicação foi interrompida em 1964, devido a problemas com a censura.
Em 1973, a Editora Primor do, Rio de Janeiro, reeditou em 3 álbuns uma seleção das melhores histórias de “A Turma do Pererê”.
Foi um dos fundadores do jornal “O Pasquim”.
Teve reconhecimento internacional em 1968, quando produções de sua autoria foram publicadas nas revistas “Graphis”, “Penthouse” “Private Eye” (Inglaterra), “Plexus” e “Planète” (França) e “Mad” (Estados Unidos).
Em 1969, foi contemplado com o Oscar Internacional de Humor, no 32º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas, e com o prêmio Merghantealler, oferecido pela Associação Internacional de Imprensa, em Caracas. Foi convidado a desenhar o cartaz anual da UNICEF. Criou um mural para a inauguração a casa de espetáculos Canecão (RJ), em uma parede de mais de 180 metros quadrados. A obra, reproduzida em várias revistas do mundo, não pode mais ser vista, por ter sido coberta por um painel de madeira. Ainda em 1969, publicou seu rimeiro livro infantil, “Flicts”, no qual, trabalhando com muitas cores e poucas palavras, conta a história de uma cor que não encontrava seu lugar no mundo. O livro, oferecido pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil aos astronautas americanos que pisaram na lua pela primeira vez, provocou de Neil Armstrong o comentário: “The moon is flicts” (“A lua é flicts”).
Desde 1972, tem trabalhos selecionados pelas revistas “Graphis Anual” e “Graphis Porter”. Seus desenhos são escolhidos para capas de revistas internacionais como “Vision” e “Playboy” e seus cartuns são publicados em diversas outras revistas.
Alguns de seus desenhos fazem parte do acervo do Museu da Caricatura de Basiléia, na Suiça.
A partir de 1979, começou a priorizar seu trabalho de escritor infantil. Publicou, nesse ano, “O Planeta Lilás”, um poema de amor ao livro.
Em 1980, consagrou-se como autor infantil com o lançamento de “O menino maluquinho”, na Bienal do Livro de São Paulo. O livro veio a se tornar o maior sucesso editorial da Feira e valeu ao escritor o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro em São Paulo. A história foi adaptada para teatro e cinema, além de ter gerado uma ópera infantil assinada pelo Maestro Ernani Aguiar. Compôs, com Sérgio Ricardo, a trilha sonora de “Flicts”, gravada com sucesso em disco, também nesse ano, pelos grupos vocais Quarteto em Cy e MPB-4.
Em 1994, seus personagens Menino Maluquinho, Bichinho da Maçã, e os integrantes da Turma do Pererê transformam-se em selos comemorativos do Natal.
Seus livros foram traduzidos para espanhol, italiano, inglês, alemão, francês e basco.
Atuou, também, em televisão, como apresentador, entrevistador e jurado de inúmeros programas e festivais. Criou logotipos para a Telerj, caixas de fósforo, cartazes da Feira da Providência, camisetas e símbolos de campanhas, além de ser o autor do desenho do Galo de Ouro, prêmio oferecido aos vencedores do Festival Internacional da Canção (TV Globo).
Em 2002, a festa comemorativa de seus 70 anos, realizada no Copacabana Palace, foi um grande acontecimento carioca, com a presença de cerca de 500 celebridades do Brasil. Na ocasião, chegou a ser indicado pelo acadêmico Carlos Heitor Cony para concorrer a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Ainda dentro das comemorações de seu aniversário, o Museu da Imagem e do Som inaugurou, em novembro desse mesmo ano, a exposição “Cartazes de Ziraldo na Feira da Providência”,
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