0.000
Nome Artístico
Valdemar Silva
Nome verdadeiro
Valdemar Moniz da Silva
Data de nascimento
23/10/1911
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
12/6/1990
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Compositor. Ritmista.

Foi criado em um ambiente musical. Sua avó Serafina Lopes Faria tocava sanfona e cantava jongo. Passou a trabalhar ainda muito jovem, tendo exercido desde os 12 anos de idade várias profissões. Aos 20 anos passou a trabalhar como feirante, profissão a qual se dedicou por 38 anos. Começou a compor na adolescência, sendo sua primeira obra o samba “Com fome e com frio”, que ficou incompleto.

Participou da fundação da UBC, onde se manteve até 1946, quando passou a colaborar para a fundação da Sbacem.

Dados artísticos

Em 1930, conheceu Getúlio Marinho (Amor) que o levou à Victor. Iniciou suas atividades artísticas em 1933, por intermédio de Amor, que o apresentou a Henrique Vogeler, responsável pela primeira gravação de sua obra, “Até dormindo sorriste”, uma parceria com Amor.

Nesse mesmo ano, Moreira da Silva gravou na Victor o samba “Homem não chora”. Em 1934 passou a atuar como ritmista em inúmeras gravações. Em 1935, Aracy de Almeida gravou na Victor a marcha “Tic-tac”, parceria com Roberto Martins e Aurora Miranda gravou na Odeon o samba “Muito chorei”. No mesmo ano, teve mais quatro comjposições gravadas por Patrício Teixeira na Odeon: as marchas “Cala boca”, com Paulo Pinheiro e “Tipo combinado”, com Alcebíades Barcelos e os sambas “Samba no morro”, com Roberto Martins e Remo no mar”, com Alcebíades Teixeira. No ano seguinte, compôs  aquele que seria seu maior sucesso, o samba “Favela”, com Roberto Martins, gravado por Francisco Alves na Victor e um de seus maiores sucessos, que se tornou um dos  grandes clássicos da música popular brasileira e que foi regravada por Carlos Galhardo, Sílvio Caldas, Ataulfo Alves, Maysa e as orquestras de Severino Araújo e Zacarias. Também nesse ano, a marcha “Meu coração” também parceria com Roberto Martins foi gravado por Aracy de Almeida. Em 1937, Carmen Miranda  lançou  o samba “Imperador do samba” em disco Odeon. No mesmo ano, fez com Zé Pretinho o samba “Você precisa amar…” gravado por Jaime Vogeler e com C. Vasconcelos o samba “Julgou ser feliz” gravado por J. B. de Carvalho. Em 1938, teve a marcha “Garota”, parceria com Vicente Paiva gravada pela dupla Joel e Gaúcho. Em 1939, teve duas parcerias com Paulo Pinheiro gravadas na Odeon: o samba “Eu sou a Bahia” em dueto por Dircinha Batista e Nuno roland e o samba-canção “Em paga de tudo” por Dircinha Batista. Na mesma época, Dircinha Batista gravou o samba “Eu gostava tanto dele”, com Raul Marques. Ainda em 1939, Patrício Teixeira gravou na Victor os sambas “Pergunte à vizinha do lado”, com J. Eloi de Assis e “Perdão”, com Raul Marques.

Trabalhou com os regionais de Benedito Lacerda e Claudionor Cruz e integrou as orquestras de  Vicente Paiva, Fon-Fon, Simon Bountman e maestro Gaó. Em fins de 1940, os Anjos do Inferno gravaram na Columbia sua marcha “Todo mundo dança”, parceria com Raul Marques. Em 1941, voltou a ter músicas gravadas por Patrício Teixeira: os sambas “No dia do meu casamento”, com E. Figueiredo e “A gargalhar fiquei”, com Raul Marques. No mesmo ano, fez com Milton de Oliveira o samba “É feliz” gravado por João Petra de Barros na Victor. Em 1945, Roberto Paiva gravou na Continental seu “Samba da vitória”, com Ari Monteiro, alusivo ao fim da segunda Guerra Mundial. Em 1946, Carlos Galhardo gravou o samba “Ela tem razão”, com Erasmo Silva em disco Victor.

Em 1951, Orlando Silva gravou com sucesso o samba  “Senhor, me ajude”, com Luís Soberano. Em  1968, seu samba “Favela”, com Roberto Martins, foi gravado por Raul de Barros e Conjunto Brazian Serenaders no LP “Na mini onda – Brazilian Serenaders”, da Big/Rioson. Teve mais de vinte músicas gravadas, principalmente sambas e marchas tendo como principal parceiro Roberto Martins. Teve obras gravadas por Aracy de Almeida, Francisco Alves, Linda Batis e Carlos Galhardo entre outros.

Obras
A gargalhar fiquei (c/ Raul Marques)
Aquarela do morro (c/ Arnô Canegal)
Até dormindo sorriste (c/ Getulio Marinho)
Brincando com iaiá (c/ Raul Marques)
Cala boca (c/ Paulo Pinheiro)
Com fome e com frio
Compra ioiô (c/ Roberto Martins)
Ela tem razão (c/ Erasmo Silva)
Em paga de tudo (c/ Paulo Pinheiro)
Eu gostava tanto dele (c/ Raul Marques)
Eu sou da Bahia (c/ Paulo Pinheiro)
Favela (c/ Roberto Martins)
Garota (c/ Vicente Paiva)
Homem não chora
Imperador do samba
Julgou ser feliz (c/ C. Vasconcelos)
Meu coração (c/ Roberto Martins)
Muito chorei (c/ Buci Moreira)
No dia do meu casamento (c/ E. Figueiredo)
Perdão (c/ Raul Marques)
Pergunte à vizinha do lado (c/ J. Eloi de Assis)
Remo no mar (c/ Alcebíades Teixeira)
Samba da vitória (c/ Ari Monteiro)
Samba no morro (c/ Roberto Martins)
Senhor, me ajude (c/ Luis Soberano)
Tem tempo (c/ Roberto Martins)
Tic-tac (c/ Roberto Martins)
Tipo combinado (c/ Alcebíades Barcelos)
Todo mundo dança (c/ Raul Marques)
É feliz (c/ Milton de Oliveira)
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.