
Cantora. Compositora.
Irmã de Dante Ozzetti (violonista e compositor), Marco (guitarrista) e Marta (flautista). Estudou piano e canto. É formada em artes plásticas.
Iniciou sua carreira artística em 1978, como integrante do grupo Rumo, do qual fez parte até 1992.
Em 1988, gravou seu primeiro LP como cantora solista, “Ná Ozzetti”, pelo qual recebeu o prêmio Sharp na categoria Cantora Revelação. O disco incluiu “Sua estupidez” (Roberto e Erasmo Carlos), “Ah!” (Luis Tatit), “Sócrates brasileiro” (José Miguel Wisnik) e “Diva” (Dante Ozzetti), entre outras.
Lançou, em 1994, o LP “Ná”, tendo sido contemplada com mais dois prêmios Sharp, inclusive o de Melhor Disco. No repertório, composições próprias como “Atração fatal” (c/ Luis Tatit), “Lugar” (c/ Edith Derdyk) e “Só comigo” (c/ Dante Ozzetti e Itamar Assumpção), entre outras.
Em 1996, gravou o CD “Love Lee Rita”, interpretando canções da compositora paulista, como “Mania de você” e “Fruto proibido”, entre outras.
Fundou a Ná Records, lançando, em 1999, seu disco “Estopim”, que registrou suas composições “Canto em qualquer canto” (c/ Itamar Assumpção) e “Toque de reunir” (c/ Luis Tatit), entre outras.
Em 2000, participou do Festival da Música Brasileira (TV Globo), interpretando a canção “Show” (Luis Tatit e Fábio Tagliaferri), tendo sido contemplada com o prêmio de Melhor Intérprete, que lhe valeu a gravação do CD, pela Som Livre, “Show”, lançado no ano seguinte. No repertório, além da faixa-título, apresentada no festival, canções dos anos 30, 40 e 50: “Meu mundo caiu” (Maysa), Mensagem” (Aldo Cabral e Cícero Nunes), “Chuvas de verão” (Fernando Lobo), “Não me culpes” (Dolores Duran), “Caminhemos” (Herivelto Martins), “As praias desertas” (Tom Jobim), “João Valentão” (Dorival Caymmi), “Na batucada da vida” (Ary Barroso e Luiz Peixoto), “Linda flor (Yaya)” (L. Peixoto, M. Porto e E. Vogeler), “Segredo” (Marino Pinto e Herivelto Martins), “Canção de amor” (Elano de Paula e Chocolate), “Último desejo” (Noel Rosa) e “Adeus batucada” (Synval Silva).
Em 2001, apresentou-se, ao lado de José Miguel Wisnik e Luís Tatit, no Centro Cultural Banco do Brasil (RJ), no ciclo “São Paulo: da vanguarda ao pop”.
Sob a supervisão de Eduardo Gudin, apresentou-se no Sesc Pompéia (SP), ao lado das cantoras Jane Duboc, Monica Salmaso, Celine Imbert, Tetê Espíndola, Vânia Bastos e Myriam Peracch, e da Orquestra Jazz Sinfônica, sob a regência de João Maurício Galindo, interpretando canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, cujas partituras mantiveram os arranjos originais de Leo Peracchi para o LP “Por toda a minha vida” (1959), de Lenita Bruno. O trabalho foi lançado, em 2002, pela Dabliú Discos, no CD “Canções de Tom e Vinicius. O Mestre Leo Peracchi e a Jazz Sinfônica”. Nesse mesmo ano, fez show no Mistura Fina (RJ).
Em 2004, apresentou-se, ao lado de Jards Macalé, Nó em Pingo Dágua e Selma do Côco, no Auditório Gilberto Freyre, da Funarte, no Rio de Janeiro, marcando a volta do “Projeto Pixinguinha”, percorrendo, em seguida, outras cidades brasileiras.
Em 2005, lançou,com em duo com André Mehmari, o CD “Piano & Voz”, contendo “Vôo da bailarina” (André Mehmari e Cristina Saraiva) e músicas de Pixinguinha (“Rosa”), Caetano Veloso (“O ciúme”), Dante Ozzetti e Luiz Tatit (“Nosso amor”), Zé Miguel Wisnik e Paulo Neves (“Pérolas aos poucos”), Nelson Cavaquinho (“Luz negra”) e Tom Jobim (“Gabriela”), entre outras. Nesse mesmo ano, a gravadora MCD relançou os CDs “Ná” (1994) e Estopim (1999) em luxuosas edições com capa em digipack, notas da artista e faixas-bônus.
