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Nome Artístico
Rogério Duprat
Nome verdadeiro
Rogério Duprat
Data de nascimento
7/12/1932
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
26/10/2006
Local de morte
São Paulo, SP
Dados biográficos

Regente. Arranjador. Compositor.

Estudou violoncelo com Calisto Corazza; harmonia, contraponto e composição com Olivier Toni e Cláudio Santoro. Em 1962, viajou para a Europa, onde aprofundou seus conhecimentos com Pierre Boulez, na França, e Karlheinz Stockhausen, na Alemanha.

Dados artísticos

Carioca radicado em São Paulo, na década de 1950 fez parte da Orquestra Sinfônica Estadual de São Paulo e da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo.

Em 1956, fundou e dirigiu a Orquestra de Câmara de São Paulo, na qual atuou também como violoncelista.

Em 1960, começou a compor e a gravar para teatro, televisão e cinema.

No ano seguinte, integrou o movimento de vanguarda erudita “Música nova”, em São Paulo, ao lado de Sandino Hohagem, Régis Duprat, Júlio Medaglia, Damiano Cozzella, Gilberto Mendes e Willy Correia de Oliveira.

Após um período na Europa, ao voltar para o Brasil dedicou-se à criação de músicas experimentais em computador, em parceria com Damiano Cozzella.

Em 1963 e 1964, atuou como regente e arranjador da TV Excelsior (SP).

Compôs, em 1964, a trilha sonora do filme “A ilha”, de Walter Hugo Khouri, que lhe valeu diversos prêmios. Nessa mesma época, ocupou o cargo de professor assistente do Departamento de Música da UNB, participando de eventos e manifestações de música aleatória.

Foi premiado pelas trilhas sonoras dos filmes “Noite vazia” e “Corpo ardente”, ambos de Walter Hugo Khouri, e “Cariocas”, de Fernando de Barros, Roberto Santos e Walter Hugo Khouri.

Em 1967, foi contemplado com o prêmio Roquette Pinto como Melhor Arranjador do Ano, e o prêmio de Melhor Arranjador do III Festival de Música Popular (TV Record), pela autoria do arranjo da música “Domingo no parque”, de Gilberto Gil.

Teve relevante participação no Tropicalismo, assinando arranjos, marcados pela erudição, ousadia e criatividade, para os principais discos do movimento.

Em 1968, gravou, ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Gal Costa, Os Mutantes, Nara Leão e Torquato Neto, o histórico LP “Tropicália ou Panis et Circenses”, para o qual compôs vários arranjos. Nesse mesmo ano, foi contemplado com o prêmio de Melhor Arranjo do III Festival Internacional da Canção (TV Globo). Ainda em 1968, ocupou o cargo de diretor musical do programa “Divino maravilhoso”, da TV Tupi (RJ).

Foi responsável pelos arranjos dos discos “Os Mutantes” (1968), “Mutantes” (1969), “A Divina Comédia ou Ando meio desligado” (1970), “Jardim elétrico” (1971) e “Mutantes e seus cometas no país dos Baurets” (1972), do conjunto Os Mutantes. Assinou arranjos para Chico Buarque (“Construção” e “Deus lhe pague”) e Jorge Ben (“Descobri que sou um anjo!”) .

Escreveu mais de 40 trilhas sonoras para cinema.

Em 1987, recebeu o Prêmio Kikito no XVIII Festival de Cinema de Gramado, pela música do filme “Marvarda carne”, de André Klotzer.

Foi diretor artístico das gravadoras Vice-versa e Pauta.

Atuou, também, na produção de jingles.

Durante algum tempo, afastou-se das atividades artísticas devido a problemas de audição, provocados por longos períodos de trabalho em estúdio.

Na década de 1990, retomou sua atividade, assinando arranjos para Lulu Santos (“Tempo/espaço”) e Rita Lee.

Faleceu no dia 26 de outubro de 2006, em São Paulo.

Discografias
1972 LP, CD Mutantes e seus cometas no país dos Baurets. Os Mutantes
1971 LP, CD Jardim elétrico. Os Mutantes
1970 LP, CD A Divina Comédia ou Ando meio desligado. Os Mutantes
1969 LP, CD Mutantes
1968 LP, CD Os Mutantes
1968 LP, CD Tropicália ou Panis et Circenses
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.