
Letrista. Escritor.
Formado em Advocacia.
Estudou Comunicação na Walt Whitman School em Maryland, nos Estados Unidos.
Entre 1972 e 1973 trabalhou como “foca” (repórter iniciante) do jornal O Globo.
Trabalhou como redator da revista “2001”, de realismo fantástico.
Foi redator da linha de shows da TV Globo, entre 1975 e 1977, ao lado de Ruy Castro, Ronaldo Boscoli e Ricardo Cravo Albin.
No ano de 2025 deu entrevista ao jornalista Ruan de Souza Gabriel, do Segundo Caderno do jornal O Globo, na qual falou sobre a sua vida na Suíça, onde mora com a esposa, a artista plástica Christina Oiticica, comentando sobre o trabalho, em fase de preparação, com Gilberto Gil e o maestro italiano Aldo Bizzi, ópera inspirada no poema “I-Juca-Pirama”, de Gonçalves Dias, para ser apresentada na COP (Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas).
Seus livros venderam mais de 320 milhões de exemplares, sua obra foi publicada em 170 países e foram traduzidas para 89 idiomas. No Brasil a sua obra é editada pela Editora Companhia das Letras.
Suas primeiras composições em parceria com Raul Seixas apareceram no LP “Krigh-há bandolo”, lançado em 1973, o primeiro do roqueiro baiano que trazia as músicas “As minas do rei Salomão”, “A hora do trem passar”, “Al Capone”, “Rockixe” e “Cachorro urubu”, todas de autoria dos dois. No ano seguinte compôs com o mesmo Raul Seixas mais uma série de músicas, das quais a de maior sucesso foi “Gita”.Ainda em 1974, assinou com Raul Seixas as músicas “Como vovó já dizia”, “Água viva”, cantadas por Raul Seixas, “Porque”, na voz de Sônia Santos, “O Rebú”, com a OrquestraSom Livre, “Se o rádio não toca”, interpretada por Fábio, e “Vida à prestação” pelo grupo Trama, além de “Katherine” e “senha”, apenas suas e gravadas de forma instrumental pela Orquestra Som Livre, todas incluídas na trilha sonora da novela “O Rebú”, da Rede Globo, escrita por Brálio Pedrozo e dirigida por Walter Avancini e Jardel Mello. Ainda com Raul Seixas comporia outros sucessos como “Eu nasci há dez mil anos atrás” e “Eu também vou reclamar”. Trabalhou também com a roqueira Rita Lee, com composições para o disco “Fruto proibido”. Em 1975 passou a trabalhar na Phonogram. Compôs ainda sucessos como “Sandra Rosa Madalena”, gravado por Sidney Magal e “Arrombou a festa”, por Rita Lee. Nos anos 1980 afastou-se da música e dedicou-se à carreira de escritor tornando-se um dos autores brasileiros mais vendidos, com sucessos como “O alquimista” e “O diário de um mago”, todos na linha esotérica. Foi eleito em 2002 para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a vaga do acadêmico Roberto Campos. Em 2007, a jornalista Hérica Marmo lançou pela editora Futuro o livro “A canção do mago – A trajetória musical de Paulo Coelho” que reuniu todas as letras do escritor, algumas delas inéditas, cartas, fotos de álbuns pessoais, além de detalhaes da relação do compositor com outros artistas a quem deu certos conselhos na carreira como a cantora Rosana, a quem aconselhou a “esquecer o rock e partir para um repertório mais comercial”, Sidney Magal, Hyldon e outros. O livro também fala de uma possível paixão do compositor pela roqueira Rita Lee na época em que os dois compuseram a música “Arrombou a festa” grande sucesso da cantora.
Em 2018, lançou pela editora Paralela o livro “Hippie”, no qual relatou sua experiência no movimento hippie, que incluiu uma viagem no chamado “Magic bus”, um ônibus que saía de Amsterdã, na Holanda, para Katmandu, no Nepal. Segundo o autor, em entrevista à revista Ela:
“Decidi relembrar essa passagem na minha vida por ver que o mundo caminha para um fundamentalismo em todo os sentidos: religioso, sexual, político. Na época hippie, todos toleravam as crenças e as escolhas do próximo.”
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.
FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.