Lançou, em 2009, o CD “Balangandãs”, com a participação de Dante Ozzetti (violão), Mário Manga (guitarra, violoncelo e violão tenor), Sérgio Reze (bateria) e Zé Alexandre Carvalho (contrabaixo acústico). No repertório, canções das décadas de 1930 a 1950: “Imperador do samba” (Waldemar Silva), “ Camisa listada” (Assis Valente), “ Tic-tac do meu coração” (Alcyr Pires Vermelho e Walfrido Silva), “Disseram que voltei americanizada” (Luiz Peixoto e Vicente Paiva), “Touradas em Madri” (Alberto Ribeiro e João de Barro “Braguinha”), “E o mundo não se acabou” (Assis Valente), “Ao voltar do samba” (Synval Silva), “Na batucada da vida” (Ary Barroso), “Diz que tem” (Aníbal Cruz e Vicente Paiva), “A Preta do acarajé” (Dorival Caymmi), “ Recenseamento” (Assis Valente), “O samba e o tango” (Amado Régis), “Tico-tico no fubá” (Zequinha de Abreu), “Chattanooga Choo Choo” (Harry Warren e Mack Gordon, vrs: Aloysio de Oliveira) e “Adeus batucada” (Synval Silva).
Em 2010, voltou a se reunir com os demais integrantes do grupo Rumo – Luiz Tatit, Hélio Ziskind, Gal Oppido, Paulo Tatit, Pedro Mourão, Zecarlos Ribeiro, Akira Ueno e Geraldo Leite -, para o lançamento do CD “Sopa de concha”, interpretando um repertório de músicas do passado pesquisado por Geraldo Leite: “Gosto mais do outro lado” (Assis Valente), de 1934, “Não resta a menor dúvida” (Hervé Cordovil e Noel Rosa), de 1935, “Honrando um nome de mulher” (Gadé e Valfrido Silva), de 1936, “Menina das lojas” (Lamartine Babo), de 1937, “P.R.Você (Cristovão de Alencar e Hervé Cordovil), de 1937, “Você não tem razão” (Pedro Caetano), de 1937, “Meu amor não me deixou” (Ary Barroso), de 1938, “Fale mal.. mas fale de mim” (Ataulfo Alves e Marino Pinto), de 1939, “Juro… Juro” (Paulo Pinheiro e Valdemar Silva), de 1939, “Pão com banana” (Cícero Nunes e Portelo Júnior), de 1939, “Vida apertada” (Ciro de Sousa), de 1940, “Furacão” (Antônio Nássara e Haroldo Lobo), de 1940, “Não tenho juízo” (Haroldo Lobo e Wilson Batista), de 1944, “Pão duro” (Assis Valente e Luiz Gonzaga), de 1946, e a faixa-título (Alcyr Pires Vermelho e Pedro Caetano), de 1941. O disco contou com a participação de Swami Jr (direção artística, arranjos, violão 7 cordas e baixo), Milton Mori (cavaquinho e bandolim), Guilherme Kastrup e Douglas Alonso (percussões), e ainda de Mario Manga (dobro e violão Ttnor), Andre Mehmari (piano), Toninho Ferragutti (acordeom), Nailor Proveta (sax alto, sax soprano e clarineta), Popó (tuba), Mané Silveira (sax alto), Tiquinho (trombone), Ubaldo (sax tenor), Nahor Gomes (trumpete), Fábio Tagliaferri (viola), Valdir Ferreira (trombone de vara) e Júnior Galante (trumpete), como músicos convidados.
Em 2012, participou, ao lado de Luiz Tatit, da série de shows “A canção sem fim – Luiz Tatit e Seus Convidados”, apresentada no Teatro do CCBB (SP).
Em 2013, lançou o CD “Embalar”, acompanhada por Dante Ozzetti (violões), Mário Manga (guitarras e violoncelo), Sérgio Reze (bateria e gongos) e Zé Alexandre Carvalho (baixo acústico). No repertório, suas canções “Miolo” (c/ Luiz Tatit) e “Pra começo de conversa” (c/ Tulipa Ruiz), além de “Lizete” (Kiko Danuci e Jonathan Silva) e a faixa-título (Dante Ozzetti e Luiz Tatit), entre outras. O disco contou com a participação de Monica Salmaso (voz em “Minha voz”, de Déa Trancoso), Jussara Marçal e Mariana Furquim (vozes em “Musa da música”, de Dante Ozzetti e Luiz Tatit), Ivan Vilela (viola caipira em “As estações” e “Olhos de Camões”), Kiko Dinucci (voz e guitarras em “Lizete”) e Uirá Ozzetti (violino em quatro faixas).
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.